XVIII

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Caminho pelos corredores

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Caminho pelos corredores. O cheiro de medicamentos, o ar denso e gelado, me sinto como em uma camara fria, que congela até os ossos.

A temperatura quente de meu corpo se choca contra o chão enquanto caminho descalça. Olho aos arredores, me certificando que ninguém me veria.

Até que chego até o meu objetivo. A sala onde está Soap.

Não consegui ficar trancada em meu quarto, olhando para o teto enquanto milhares de pensamentos correm pela minha mente. Oscilando em fechar os olhos e entrar em um sono sem sonhos, ou acordar com o fardo em meus ombros.

Toco na maçaneta na porta, olho pelo vidro na mesma. Abro um sorriso automático ao vê-lo deitado na cama, entro imediatamente.

Fecho a porta atrás de mim, a iluminação fraca da janela trás um ar de melancolia. As gotas de chuva marcam a janela, o inverno definitivamente havia começado.

Nunca fui fã do inverno, sempre odiei. Gostava do verão por que podia ficar na praia, sentindo o sol esquentar minha pele, o barulho do mar e as outras pessoas nadando ao nosso redor.

Mas se tornou um lugar que comecei a evitar, principalmente por causa dele. Thomas.

Me aproximo da cama de Soap lentamente, hesitando.

Nunca pensei que estaríamos nessa situação. Eu, com meus ouvidos enfaixados, e ele, baleado.

Price havia me contado que Soap foi baleado, mas não sabia que havia sido tão ruim. Sua costela, barriga e ombros estavam enfaixados. O barulho de sua respiração pesada e dos seus batimentos cardíacos pelo aparelho era a única coisa que eu conseguia ouvir. O que me deixa ainda mais aflita.

Toco em sua mão lentamente, uma carícia gentil, enquanto estudo sua expressão.

Ele não se mexe, nem mesmo com meu toque, me fazendo morder o lábio em nervosismo. Eu queria ouvi-lo, falar com ele. Ele era o único que poderia me entender nessa situação.

E assim como eu, ele não descansaria até encontrar Simon.

Acaricio sua mão delicadamente, como se fosse um boneco de porcelana e eu estivesse receosa de quebra-lo.

Suspiro em desânimo. Tive a esperança que ele fosse acordar, mas pelo visto está dopado de remédio e morfina.

Resolvo ir embora para o meu quarto. Não estou afim de receber um sermão da enfermeira, de como é perigoso eu não descansar e outras coisas.

Quando me viro, sinto sua mão me puxar, arregalo os olhos.

- Soap? - pergunto em choque, abrindo um sorriso.

Flawless - Simon Ghost RileyOnde histórias criam vida. Descubra agora