001 | AND THE SHIT STARTS.

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— TORI DIAZ —

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— TORI DIAZ —

Seis da manhã.

Sim, esse é o horário que eu acordo todos os dias da semana.

Não, eu ainda não me acostumei com isso.

Por este motivo eu desliguei o despertador — cujo qual o toque fez com que eu adquirisse traumas — e tentei voltar a dormir, até sentir um movimento estranho na minha cama.

— Anda, Tori. Acorda! Hoje é dia de filme! — Gael pulava na minha cama de forma animada, fazendo com que eu sorrisse.

Dia de filme, o único dia do mês onde eu, minha mãe e meu irmão tínhamos uma noite em família apenas para assistir filmes e comer diversas besteiras.

— Gael, isso é só mais tarde. — murmurei, enrolando para levantar. Nesses momentos minha cama parece me abraçar da forma mais confortável possível.

— É, mas também temos aula. E hoje também é o dia em que eu vou me apresentar.

Apresentar? Como... AH MERDA!

Levantei em um impulso, começando a procurar meu uniforme. Me esqueci completamente de que eu deveria estar mais cedo na escola, porque justamente hoje tenho que tocar violão em uma apresentação escolar. Coincidentemente, Gael também tem uma apresentação hoje.

— Tori — meu irmão chamou e eu o encarei. — você vai, não vai? — perguntei com esperança.

Como eu disse, minha mãe havia conseguido um novo emprego. Lado bom? Ótimo salário, vida sustentável. Lado ruim? Ausência extrema. Por isso o dia do filme era tão especial para Gael, era o único momento de lazer que tínhamos como uma família completa.
E também é por isso que sou eu quem sempre vai nas apresentações da escola.

— Vou sim. Claro que vou. — respondi forçando um sorriso. O pequeno sorriu genuinamente e me abraçou, saindo dali logo em seguida de forma animada.

Como vou fazer para sair da minha apresentação e chegar a tempo na de Gael? Ótima pergunta! Estou sem uma resposta plausível para ela no momento.

(...)

— Chegou a atrasadinha!

Vicente, o garoto mais insuportável dessa escola. Eu diria que ele é a versão masculina — e menos estilosa — de Megan Grace.

— Não enche o saco, idiota! — exclamei, indo em busca do meu violão.

Lembram que eu disse que tocava guitarra? Pois é, apenas em casa e nas aulas de música. Nunca me deixam tocar em apresentação alguma.
Motivo? Também não sei. Algo relacionado ao machismo, talvez. Ou ao fato de que quem designa as funções nas apresentações seja o mesmo garoto que me odeia sem nenhum motivo.

𝗜 𝗦𝘁𝗶𝗹𝗹 𝗟𝗼𝘃𝗲 𝗬𝗼𝘂? - 𝐖𝐚𝐥𝐤𝐞𝐫 𝐒𝐜𝐨𝐛𝐞𝐥𝐥.Onde histórias criam vida. Descubra agora