Capítulo 54

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Ethan pilotava sua moto levando Ayla na garupa. O rapaz cortava o vento, conduzindo com leveza. Ayla o abraçava confortavelmente e sentia-se segura, entretanto, o seu medo por velocidade não havia morrido e a jovem costumava o beliscar nas costelas quando ele fazia ultrapassagens rápidas ou quando acelerava para conseguir atravessar o sinal verde.

Ethan pilotou até o prédio antigo onde havia ido com Matteo há dias atrás.

Haviam muitas motos ao redor, bem como grupos de pessoas conversando, fumando, e bebendo.

O rapaz estacionou na vaga vazia diante do prédio e Ayla desceu. Enquanto a jovem retirava o capacete, Ethan também descia e removia o seu.

Ayla olhou em volta com uma pequena curiosidade, mas nada muito além. Ethan apanhou os dois capacetes e os deixou no guidão da moto, em seguida, ofereceu uma mão para a amada. Ela segurou prontamente e o rapaz a guiou para dentro, sempre sorrindo e cumprimentando pessoas pelo caminho.

Assim que Ethan abriu a porta do foyer, o som que estava muito abafado quando ouvido ao lado de fora, os cumprimentou como uma onda quebrando. Alto e claro.

Muitas pessoas andavam de um lado para o outro e nas laterais haviam portas guardadas por pelo menos um homem em cada. Ethan continuou andando e Ayla deixava-se levar por ele.

O casal foi até o balcão onde estavam três rapazes conversadores e animados. Ethan parou pondo o braço livre sobre o balcão e uma explosão de saudações alegres começou.

Ayla ainda olhava ao redor e não prestava atenção no diálogo dos meninos, afinal, estava ali unicamente para acompanhar seu Ethan e nada mais. Após algumas trocas de palavras, o rapaz afastou-se do balcão e seguiu com Ayla pelo corredor do lado esquerdo, seguindo para as escadas. A música ficava cada vez mais alta conforme eles se aproximavam do próximo andar.

Ayla subiu o último degrau e teve sua cabeça quase chacoalhada internamente. Mesmo que Ethan já tivesse avisado-a que haveria uma festa como de costume.

O espaço daquele andar era amplo, a luz era em tons de roxo e vermelho, e alguns flashes de cor verde rondavam como laser, assim como algumas luzes finas na cor azul que piscavam. Inúmeras pessoas dançavam, a maioria com garrafas de cerveja na mão. Rente às paredes tinha sofás e mesinhas de centro em estratégias irregulares. As da frente eram baixas, e as do lado eram altas.

Ethan passou a vista por ali por apenas um instante antes de seguir com Ayla para o próximo andar. Eles subiram mais um lance de escada e a música foi ficando para trás.

O andar onde chegaram era um pouco mais escuro e só havia um corredor com portas em ambos os lados.

Ethan caminhava na frente segurando firmemente na mão de sua garota, até a última e única porta no fim do corredor. O rapaz abriu e deu espaço para que Ayla entrasse primeiro.

Era como um cômodo normal e relativamente grande. Haviam dois sofás, um de frente para o outro, separados por uma mesinha de centro. Mais atrás em um canto escuro havia um balcão, e atrás dele uma pia com armários. Era a menor cozinha que Ayla já havia visto na vida.

Em uma parede havia uma porta onde parecia ser o banheiro, e um pouco mais afastada daquela, havia outra porta, que provavelmente seria um quarto. No canto mais claro depois dos sofás havia uma mesa redonda com quatro cadeiras e o que mais chamou a atenção de Ayla, foi a varanda de portas duplas abertas. O vento que entrava por lá era frio ao mesmo tempo que era convidativo, mas a jovem julgou que a vista para lá não seria tão bonita, por isso, se deteve em correr para conferir.

Ela entrou devagar, indo em direção ao sofá e olhando por todos os lados. Ethan fechou a porta atrás de si e andou atrás dela, apanhando do bolso seu cigarro juntamente com o isqueiro. Ambos sentaram no sofá, lado a lado. Ayla entrelaçou as mãos sobre os joelhos juntos e direcionou seu olhar de expectativa para Ethan.

Night Rise (Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora