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— TORI DIAZ —
— Fala sério, Diaz!
— Eu 'tô falando, Scobell!
Walker e eu estávamos na nossa quarta briga do dia. Este garoto me irrita de um jeito impressionante e, para piorar, fomos obrigados a fazer juntos um trabalho de matemática.
— Não é assim que se calcula! — exclamei.
— Bom, eu aprendi assim! — respondeu.
— Aprendeu errado! Você precisa multiplicar os números para depois dividir e essa fórmula não envolve soma — expliquei.
— Faz você então, já que é tão esperta! — jogou o papel para mim. Dei de ombros, resolvendo as equações em questão de minutos e então devolvendo para ele com um sorriso. — sua inteligência é irritante.
— Você é irritante!
— Pelo menos não sou eu quem dorme abraçado com um ursinho de pelúcia!
Ele ainda lembra disso?
— Bom, ainda bem que não sou eu quem não sabe nem fritar um ovo! — retruquei e ele riu.
— Precisa lembrar?
— Preciso! — o sinal bateu, declarando o fim da aula e o início do intervalo.
— Graças aos céus! — Walker jogou a cabeça para trás, aliviado. Me levantei, saindo dali. — ei, gatinha. Onde 'cê vai?
— Dar uma volta e aproveitar o tempo que tenho sem precisar dividir o ar com você — sorri de forma sarcástica. O loiro me seguiu até os corredores.
— Bom, Estressadinha. Sinto lhe informar que vai ter de passar o dia comigo — colocou as mãos no bolso da calça.
— Nos seus sonhos, só se for! — neste momento, me toquei que haviam pessoas ao nosso redor. Respirei fundo. — digo, não sei se precisa disso... gatinho — meu estômago se revirou. O sorriso no rosto do garoto se alargou.
— Na verdade, gatinha, precisa. Hoje eu vou ter treino e quero que você vá assistir, do mesmo jeito que eu vou ir ver sua primeira apresentação mais tarde. Aliás, 'tá ansiosa?
— Não, não estou. Te vejo na hora do treino, pode vazar — parei a sua frente, me despedindo.
