Capitulo 5

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Levantei-me com um galope, fui até o banheiro joguei uma água no meu rosto e desci as escadas correndo, vestida apenas de um short rosa bebê e uma blusa branca de alcinha. Peguei um sobretudo e fui até o correio para verificar se a carta misteriosa, cujo qual eu recebia todos os anos nessa data, havia chego. Na caixa havia duas cartas, uma era da minha mãe, outra era de um desconhecido.
A carta da minha mãe dizia:

"Cara Aimee,
Acabo de chegar à casa de minha amiga, gostaria muito que você pudesse conhecê-la, ela lhe conhece desde seu nascimento e está muito contente pelo seu aniversario. Eu voltarei para casa amanhã, peço que você não saia de casa hoje, pois está muito perigoso nestas ruas. Parabéns pelo seu décimo sétimo aniversário pimpolha, essa é uma data muito especial para todos, acredite, temos aguardado por essa data há muito tempo.
Te amo, siga atenciosamente
Assinado, Mamãe"

Guardei a carta da minha mãe no bolso do sobretudo e peguei a outra, eu estava tão ansiosa para ler que rasguei o envelope.

"Olá Aimee, o ano demorou a passar. Eu estava ansiosa para escrever-te mais uma carta. Esse ano vai ser muito especial em sua vida, os dezessete anos de uma garota são mágicos, você vai descobrir coisas sobre seu passado que nem as mais remotas histórias de sua 'mãe' poderiam lhe contar.
Você encontrara, finalmente, aquele grande amor que tanto lhe falo nas outras cartas, ele será o mais intenso de toda a sua vida, mudará seu destino, fará seus poderes interiores aparecerem, mesmo aos poucos, mas fará. Prometo-lhe que esse ano eu irei me revelar á você, eu irei lhe encontrar e finalmente irei te contar a verdade sobre sua família.
Boa sorte em sua vida princesa, e lembre-se, há sempre mais nas pessoas do que os olhos conseguem ver.
Fica então a dica. Bjs V."

Eu sempre gostei de ler as cartas que a 'V' deixava, ela sempre menciona alguma fantasia. A carta do ano passado ela me contou uma lenda antiga, sobre um menino e uma menina que tiveram seus destinos escritos mesmo antes de nascerem, um era filho do sol e outro, da lua. Essa lenda virou minha história favorita, eu a leio sempre que me sinto com medo.
Essa nova carta dizia que ela iria se revelar, eu fiquei tão feliz que voltei pulando para a casa, entrei e fui tomar meu banho.

Às 10:00h da manhã em ponto, a chuva estava caindo do lado de fora da fazenda, eu estava enrolada em um cobertor, vestida apenas com uma blusa de frio e um short curto. Estava tudo quieto, até que algo acertou a janela com força e eu fui obrigada a levantar. Eu espiei a janela, e do outro lado da rua havia uma figura encapuzada com pequenos fios de cabelos loiros à mostra, atirando pedras em minha janela.
Eu não tinha certeza de que era mesmo verdade, minhas mãos suavam frias, meus braços se arrepiavam e eu só conseguia pensar em sair correndo dali, ou ligar para a polícia. Mas quando eu peguei o telefone a única coisa que eu consegui fazer foi ligar para o Stiles, ele atendeu depois de cinco toques.

_Amy! Que boa surpresa

_Stiles - eu falei já chorando do outro lado da linha - Tem alguém vigiando minha casa, eu to com medo, eu to com muito medo.

_Fica calma Aimee eu já estou indo para ai

Ele desligou o telefone e eu fiquei abaixada na janela, tampando minha boca, com medo de que minha respiração chamasse atenção daquela pessoa. Dez minutos depois o Stiles parou o carro em frente à minha casa e foi até a porta, ele bateu e eu abri rapidamente.

_Você esta bem? Sabe quem é a pessoa?

_Não, Stiles por favor me tira daqui! - sussurrei ainda soluçando por causa do choro.

Ele me enrolou no cobertor e nós dois saímos na chuva até o carro, a figura encapuzada ainda estava me olhando, eu me sentei no carro, ainda aterrorizada.

_Aonde esta a tal pessoa Amy?

_Do outro lado da rua, atirando pedras nas minhas janelas. Não ta ouvindo o barulho?

_Amy, não tem ninguém lá - ele sussurrou - você deve ter sonhado.

_E como você explica as minhas janelas quebradas?

Ele olhou a casa toda e voltou seu olhar para mim.
_As janelas estão inteiras.

Eu olhei a casa, e realmente, não havia nada. As janelas estavam intactas, as pedras que estavam no chão da calçada haviam sumido, e o mais assustador, não havia NINGUEM na rua.

_Vai ficar tudo bem, vamos até minha casa, eu ligo pra Luna quando chegarmos lá.

_Eu não sou maluca Stiles!

_Eu sei Amy, e em momento algum eu disse isso, você só precisa descansar um pouco.

Eu o olhei e assenti com a cabeça.

Lua de SangueOnde histórias criam vida. Descubra agora