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Um dia e meio se passou, quando Selena abriu seus olhos, encarando um teto completamente desconhecido. Num sobressalto ela se ergueu olhando ao redor — o quarto era escuro, pouca decoração e repleto de uma aura sinistra que fez seu corpo arrepiar.
A pouca iluminação que passava pelas cortinas negras e grossas, revelou a figura sentada na poltrona olhando diretamente para ela.
Os olhos vermelhos analisando cada movimento.
— Deus…— Selena sussurrou para si mesma
— Você acordou — observou Tomura, sua voz suave, mas sem emoção. Seu olhar vermelho permaneceu fixo em Selena, seguindo cada movimento dela enquanto ela se sentava na cama.
Ele permaneceu sentado na poltrona, observando a jovem heroína, aguardando alguma reação ou pergunta.
— eu só posso estar sonhando — Selena sussurrou e em seguida beliscou o próprio braço — Argh...— mas ao olhar pra frente nada mudou — Deus....não é um sonho
— É realismo puro — confirmou Tomura, encarando a jovem heroína com seu olhar vermelho penetrante.
Ele permaneceu sentado em frente à ela, observando em silêncio enquanto ela processava toda a situação e tentava entender onde estava.
— vai me matar? — ela sussurrou
Tomura a encarou por um momento, considerando a pergunta. Ele estava se perguntando se ela tinha percebido ou não as oportunidades que já havia desperdiçado para matá-la.
— Não — respondeu ele, finalmente, sua expressão séria porém indescritível. — Se eu quisesse, você já estaria morta.
— Faz sentido — ela sussurrou — mas vai que você quer me torturar, e depois me matar — ela sorriu — não recomendo, eu facilmente iria implorar pra morrer logo do que ser torturada — Selena ficou em silencio — desculpa...eu falo demais as vezes...
Tomura permaneceu olhando para ela com seriedade, considerando suas palavras.
— Não se preocupe, eu tenho muito mais coisas para me preocupar do que o seu excesso de palavras — ele diz, finalmente um leve tom divertido na voz. — Mas falando em torturar, eu já me perguntei sobre isso. Ele fez uma pausa, pensando no que dizer a seguir. — Mas, por enquanto, deixarei como último plano.
