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— TORI DIAZ —
— Como é que é? — perguntei incrédula.
Só posso ter ouvido errado.
— É isso mesmo que você ouviu — o garoto respondeu e eu soltei uma risada.
— Você só pode estar de brincadeira com a minha cara. Acha mesmo que vou aceitar isso? Já foi menos burro, Scobell.
— Diaz, pensa comigo: nós dois não contamos para nossas famílias que nosso namoro acabou, só alguns amigos nossos sabem.
— Alguns amigos?
— Esperou que a escola inteira soubesse? O blog da Bridge já acabou faz algum tempo, gatinha.
Ew.
— Não me chama de gatinha! Sou capaz de...
— Cortar todos os meus cachos? Acho meio improvável — brincou e eu suspirei, já irritada. — seguinte, se fôssemos contar agora, imagina a confusão que iria rolar. Aliás, não contar sobre um término que aconteceu à um bom tempo é no mínimo estranho.
— As vezes você deveria escutar um pouco suas próprias palavras. Se tivesse contado para os seus pais, nada disso estaria acontecendo — cruzei os braços.
— Digo o mesmo para você. E, se te interessar, eu contei para Leena e esperei que ela dissesse para minha mãe, mas a idiota disse que eu preciso resolver meus problemas.
— Errada ela não está.
— Você calada é uma poeta — sorriu, puxando o celular de minhas mãos e o colocando de volta naquela cesta — agora, tudo se resolveria se voltássemos a namorar. Não precisa ser por muito tempo, só o suficiente para convencer a todos que não tínhamos terminado e, depois de alguns dias, a gente rompe tudo e cada um vai para o seu lado — se sentou em sua mesa novamente, me encarando — o que acha?
— Que você é completamente maluco. Não vou entrar nisso aí.
— Foi exatamente o que você disse da última vez. Quer que eu lembre como a história continuou?
— Não, Walker. Nosso namoro foi legal... por um tempo. Mas depois só me deu dor de cabeça, não quero reviver essa merda toda. Namoros falsos nunca deram certo.
