[EM ANDAMENTO]
𝐄rika Carter, uma ex militar vive em ruínas desde a morte de seu irmão mais novo, Thomas Carter. Ela se perdeu na imensidão de sua solidão, observou seus objetivos desaparecerem como cinzas ao vento e escaparem entre suas mãos.
𝐌a...
"Vamos, amor, vamos dar uma volta Podemos fugir em direção a luz do sol."
– Lana Del Rey.
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Recarrego a arma em minhas mãos, seguro firmemente. Sinto a adrenalina começar a correr em minhas veias.
E quando subimos as escadas, chegamos num corredor, onde uma troca de tiros intensa começa a acontecer.
As balas raspam nas paredes, as marcam. Evidenciam nosso conflito.
O coração acelerado, a respiração ofegante. Mas nunca parando de apertar o gatilho, não quando o último homem cair morto no chão.
Acerto tiros em alguns soldados, enquanto me protejo atrás das paredes. Avanço. Escuto Soap e Gaz atirando incessantemente ao meu lado.
Parecia não ter fim, parecia que os soldados não acabavam nunca. Mas isso só nos dava coragem para continuar.
Atiro em um soldado a minha frente, mas antes de mata-lo, ele joga uma granada em minha direção.
Sinto braços fortes me jogarem contra o chão enquanto a granada explode. Meus ouvidos começam a zumbir e eu me sinto tonta. Tudo fica irreal.
Tampo meus ouvidos com força, uma dor incessante me invade. Mordo os lábios enquanto ouço tiros ecoando, piorando o meu estado. Rezo para que nesse momento, algum soldado russo não me veja.
A parede ao meu lado deve estar destruída. Mas sou tirada do chão por aqueles braços desconhecidos mais uma vez, que me guiam para uma direção mais afastada.
Os tiros param, e me pergunto se tudo deu errado. Uma sensação de angústia me invade, medo, desespero, e ansiedade. Me pergunto se Soap e Gaz estão bem, enquanto eu estou aqui, derrotada. Me sinto um completo fracasso, mas ignoro após sentir meu ouvido latejar mais uma vez.
O homem me coloca sentada sobre o chão, encosto as costas na parede automaticamente. Me sinto exausta, a adrenalina ainda correndo em minhas veias.
Abro e fecho os olhos repetidamente. Tento ver o homem a minha frente com mais clareza. Tento recuperar a minha visão, já que meus ouvidos estão machucados.
Foco a visão, tento identificar um mínimo detalhe no homem, qualquer detalhe para que eu o reconheça. Enquanto minha visão ainda está turva.
Minha garganta trava e eu congelo quando ouço aquela voz. Aquela voz..aquela voz que me deixa insana. Mas distante.
