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A noite estava um pouco mais fria do que de costume, Selena levantou-se da cama lentamente, sentando-se na beirada, seus cabelos cor de pêssego caiam sobre seus ombros como ondas selvagens e bagunçadas. Ela olhou para a cama, vendo Shigaraki dormindo.
Os olhos esverdeados focaram sobre a lua através da janela, no meio da noite ela havia perdido o sono, e com um suspiro cansado ela foi para levantar da cama.
A luz da Lua entrava pela janela, penetrando as cortinas e adentrando o quarto, com uma fina camada de luz refletindo-se na cama. Tomura estava profundamente adormecido e inconsciente, mas foi incomodado pelo movimento de Selena, seus olhos abrindo lentamente enquanto ele se mexia na cama.
Ele piscou algumas vezes, tentando se livrar da névoa que envolvia sua mente, e quando sua visão ajustou-se à escuridão, ele virou-se para olhar para ela.
"Aonde você vai?" murmurou Shigaraki com a voz rouca de sono, enquanto sua mão subia e cobria um bocejo. Ele permaneceu deitado na cama, apoiado em um dos cotovelos enquanto observava Selena se levantando da cama.
"Lugar nenhum" ela respondeu baixinho, enquanto olhava para a lua "apenas perdi o sono"
Shigaraki soltou um suspiro suave e apoiou-se na cama, apoiando a cabeça no travesseiro. "Você não é a única," ele murmurou, enquanto seus olhos observavam-na de volta. "Eu também não estava conseguindo dormir."
"Siggy..." ela sussurrou
Uma das sobrancelhas de Shigaraki se elevou em uma expressão inquisitiva. "O que é?" perguntou ele, seu tom de voz suave. Ele observou Selena se aproximar da janela, o luar iluminando suas costas.
"Você acha que...meu pai, Eraserhead, um dia vai me perdoar? Ela sussurrou
Os olhos vermelhos de Shigaraki observavam Selena à medida que ela se aproximava da janela. Ele refletiu sobre a pergunta por um momento antes de responder.
"Perdoar é uma escolha pessoal," murmurou Shigaraki. "Você precisa entender que alguns ferimentos podem não cicatrizar facilmente. As ações têm consequências, e você precisa ser paciente."
"Talvez algum dia...ele me perdoe, por escolher amar o pior dos vilões " ela murmurou
Shigaraki soltou outra leve risada, a ponta de seus lábios se levantou em um breve sorriso. Ele permaneceu observando-a, com a luz da lua brilhando em seus cabelos.
"Amor é algo complicado," ele respondeu, com a voz suave. "E não podemos escolher com quem nos apaixonamos."
Shigaraki permaneceu quieto por um minuto, apenas observando o perfil de Selena enquanto ela olhava pela janela. Ele então suspirou suavemente e se aconchegou mais na cama, esticando a mão esquerda.
"Venha aqui."
Selena se virou para ele, e então engatinhou na cama até ele, se aninhando em seu corpo
Shigaraki a puxou mais para perto, envolvendo-a em seus braços e trazendo-a para deitar-se ao seu lado. Enquanto ela se aninhava em seu peito, ele envolveu os braços em volta dela com um movimento possessivo, segurando-a firme contra si.
Ele então descansou seu queixo sobre a cabeça dela, fechando os olhos enquanto respirava fundo.
Eles ficaram em silêncio por um momento, apenas aproveitando a proximidade um do outro. Shigaraki acariciava lentamente as costas dela, suas mãos movendo-se lentamente pela pele como se ele estivesse tentando memorizar cada poro dela.
Então, ele quebrou o silêncio.
"Seu pai é uma pessoa complicada," murmurou ele, com a voz suave. "Mas ele se importa com você."
"O almoço de família vai ser um pouco caótico " ela brincou baixinho
Shigaraki deu um leve suspiro, soltando uma risada suave.
"Caótico é um eufemismo," murmurou ele, enquanto seus dedos esguios continuavam a acariciar as costas dela. "Ainda mais comigo presente."
Ele inclinou a cabeça para baixo, apoiando a bochecha no alto da cabeça dela.
"Mas pelo menos as coisas nunca serão entediantes," acrescentou ele, um leve sorriso em seus lábios.
Selena gargalhou baixinho e concordou com a cabeça, fechando os olhos.
" ele supera.."
Shigaraki soltou outra risada leve e apertou-a mais firme em seus braços, como se tentasse envolvê-la por completo.
"Certamente," murmurou ele, com um leve riso em sua voz.
Ele então permaneceu em silêncio por um momento, apenas segurando-a enquanto observava a luz da lua na pele dela.
