69 Uma visita inesperada.

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Nihara Vitti

À medida que nos aproximamos da propriedade, somos recebidos por uma visão de tirar o fôlego. O caminho sinuoso que leva à vivenda é ladeado por uma profusão de árvores altas e frondosas, cujas folhas se movem suavemente ao vento, criando padrões de luz e sombra no chão.

Apesar de ser um retrato bem conhecido, meus olhos ainda se encantaram com tanta beleza, e parece que o tempo que fiquei longe deixou o lugar mais admirável.

Ao chegarmos à entrada principal, somos saudados por um portão de ferro forjado, adornado com delicadas flores entrelaçadas, que se abrem para revelar os jardins espetaculares além. Uma brisa suave carrega o perfume das flores, enchendo o ar com uma fragrância doce e envolvente.

A vivenda, imponente e graciosa, emerge majestosamente no centro dos jardins, suas paredes de pedra banhadas pela luz do sol. À sua volta, os jardins esverdeados se estendem até onde os olhos podem ver, repletos de uma miríade de cores e aromas que encantam os sentidos.

Um anexo moderno, contrastando com a arquitetura clássica da casa principal, chama a atenção com suas linhas limpas e design contemporâneo. Apesar do contraste, ele se integra harmoniosamente ao cenário, adicionando uma pitada de ousadia e modernidade à paisagem tradicional.

Tudo parece tão novo, mas também tão antigo. Meus pais falaram de uma reforma profunda na propriedade, mas nunca imaginei algo tão grandioso, eles se esmeraram e gastaram bem nessa reforma. E confesso que valeu a pena, o homem do meu lado, aponta com o olhar para o lugar maravilhoso em que nos encontramos agora. Nenhum deles, esperava por tanto.

— Sejam bem vindos a nossa humilde residência - anuncia a senhora Vitti olhando para trás assim que Meyer, para o Toyota Hiace, de frente a propriedade.

Cada um de nós desce contemplando a beleza do lugar com um misto de admiração e incredulidade. As crianças, indiferentes as nossas reações, correm imediatamente pelo quintal espaçoso eufóricas, acabando com qualquer resquício de dúvidas sobre sua adaptação, ao ambiente e clima contrario ao que estão acostumadas.

— Nossa, mãe, pai! Quando falaram sobre reforma não imaginei isso. A nossa casa parece saída de uma revista de arquitetura. Está maravilhosa.

— Isso mesmo mãe. Nunca imaginei encontrar a nossa casa assim, um luxo só. — Léah concorda, logo atrás de mim.

— Candida, comadre, sua casa é realmente linda, confesso que não esperava por tão luxo e requinte — diz a minha sogra, analisando cada detalhe com atenção.

Minha mãe esboça um sorriso amarelo, e afirma:

— O interior é ainda melhor. Vamos nos sentar na varanda, para relaxarmos um pouco. Emanuel —, a anfitriã grita sem se importa conosco. Abro um sorriso divertido, estava com saudade disso, apesar de que gritaria é o habitual lá em casa.

— Hermann, Astrid vem vamos entrar? — meus irmãos convidam, os jovens Bernstorff que seguem logo atrás.

— Vão lá, por favor, levem os gêmeos com vocês — entrego-os, agradecendo.

— Eu amei as espécies diferentes de flores, são lindas e tem algumas que nunca tinha visto. — Antonella elogia. — A senhora me permite, apreciar de perto?

— Claro, querida, vai lá e por favor aproveite e fique de olho nos meninos.

— Steve vens?

— Claro, amor.

Os dois saem de mãos dadas, acompanhou-os com olhar até os ver, chegar perto das crianças, eles interagem, riem e um sentimento agradável enche o meu peito de satisfação.

NÃO POSSO TE AMAR [Revisando]Onde histórias criam vida. Descubra agora