Capítulo 25

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Devemos ter parado umas cinco vezes em apenas uma hora de viagem, eu estava passando muito mal. Vanessa e Jessica estavam preocupadas, paramos novamente, deixei o carro correndo, passei por um posto de gasolina, cujo qual não me era estranho, passei correndo e me abaixei para não acertar minha roupa. Nojento. Eu repetia a mim mesma todas as vezes. Entrei no posto, pedi dois hambúrgueres para Jess e Vanessa, um refrigerante para dividimos, uma pizza frita para o Stiles e um remédio de enjoo para mim, fiz o galponista pensar que eu havia pago, me senti mal por isso, levei tudo até eles. Stiles devorou aquela pizza, eu olhava fazendo cara de nojo, engoli dois comprimidos de uma só vez e bebi um pouco do refrigerante torcendo para que ele continuasse dentro de mim. Não continuou, corri ao banheiro.

_Aimee, você tem certeza que está bem? - a voz dela ecoou do outro lado da porta - Você não parece estar muito bem.

_Eu to bem Jessica, bom, vou estar, assim que o remédio fizer efeito

_Sabe que não me engana criança.

_Não sou uma criança Jess.

_O.k. me desculpe dona Adulta! Agora vai me dizer o que está havendo? - ela sussurrou - Eu sei que está escondendo algo Aimee, me conte.

_Ta legal! Eu falo, já faz algumas semanas, não consigo segurar nada no estomago, tenho tido sonhos estranhos, não durmo à dias e fico ouvindo uma batida de coração.

_Não pode ser

_O que?

_Os sonhos eu não sei, mas Aimee - ela me olhou, seus olhos estavam brilhantes, seguravam o choro - Se eu estiver certa, você terá uma grande surpresa

_Jessica, você ta me deixando preocupada, o que é dona?

_Você ta gravida Aimee, o coração que tem escultado é o do seu filho. Aimee você vai ser mãe.

_Mas eu não posso ter filhos, você mesma já me disse, a Lua é estéreo.

_Você é muito mais humana do que pensávamos Aimee, esse bebê é o milagre.

Coloquei uma mão na cabeça e a outra repousei sobre minha barriga. Fiquei olhando e ouvindo aquele coração, tinha uma vida dentro de mim, tinha uma pessoa totalmente dependente de mim aqui dentro, tinha uma esperança. Eu sorri.

_Agora esculte bem Aimee - voltei meu olhar a ela assim que disse meu nome - Não pode contar ao Stiles, isso vai tirar toda a concentração dele na guerra que vem por ai, você  vai sair desse banheiro e dizer que está tudo bem. Evite comida gordurosa ou refrigerantes, vai ajudar.

Assenti com a cabeça e voltamos, não tinha reparado no caminho até o banheiro, mas quando voltamos eu vi. Era um corredor com fotos espalhadas por ele todo, tinha uma estante com troféus de jogos infantis e o retrato de uma menininha de cabelos curtos, loiros, abraçada na amiga de cabelos longos e lisos, logo abaixo estava estrito "Luna e Aimee, três anos", peguei a foto, tapei minha boca e comecei a chorar. Jessica me abraçou dizendo alguma coisa, não consegui ouvir, estava pensando em tudo que passei com a Luna, estava me lembrando daquele posto. Era do pai dela, costumávamos ir todos os dias lá, até que ele foi assassinado, dois tiros na cabeça, durante um roubo. Escondi a foto em minha jaqueta olhei firmemente para a Jessica e disse com a voz vacilante.

_Eu vou vingar a morte delas e eu te prometo Jessica, eu vou trazer o seu filho de volta

Ela assentiu com a cabeça, fomos até Vanessa e Stiles. 

_Passamos por um hotel à aproximadamente três quilômetros, Jessica precisa dormir um pouco.

_Ta melhor filha? - ela disse enquanto eu entrava no carro.

_Como nunca estive - eu sorri pro Stiles - Vamos?

_Claro Amy - ele sorriu de volta - Vamos para aquele hotel, dormir um pouco.

Lua de SangueOnde histórias criam vida. Descubra agora