CAPÍTULO 9

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Helena

Olhei para o chão, vendo terra e sangue escorrendo pelo ralo. A imagem me fez lembrar daquele dia, onde eu não conseguia olhar para mais nenhum lugar a não ser, minhas pequenas pernas ensanguentadas. De repente, um nó se formou na minha garganta e meu peito comprimiu, o ar escapou dos meus pulmões e senti a bile subindo. Quando estava prestes a desmoronar, Damon abriu a porta do box. Ele estava completamente nu, agradeci pela visão ter me distraído um pouco.

Nenhuma palavra foi dita, apenas nos lavamos em silêncio.

Desliguei o chuveiro mas parei com a mão no registro, ao ouvir sua voz às minhas costas.

— Eu tinha onze anos…

Sua voz era apenas um sussurro.

Permaneci imóvel esperando que continuasse, mas ele não o fez. Sabia bem o quanto era difícil falar em voz alta! Era mais fácil guardar numa caixinha e esconder do mundo a dor, se ninguém tomasse conhecimento dela, talvez fizesse com fosse menos real.

Engoli em seco e tomei coragem.

— Eu tinha sete.

Foi a única coisa que consegui dizer, e ainda assim, cada palavra pareceu cortar minha língua.

Percebi Damon se aproximando, seu corpo ficou a centímetros do meu mas ele não me tocou, apenas a eletricidade emanando dos nossos corpos causou arrepios. A respiração pesada no topo da minha cabeça fez eu tremer em antecipação, aguardando o ataque de uma fera a sua presa encurralada. Minha mão formigava pela necessidade do toque, queria afundar meus dedos no seu cabelo e saborear o gosto da sua boca.

Fechei os olhos assim que o roçar suave dos dedos na minha nuca me fez arrepiar, descendo pela curva do ombro e afastando meu cabelo. Ele se inclinou, e no instante em que seus lábios se fecharam no meu pescoço, o choque espalhou faíscas pelo meu corpo. Dobrei as costas, me esfregando no seu peito nu e deixando um gemido baixinho escapar. Damon resmungou algo e com a mão na minha barriga, me puxou ainda mais para si. Seu membro duro cutucou minhas costas e fez minha boceta pulsar, desesperada para senti-lo.

Ele mordeu o lóbulo da minha orelha e desceu a mão para acariciar minha entrada úmida, enquanto a outra, brincava com o bico do meu seio, beliscando e apertando. Eu me derreti com seus toques. Pressionei as pálpebras fechadas com pequenas explosões no meu corpo, quando dois de seus dedos me invadiram, bombeando dentro de mim.

Minha respiração se tornou pesada e não pude mais conter os gemidos.

— Você é minha Helena, seu corpo me pertence — falou ao meu ouvido. — Ele chama por mim.

Senti o orgasmo se avolumando no meu ventre, e a essa altura, já estava completamente entregue para ele.

— Ah — mais um gemido. — Que gostoso.

Percebendo minha boceta começando a comprimir, ele aumentou a velocidade, sincronizando círculos com o polegar no meu clitóris. Lancei o corpo contra sua mão rebolando os quadris, querendo senti-lo mais fundo. Eu precisava disso.

— Gostosa pra caralho — gemeu. — Macia pra caralho.

O sangue corria rápido pelas veias e o calor me consumia, até não restar mais nada além de cinzas.

— Não pare — engasguei. — Por favor, não pare.

— Goze Helena — exigiu. — Goze pra mim!

E como um fantoche, meu corpo obedeceu, se desmanchando para ele.

Damon segurou minha nuca e empurrou meu corpo com força contra o azulejo. A lateral do meu rosto se chocou na parede gelada e eu choraminguei. Em instantes, ele se encaixou atrás de mim, esfregando seu nariz na minha bochecha.

Black Widow - Devil's Night Onde histórias criam vida. Descubra agora