❥︎ Chapter Six

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Joshua estava dormindo tranquilamente quando o som insistente da campainha interrompeu seu descanso. Ele abriu os olhos lentamente, a confusão se misturando à irritação.

— Quem em pleno domingo vem perturbar os outros? — pensou, levantando-se relutantemente da cama. Sem conferir pelo olho mágico, ele abriu a porta.

— Seungcheol? — a surpresa na voz de Joshua era evidente.

— Bom dia, precisamos conversar — respondeu Seungcheol, sua expressão séria.

Joshua franziu a testa, percebendo que a conversa não seria fácil.

— Você me acordou.

— Eu sei, mas é urgente — Seungcheol insistiu, adentrando o apartamento enquanto Joshua fazia um sinal para ele entrar.

Assim que fecharam a porta, os dois se dirigiram à sala. Joshua se sentou, ainda tentando espantar o sono.

— Qual é o assunto? — perguntou, olhando para Seungcheol, que parecia estar se preparando para revelar algo sério.

— Você tem a carta que Jeonghan escreveu para você? — Seungcheol questionou, seu tom grave fazendo o coração de Joshua acelerar.

— Tenho — respondeu Joshua, confuso com a insistência.

— Posso conferir? — Seungcheol pediu.

— Espera um momento — disse Joshua, levantando-se novamente e indo até o quarto. Ele abriu uma pequena caixa que continha fotografias e algumas lembranças. Vasculhando, encontrou a carta e voltou à sala.

— Aqui está a carta. Por que você quer vê-la? — perguntou, entregando-a a Seungcheol.

Seungcheol não respondeu imediatamente. Ele puxou um papel do bolso, desdobrando-o cuidadosamente.

— Por que você está conferindo os dois papéis? — perguntou Joshua, curioso, observando a tensão no rosto de Seungcheol.

— Na verdade, são três — Seungcheol corrigiu, pegando o outro papel. — Se eu já tinha ódio dessa desgraçada, agora tenho multiplicado esse ódio.

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Enquanto isso, Jeonghan estava terminando de arrumar o cabelo de Seungkwan. O silêncio na sala foi interrompido por uma pergunta inesperada.

— Pai, eu fui o culpado pela morte do Dong-hyun? — Seungkwan questionou, a voz tremendo.

Jeonghan se virou, surpreso.

— De onde você tirou isso? Dong-hyun entrou na frente do carro para te salvar. Não foi sua culpa, seu irmão te salvou — disse Jeonghan, tentando confortá-lo.

— Ele me tirou de frente do carro, mas não conseguiu sair a tempo. A culpa foi minha — Seungkwan insistiu, a cabeça baixa.

— Por que você pensa assim? — Jeonghan questionou, preocupado com a angústia do filho.

— Mamãe sempre disse que a morte do meu irmão foi minha culpa, ela sempre falava isso quando você não estava — Seungkwan confessou, as lágrimas nos olhos.

— Como assim ela falava isso? — Jeonghan sentiu uma onda de preocupação.

Seungkwan hesitou, como se a revelação fosse dolorosa.

— Papai, eu achei um caderno quando fui ao porão e… — Ele foi até o lado da cama e puxou o caderno que estava escondido debaixo dela. — É da mamãe. Tem tudo aí.

Jeonghan pegou o caderno, seu coração disparando.

— Vocês estão prontos? O tio Seungcheol está aqui — Chan gritou da sala.

— O Seungcheol? — Jeonghan perguntou, intrigado.

— Sim, papai — Chan respondeu, saltando animado.

Jeonghan saiu do quarto e desceu as escadas, encontrando Seungcheol sentado no sofá, com uma expressão preocupada.

— O que houve? — perguntou, notando a gravidade na postura do amigo.

— Somos amigos desde pequenos, Jeonghan, e você sempre soube que eu queria sua felicidade. No máximo, você sabe, né? — Seungcheol disse, levantando-se.

— Sei, Cheol. O que aconteceu? — Jeonghan insistiu, sentindo a tensão aumentar.

Seungcheol suspirou e entregou três papéis para Jeonghan. O loiro, confuso, pegou os papéis, observando as expressões de Seungcheol.

— Quando Hae-woo apareceu, eu disse que não gostava dela. Agora, tenho muitos motivos para odiá-la, mesmo morta, continuo odiando — Seungcheol revelou, seu olhar sombrio.

— Não estou entendendo, Seungcheol — Jeonghan respondeu, perplexo.

— Eu vou levar as crianças para passear um pouco, e você deve ler esses três papéis com atenção — Seungcheol disse, decidindo.

— Mas…

— Mas nada, você precisa saber a verdade sobre a mulher com quem se casou. Vamos, crianças? — Seungcheol chamou.

Seungkwan apenas concordou com a cabeça, enquanto Chan dava pulinhos de alegria, ansioso pela aventura.

Os três saíram, e Jeonghan sentou-se no sofá, segurando os papéis e o caderno. Ele olhou para os papéis, a mente cheia de perguntas.

Um dos papéis era um texto escrito por ele. Outro era um documento que lembrava da Hae-woo, que falsificar sua assinatura, o que provocou uma discussão acalorada entre eles.

O último era uma carta em sua própria letra, mas Jeonghan não conseguia se lembrar de tê-la escrito.

Ele passou horas comparando os papéis, até que, ao ler a carta, percebeu que era a mesma que Joshua mencionou.

— Ela que fez a carta... — murmurou, seu coração acelerando.

Com as mãos trêmulas, ele pegou o caderno e começou a ler. Ao chegar na última página, seu estômago se revirou.

Posso não estar em plena consciência por causa do remédio, mas não me importo. Estou cansada desse casamento. Seungkwan e Chan me deixaram exausta. Eu amo Jeonghan, mas não dá mais. Poderia pensar em um divórcio, mas teria que enfrentar essas duas coisas péssimas. Então, vou causar um acidente para a minha morte. Porém, não vou sozinha; levarei o Chan e, se for preciso, ele morrerá comigo... Adeus, diário.

Jeonghan não conseguia acreditar no que acabara de ler. Como ela poderia ter planejado algo tão cruel?

Enquanto estava perdido em seus pensamentos, a campainha tocou novamente, quebrando o silêncio pesado.

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Mais cedo naquele dia, na casa de Joshua...

Após Seungcheol explicar tudo, Joshua ficou angustiado pensando em como Jeonghan reagiria a essa revelação. Decidido, ele foi até a casa de Jeonghan.

Ao tocar a campainha, foi recebido com a porta se abrindo, revelando um Jeonghan com os olhos lacrimejados.

A única coisa que Joshua conseguiu fazer foi abrir os braços e abraçar Jeonghan, oferecendo conforto em meio à dor e à confusão.

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