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— TORI DIAZ —
— Uma Banda? ISSO É INCRÍVEL! — Alisson exclamou.
— Fala baixo, garota! — sussurrei — ainda estou em local de trabalho.
— Foi mal aí, garçonete — brincou — em breve futura estrela.
— Pés no chão, meu bem. É só uma bandinha de lanchonete e, além disso, ainda nem faço parte dela.
— Mas você vai. Toca guitarra super bem e ainda é simpática.
— Simpatia não garante nada.
— Se consegue mais com açúcar do que com sal — deu de ombros e eu a encarei.
— Quem te disse isso?
— Vi em uma fanfic esses dias — soltei um riso.
— Está bem, loirinha. Vai patinar e me deixa trabalhar, vai — a garota soltou um beijo no ar para mim e saiu dali.
Quando eu era pequena — tipo, uns oito ou nove anos — eu decidi que queria ser cantora. Sabe, me apresentar em palcos e tudo mais enquanto cantava minhas músicas, era meu sonho, mas todos sabemos que isso não é tão fácil de conseguir. Cheguei até a escrever algumas músicas, mas desisti de tudo isso assim que me dei conta de o como a vida funcionava, e cá estou eu, trabalhando na lanchonete mais badalada de Nova York... até que não é tão ruim.
— Como vai a minha guitarrista favorita? — Momona perguntou, se aproximando do balcão. A mesma tinha uma bolsa onde provavelmente estava carregando um baixo e deixou na cadeira ao lado.
— Muito bem, Tamada. Vai querer alguma coisa? — perguntei.
— Na verdade quero, sim. Saber quando você vai deixar de ser marrenta — brincou e eu soltei um riso — se liga, já está no fim da tarde, cadê o ânimo?
— Junto com a minha vontade de viver.
— Credo! Escuta, eu estou indo lá pro palco, as audições vão começar lá. Se quiser, encerra tudo aí mais cedo e vem ensaiar comigo, o Luke segura a barra.
— Oferta generosa, mas eu prefiro ficar aqui. Adolescentes juntos demais me dão pânico — fui irônica e a garota revirou seus olhos, se virando para trás e abrindo um sorriso.
— Ah, é mesmo?
Franzi o cenho com sua fala e me virei para a entrada do estabelecimento, onde a mesma encarava.
