❥︎ Chapter Thirteen

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Seungcheol estava ciente de que a briga entre Wonwoo e Mingyu poderia esquentar rapidamente, mas ele nunca imaginou que chegaria a esse ponto. O ambiente estava tenso, e a sala estava um caos: copos, vasos e outros objetos voavam em direção ao chão, quebrando-se em mil pedaços, enquanto os gritos ecoavam pelas paredes. A frustração de Seungcheol aumentava à medida que ele tentava entrar em contato com Minghao, mas o telefone só tocava sem resposta. Ele tentou Jun em seguida, mas a situação se repetiu. Sem outra alternativa, ligou para Jeonghan, que, ao atender, já estava a caminho.

— Mingyu, será que você pode parar de jogar as coisas em mim? — gritou Wonwoo, exasperado.

— Eu só quero saber de uma coisa — a voz de Wonwoo estava carregada de emoção, os olhos brilhando com raiva e tristeza. — Você e o seu ex voltaram?

Mingyu ficou paralisado, um misto de confusão e dor estampados em seu rosto. Seungcheol observou, a tensão aumentando.

— Responde, Kim Mingyu! — insistiu Wonwoo, com a voz elevada. — As fotos que estou recebendo são verdadeiras?

— Que fotos são essas? — Mingyu perguntou, sua mente girando.

— Você se reencontrou com ele? — O olhar de Wonwoo penetrava em Mingyu, buscando uma resposta que ele temia.

— Sim, ontem. Mas eu e ele não voltamos! — Mingyu se defendeu, vendo os olhos de Wonwoo se encherem de lágrimas. — Eu nunca te trairia, Wonu. O que eu fiz para você achar que eu teria coragem de fazer isso?

Nesse instante, Jeonghan entrou na casa, percebendo a intensidade da situação.

— Wonwoo, calma — disse ele, pegando um vaso da mão de Wonwoo antes que pudesse quebrá-lo. — Vamos parar com isso.

— Você acha que eu estou calmo? — Wonwoo respondeu, irritado. — Mingyu, você tem tempo para trabalhar, mas não tem tempo para mim. Você realmente não percebe que não tem me tocado ultimamente?

— Eu estou ocupado! — Mingyu rebateu, a frustração transparecendo em sua voz. — Estou sobrecarregado com o trabalho, não tenho tempo nem para mim!

— Mas você parece ter tempo para sair com outras pessoas... — disse Wonwoo, virando-se de costas, incapaz de olhar para Mingyu.

Jeonghan olhou para Mingyu, preocupado. — Mingyu, eu aconselho você a...

— Eu vou para a casa do Jungkook. Depois que você esfriar a cabeça, a gente conversa melhor — Mingyu interrompeu, pegando uma blusa e saindo apressadamente.

— O que está acontecendo com vocês dois? — Jeonghan questionou, mas Wonwoo permaneceu em silêncio, visivelmente abatido. Ele então começou a reunir fotos e cartas, entregando-as a Jeonghan.

Seungcheol e Jeonghan começaram a analisar as cartas e as fotos que Wonwoo havia jogado. O ambiente era pesado com a ansiedade.

— A maioria dessas fotos são antigas — Seungcheol observou, com um olhar de compreensão. — Eu sou amigo do Mingyu desde que ele conheceu o Wonwoo e vi o relacionamento dele com o ex. Essas fotos são do passado.

— Essa não — Wonwoo mostrou a última foto, a expressão dele se contorcendo em dor. — E ele só confirmou...

— Ele não confirmou nada! — Jeonghan se opôs. — Talvez o ex tenha aparecido para infernizar a vida dele.

— Concordo com o Jeonghan, Wonwoo — Seungcheol disse, tentando apaziguar a situação. — É melhor você esfriar a cabeça e conversar com o Mingyu mais tarde.

— Eu não quero vê-lo por enquanto! — a voz de Wonwoo estava carregada de mágoa.

— Tenham o seu tempo — Jeonghan falou suavemente. — Ele pode ser idiota, mas Mingyu te ama.

— Você precisa de uma boa noite de sexo, está muito sobrecarregado — Seungcheol comentou de forma brincalhona, tentando aliviar a tensão.

— Vai se foder, Choi Seungcheol! — Jeonghan respondeu, mas um sorriso involuntário se formou em seus lábios, fazendo Wonwoo rir levemente.

— Jeonghan, se você está aqui, onde estão as crianças? — perguntou Wonwoo, olhando em volta.

— No carro com o Joshua — respondeu Jeonghan.

— O Joshua está aqui? — Seungcheol perguntou, surpreso. — Por que vocês estão juntos?

— Estávamos passeando com as crianças. Algum problema? — Jeonghan questionou.

— Não, mas se forem transar, deixem meus queridos sobrinhos longe do quarto de vocês! — Seungcheol brincou, o que fez Jeonghan revirar os olhos.

— Eu vou te matar em algum momento — Jeonghan respondeu, mas a tensão parecia diminuir.

— Vai nada — Seungcheol riu. — Pelo menos estou fazendo o Wonwoo rir.

— Você deveria trabalhar de palhaço no circo, combina com você — Jeonghan provocou, mas o clima estava mais leve.

— Ok, você vai para casa, está esfriando, e não quero as crianças doentes. Eu fico aqui com o Wonwoo — Seungcheol decidiu, a voz firme.

— Certeza? — Jeonghan perguntou, olhando para Wonwoo.

— Fique tranquilo, hyung. Ele fica aqui — respondeu Wonwoo, acenando.

— Está bem, melhoras, Wonu — disse Jeonghan, antes de sair e entrar no carro.

As crianças estavam dormindo, e Joshua estava meio que adormecido também. Jeonghan olhou para o relógio; já era meia-noite.

— Melhor ir para casa, já está tarde — ele murmurou, começando a dirigir. No meio do caminho, Joshua despertou.

— Tirou um cochilo pelo menos? — Jeonghan perguntou.

— Tirei — Joshua respondeu, olhando para Jeonghan. — Como foi lá?

— Normal, eu acho. Teve bastante cacos de vidro no chão — Jeonghan explicou, lembrando-se do estado da casa.

— A briga foi feia antes de você chegar — Joshua comentou, a expressão de preocupação se intensificando.

— Foi — Jeonghan concordou, estacionando em frente à sua casa. — Hoje você dorme aqui. Está tarde demais para você ir.

— Não vou recusar — Joshua sorriu, agradecido.

Com as crianças e Joshua a salvo, Jeonghan sentiu um alívio momentâneo, mas a preocupação com a briga entre Wonwoo e Mingyu ainda pairava em sua mente.

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