𝐂𝐚𝐩𝐢𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟑 - 𝐋𝐮𝐚 𝐍𝐨𝐯𝐚

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POV HOPE:


Setembro...

Os primeiros dias sem ela foram os mais dolorosos, eu conseguia falar com Bella quase todos os dias desde que Charlie contou sobre nós, mas eu mais falava do que a ouvia, ela estava em um estado lamentável e me doía ainda mais vê-la assim e não poder estar ao seu lado e confortá-la. Charlie tentava o seu melhor me ajudar nos treinos e dividir seu tempo entre nós duas, mas sempre que estava sozinha na cabana outra vez a dor esmagadora e a solidão retornava ameaçando quebrar o que sobrou do meu coração machucado... Ser uma hibrida o permite bater como o de nenhum outro Frio o faz e isso me fazia desejar que ele parece, que desse um basta naquela dor sufocante, mas isso não acontecia, então mesmo em meio aos treinos árduos para controlar minha sede de sangue e minhas novas habilidades eu ainda não conseguia me concentrar o bastante, eu ainda a via onde quer que olhasse. Era sufocante saber que ela colocou um fim, naquilo que eu mais queria que durasse sem nem ao menos se despedir, doía saber que não ouviria o som doce de sua voz, suas risadas, não sentiria mais seu toque em minha pele, seus beijos... Então no fim da noite quando estava somente eu e o som irritante do meu coração eu me permitia desabar de cansaço, saudades e dor. Eu sabia que algumas memorias nunca iriam embora, principalmente as dela e eu tinha que lidar com a dor desse fato, então tente, tentei de verdade conviver na bagunça de sentimentos que me tornei...

Outubro...

O tempo está passando devagar, devagar demais e a dor nunca se vai, embora meu ódio tenha crescido, eu não a odiava, não poderia, eu me odiava por ter me aberto com ela, por ter confiado nela, por ter feito dela meu tudo... Se alguém algum dia me perguntasse se já amei alguém eu diria sim, eu amei, amei tanto que fiz dela o sol do meu mundo, pensei que não poderia viver sem esse sol, mas hoje... Hoje vivo só com o brilho das estrelas. Meus dias têm sido menos sufocantes, Charlie e Sam passaram a confiar mais em minha habilidade especial e no meu controle e me permitiram ficar na casa de Sam na tribo, o cheiro horrível de cachorro molhado deles me ajudava a manter o controle, embora Charlie pediu que eu ainda evitasse contato direto com minha irmã até ter certeza de que me controlaria bem.

Minha irmã por sua vez ainda continuava em seu estado deprimente, atendia minhas ligações e apenas me ouvia falar, nada mais, nada menos, isso me fez focar em outra coisa também, como a ideia do que faria com o imbecil do cacatua se um dia o visse outra vez. Me distraia pensando em todas as formas que poderia matá-lo e torturá-lo, eram tantas as opções agora... Poderia empedrar o sangue em seu corpo... Subi-lo para sua cabeça e fazê-lo dormir por algumas centenas de anos assim quando acordasse minha irmã estaria velinha e ele não teria mais o poder de interferir em sua vida... Também poderia transformar seu sangue em agulhas o perfurando de dentro para fora, fazer o veneno dele se misturar ao sangue e explodir pelos seus olhos, nariz, boca... Mas de todos eles meu favorito é morde-lo e deixa-lo sofrer até estar a beira da morte permanente, então poderia pensar se valia a pena lhe dar meu sangue e manipular o dele tirar minha toxina, seria muito melhor, queria experimentar morder um Frio, Charlie disse que não é algo bonito de se ver, mas definitivamente estava disposta a experimentar se visse aquele imbecil a minha frente, meu pai explicou que nossa mordida os mata lenta e dolorosamente, eles definham, aparentemente primeiro vinha tontura e alucinações severas, depois uma sede de sangue selvagem os forçando a se alimentar de qualquer um que encontre com a esperança de que seu sangue os curasse, então finalmente seu corpo começa a superaquecer de dentro para fora e eles morrem. Seria fascinante ver aquele imbecil definhar, quem sabe colocaria juízo em sua cabeça e ele pare de agir feito moleque como fez com minha irmã, onde já se viu guiá-la para o meio de uma floresta e abandoná-la ali sozinha com um coração partido? Definitivamente isso me distraiu da dor de ser rejeitada e entre um treino e outro com Sam e os garotos o tempo foi passando...

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