22.

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Kara

Não sei se estou mais nervosa por ter admitido para Lena que estou apaixonada por ela, por ela dizer que é reciproco, ou por estar a beijando. Enquanto mantenho uma mão em seu rosto e a outra em sua cintura, as sinto tremer e rezo para que ela não perceba.

Tenho certeza que a partir de hoje ficarei ainda mais encantada por Lena todas as vezes que nos beijarmos. Se eu estiver presa em algum sonho, espero que ninguém nunca me acorde, pois estar assim com ela é tudo o que eu mais quero daqui pra frete.

É até engraçado pensar que quando nos conhecemos, vivíamos trocando farpas. Mas acho que a melhor decisão que tomei foi deixar o orgulho de lado e dar uma nova chance a Lena. Se eu não tivesse feito isso, jamais conheceria a mulher maravilhosa que é e muito menos estaria beijando seus lábios tão gostosos.

Enquanto seus lábios estão grudados nos meus, não consigo pensar muita coisa além do nosso beijo. Lena parece estar mais alerta do que eu e para de me beijar para dizer:

— Acho que não é uma boa ideia a gente ficar se beijando no meio da sala da casa da sua mãe — Lena diz em um sussurro.

Estava ficando muito frio na praia, então resolvemos vir embora, mas não consegui ficar muito tempo sem beijar Lena de novo. Então, quando entramos em casa, a primeira coisa que fiz, entes mesmo de acender qualquer luz da casa, foi agarrá-la mais uma vez e, se ela não se lembrasse de onde estamos, eu não a soltaria tão cedo.

— Vai ser ruim pra sua reputação se nos virem assim? — Dou um selinho nela.

— Eu não iria gostar que Lori ou Lizzie nos flagrassem sem antes eu conversar com as duas.

Eu disse que não estava pensando em nada além do nosso beijo. Não pensei que alguém podia nos flagrar e muito menos que esse alguém poderia ser Lizzie ou Lori.

— Tudo bem — suspiro, antes de sugerir: — Então podemos continuar no meu quarto?

Lena solta um gargalhada e o som dela só me faz ter mais vontade de beijá-la.

— O que foi? Minha proposta foi tão absurda assim? — pergunto.

— Não, só achei engraçado.

— Foi com as minhas gracinhas que te conquistei.

— Bom, não posso negar.

Não consigo ver Lena direito e me recuso soltá-la para procurar o interruptor para acender a luz de onde estamos. Porém, de alguma forma sei que ela me olha.

— Faz muito tempo que queria te beijar assim. — Começo a beijar o seu pescoço enquanto falo: — Quando voltei a trabalhar na sua casa e me cortei por causa daquele copo que quebrei, você fez um curativo no meu dedo e depois daquele dia, se alguém abrisse minha cabeça, só encontraria você.

— Está falando sério? — Lena pende um pouco mais cabeça, deixando mais espaço para eu continuar com o que estou fazendo.

— Olha pra você, Lena, estranho seria se eu não me apaixonasse por você. — Adoraria fiar falando para Lena todos os pequenos motivos que me levaram a me apaixonar por ela, mas agora eu prefiro falar menos e beijá-la mais. — Você vai aceitar a minha proposta ou vamos ficar perdendo tempo aqui?

A resposta de Lena é segurar a minha mão e me puxar em direção ao meu quarto.

Entramos no meu quarto e novamente não perco tempo para voltar a beijá-la. Começo um beijo lento, explorando o máximo que posso a sua boca.

Ter conhecido Lena foi a melhor coisa que aconteceu comigo em muito tempo. Desde que comecei a observá-la melhor, admirá-la como mãe e depois como mulher, notei o quanto ela me faz me sentir viva.

What You Mean To MeOnde histórias criam vida. Descubra agora