❥︎ Chapter Seven

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Jeonghan estava simplesmente chocado com aquilo. A revelação de Joshua pairava no ar, e, em um gesto suave, Joshua acariciou o cabelo de Jeonghan, fazendo-o olhar para cima.

— Sempre odiei ela — disse Joshua, e um sorriso involuntário brotou no rosto de Jeonghan, como se uma leve esperança estivesse começando a brotar em meio à dor.

— Quando você foi para os Estados Unidos e eu soube por Soonyoung, meu mundo desabou. Pensei que você não se importasse comigo, que não quisesse me ver — Jeonghan olhou para baixo, a tristeza envolvendo seu coração como um manto pesado.

Joshua deu um passo à frente, aproximando-se dele, fazendo Jeonghan levantar os olhos novamente, buscando conforto em seu olhar.

— Eu não queria voltar para os Estados Unidos e te deixar aqui na Coreia. Mas meus pais disseram que era importante. Quando recebi a carta que pensei que você tinha escrito, não consegui ir atrás de você para perguntar se realmente era você. Tive que ir para o aeroporto. — A voz de Joshua tremia levemente enquanto ele continuava. — Fiquei pensando em você o tempo todo. Conheci pessoas, me apaixonei, namorei, mas nenhum deles era como você. Você sempre esteve na minha cabeça, no meu coração. — Ele olhou fixamente para Jeonghan. — Eu nunca senti ódio de você pela carta. Podia parecer que sim, mas a verdade é que eu pensei que talvez não tivesse sido você quem escreveu.

Jeonghan respirou fundo, as palavras ecoando em sua mente.

— Eu não sei o que dizer... Ela disse no diário que queria matar o Chan junto com ela. Ela culpava o Seungkwan pela morte do nosso primeiro filho.

Joshua ficou em silêncio por um momento, absorvendo a gravidade da revelação.

— Espera, o Seungkwan não é o primeiro? — perguntou ele, confuso.

— Não. Existia o Dong-hyun. Ele foi meu primeiro filho com a Hae-woo. Porém, quando ele tinha apenas cinco anos, acabou salvando o Seungkwan de ser atropelado... e, bem... — As lágrimas começaram a escorregar pelo rosto de Jeonghan, e Joshua o abraçou novamente, envolvendo-o em um abraço reconfortante.

— Calma, eu estou aqui. Sempre vou estar aqui — sussurrou Joshua, sua voz suave e tranquilizadora.

— Eu devia ter percebido que ela não gostava do Seungkwan e do Chan, pelas coisas que ela dizia sobre eles. Eu sou um péssimo pai.

— Não, você não é um péssimo pai — insistiu Joshua. — Ela conseguia fingir e manipular as crianças para não falarem. Você é um excelente pai.

— Depois de sete meses, eu descobri tudo — murmurou Jeonghan, sentindo-se perdido em meio às emoções.

Joshua continuou a abraçá-lo, acariciando delicadamente seu cabelo até que Jeonghan começasse a se acalmar.

— Por que você teve que ficar mais bonito? — perguntou Jeonghan, quebrando o silêncio com um sorriso travesso.

Joshua riu, acariciando a bochecha do mais velho.

— Por que está perguntando isso para mim? Quem ficou mais bonito foi você, mais charmoso, irresistível e um ótimo pai.

— Você também ficou bem charmoso.

Os dois se encararam, e à medida que suas faces se aproximavam, o clima se tornava mais intenso, como se o mundo ao redor tivesse desaparecido. Mas, de repente, barulhos vindos da porta interromperam o momento, e eles se separaram abruptamente.

— Shua? O que faz aqui? — perguntou Chan, correndo até eles.

Joshua pegou Chan e o colocou em seu colo, sorrindo.

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