Seungcheol estava ciente de que a briga entre Wonwoo e Mingyu poderia esquentar rapidamente, mas ele nunca imaginou que chegaria a esse ponto. O ambiente estava tenso, e a sala estava um caos: copos, vasos e outros objetos voavam em direção ao chão, quebrando-se em mil pedaços, enquanto os gritos ecoavam pelas paredes. A frustração de Seungcheol aumentava à medida que ele tentava entrar em contato com Minghao, mas o telefone só tocava sem resposta. Ele tentou Jun em seguida, mas a situação se repetiu. Sem outra alternativa, ligou para Jeonghan, que, ao atender, já estava a caminho.
— Mingyu, será que você pode parar de jogar as coisas em mim? — gritou Wonwoo, exasperado.
— Eu só quero saber de uma coisa — a voz de Wonwoo estava carregada de emoção, os olhos brilhando com raiva e tristeza. — Você e o seu ex voltaram?
Mingyu ficou paralisado, um misto de confusão e dor estampados em seu rosto. Seungcheol observou, a tensão aumentando.
— Responde, Kim Mingyu! — insistiu Wonwoo, com a voz elevada. — As fotos que estou recebendo são verdadeiras?
— Que fotos são essas? — Mingyu perguntou, sua mente girando.
— Você se reencontrou com ele? — O olhar de Wonwoo penetrava em Mingyu, buscando uma resposta que ele temia.
— Sim, ontem. Mas eu e ele não voltamos! — Mingyu se defendeu, vendo os olhos de Wonwoo se encherem de lágrimas. — Eu nunca te trairia, Wonu. O que eu fiz para você achar que eu teria coragem de fazer isso?
Nesse instante, Jeonghan entrou na casa, percebendo a intensidade da situação.
— Wonwoo, calma — disse ele, pegando um vaso da mão de Wonwoo antes que pudesse quebrá-lo. — Vamos parar com isso.
— Você acha que eu estou calmo? — Wonwoo respondeu, irritado. — Mingyu, você tem tempo para trabalhar, mas não tem tempo para mim. Você realmente não percebe que não tem me tocado ultimamente?
— Eu estou ocupado! — Mingyu rebateu, a frustração transparecendo em sua voz. — Estou sobrecarregado com o trabalho, não tenho tempo nem para mim!
— Mas você parece ter tempo para sair com outras pessoas... — disse Wonwoo, virando-se de costas, incapaz de olhar para Mingyu.
Jeonghan olhou para Mingyu, preocupado. — Mingyu, eu aconselho você a...
— Eu vou para a casa do Jungkook. Depois que você esfriar a cabeça, a gente conversa melhor — Mingyu interrompeu, pegando uma blusa e saindo apressadamente.
— O que está acontecendo com vocês dois? — Jeonghan questionou, mas Wonwoo permaneceu em silêncio, visivelmente abatido. Ele então começou a reunir fotos e cartas, entregando-as a Jeonghan.
Seungcheol e Jeonghan começaram a analisar as cartas e as fotos que Wonwoo havia jogado. O ambiente era pesado com a ansiedade.
— A maioria dessas fotos são antigas — Seungcheol observou, com um olhar de compreensão. — Eu sou amigo do Mingyu desde que ele conheceu o Wonwoo e vi o relacionamento dele com o ex. Essas fotos são do passado.
— Essa não — Wonwoo mostrou a última foto, a expressão dele se contorcendo em dor. — E ele só confirmou...
— Ele não confirmou nada! — Jeonghan se opôs. — Talvez o ex tenha aparecido para infernizar a vida dele.
— Concordo com o Jeonghan, Wonwoo — Seungcheol disse, tentando apaziguar a situação. — É melhor você esfriar a cabeça e conversar com o Mingyu mais tarde.
— Eu não quero vê-lo por enquanto! — a voz de Wonwoo estava carregada de mágoa.
— Tenham o seu tempo — Jeonghan falou suavemente. — Ele pode ser idiota, mas Mingyu te ama.
— Você precisa de uma boa noite de sexo, está muito sobrecarregado — Seungcheol comentou de forma brincalhona, tentando aliviar a tensão.
— Vai se foder, Choi Seungcheol! — Jeonghan respondeu, mas um sorriso involuntário se formou em seus lábios, fazendo Wonwoo rir levemente.
— Jeonghan, se você está aqui, onde estão as crianças? — perguntou Wonwoo, olhando em volta.
— No carro com o Joshua — respondeu Jeonghan.
— O Joshua está aqui? — Seungcheol perguntou, surpreso. — Por que vocês estão juntos?
— Estávamos passeando com as crianças. Algum problema? — Jeonghan questionou.
— Não, mas se forem transar, deixem meus queridos sobrinhos longe do quarto de vocês! — Seungcheol brincou, o que fez Jeonghan revirar os olhos.
— Eu vou te matar em algum momento — Jeonghan respondeu, mas a tensão parecia diminuir.
— Vai nada — Seungcheol riu. — Pelo menos estou fazendo o Wonwoo rir.
— Você deveria trabalhar de palhaço no circo, combina com você — Jeonghan provocou, mas o clima estava mais leve.
— Ok, você vai para casa, está esfriando, e não quero as crianças doentes. Eu fico aqui com o Wonwoo — Seungcheol decidiu, a voz firme.
— Certeza? — Jeonghan perguntou, olhando para Wonwoo.
— Fique tranquilo, hyung. Ele fica aqui — respondeu Wonwoo, acenando.
— Está bem, melhoras, Wonu — disse Jeonghan, antes de sair e entrar no carro.
As crianças estavam dormindo, e Joshua estava meio que adormecido também. Jeonghan olhou para o relógio; já era meia-noite.
— Melhor ir para casa, já está tarde — ele murmurou, começando a dirigir. No meio do caminho, Joshua despertou.
— Tirou um cochilo pelo menos? — Jeonghan perguntou.
— Tirei — Joshua respondeu, olhando para Jeonghan. — Como foi lá?
— Normal, eu acho. Teve bastante cacos de vidro no chão — Jeonghan explicou, lembrando-se do estado da casa.
— A briga foi feia antes de você chegar — Joshua comentou, a expressão de preocupação se intensificando.
— Foi — Jeonghan concordou, estacionando em frente à sua casa. — Hoje você dorme aqui. Está tarde demais para você ir.
— Não vou recusar — Joshua sorriu, agradecido.
Com as crianças e Joshua a salvo, Jeonghan sentiu um alívio momentâneo, mas a preocupação com a briga entre Wonwoo e Mingyu ainda pairava em sua mente.
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Segunda Chance - Jihan
Fanfic~ FANFIC REESCRITA E REVISADA ~ Yoon Jeonghan, um pai solteiro de duas crianças - Yoon Seungkwan e Yoon Chan - se vê em uma certa confusão, pois precisa trabalhar e não pode deixar seus filhos sempre com os amigos. A morte da esposa piora tudo, ent...