𝔸𝕟𝕖𝕤𝕥𝕖𝕤𝕚𝕒 ● ℂ𝕙𝕒𝕣𝕝𝕖𝕤 𝕃𝕖𝕔𝕝𝕖𝕣𝕔

𝕆𝕚𝕥𝕠

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27 de Maio

📌 Mônaco

A minha cabeça estava doendo tanto, que por alguns segundos pensei que eu estivesse de ressaca e esse final de semana todo foi um pesadelo.

Mas logo a minha tese foi derrubada, já que senti a respiração do Charles perto do meu pescoço e a mão dele na minha barriga.

NA MINHA BARRIGA.

Eu ainda não me acostumei com as pessoas querendo tocar essa parte do meu corpo, sei lá é estranho.

Imagina que pessoas praticamente desconhecidas vão querer encostar na sua barriga e ainda falar com ela.

—Bom dia— ouço a voz rouca e baixa do Charles. —Você está melhor?

—Bom dia— respondi sem graça. —Eu estou bem, acordei com dor de cabeça mas deve ser a fome.

—Acha que consegue comer hoje?— ele perguntou olhando nos meus olhos.

—Vou tentar, mas não sei— respondi.

—O bebê vai deixar a mamãe comer— ele passou a mão na minha barriga.

—É, espero que ele obedeça o pai— o Charles me encarou surpreso e sorriu. —O que?

—A primeira vez que alguém fala isso— ele respondeu.

Sorri pra ele, mas logo levantei da cama indo pro banheiro me arrumar pro café.

Quando fiquei pronta desci pra sala encontrando a Yasmin dormindo no sofá junto com o Arthur.

—BOM DIA— gritei fazendo os dois caírem no chão.

—Filha da puta— a minha amiga gritou brava. —Só não te xingo, porque está grávida.

—Mais uma vez sendo salva pelo bebê, como pode ser tão reizinho— respondi sorrindo ironicamente. —E por que vocês dormiram no sofá?

—Bom dia— me assustei com a voz da empregada. —O café está na mesa.

—Obrigada— sorri pra ela.

—Eu cheguei em casa e tinham pessoas dormindo na minha cama— a Yas levantou do chão. —Então dormi na sala.

—E você Arthur? Por que dormiu aqui?

—Porque a medrosa da sua amiga ficou com medo de dormir sozinha e não quis dormir no meu quarto— ele respondeu. —Essa insuportável.

—Cala boca, hello gays— a Yas falou batendo no Arthur. —Agora me deixa em paz, posso entrar no meu quarto ou tem alguém lá?

—Fique tranquila— apontei pra escada.