Chegamos ao hospital em um frenesi de preocupação e medo. Smiley está à frente, não guiando pelo labirinto de corredores até a recepção. Eu sigo de perto, com meu coração batendo descontroladamente no peito, enquanto Ran anda de um lado para o outro, visivelmente perturbado. Seu rosto está pálido, os olhos cheios de angústia e impotência.
— Ran, tente se acalmar. — digo, colocando uma mão em seu ombro, tentando oferecer algum apoio. — Eles vão cuidar do Rindou, vamos ficar bem.
Ran olha para mim, com os olhos cheios de lágrimas contidas. Ele balança a cabeça lentamente, como se estivesse tentando convencer a si mesmo.
— Eu sei... mas... é o Rindou... — murmura, com a voz embargada pela emoção.
Smiley retorna da recepção com uma enfermeira que nos guia até a sala de espera. Nos sentamos juntos, mas a tensão no ar é quase palpável. Eu seguro a mão do Ran, tentando transmitir força e solidariedade, mesmo que minhas próprias mãos tremam.
Enquanto esperamos por notícias, o tempo parece se arrastar. Cada segundo é uma eternidade de incerteza, enquanto nossos pensamentos estão com Rindou, lutando por sua vida.
Os minutos se arrastam na sala de espera do hospital, cada segundo uma tortura de incerteza e preocupação. Estamos todos ali, Smiley, Ran e eu, esperando por qualquer notícia sobre Rindou. Ran parece à beira de um colapso, com seus olhos fixos no chão, suas mãos tremendo no colo. Smiley está ao meu lado, seu rosto tenso refletindo a mesma ansiedade que sinto enquanto ele segura a mão do Ran.
Finalmente, após uma espera que parece uma eternidade, a porta se abre e um médico se aproxima de nós. Ele tem um olhar sério e profissional, mas isso não diminui a intensidade da nossa apreensão.
— Vocês são os familiares do Rindou? — ele pergunta, com sua voz firme contrastando com o silêncio pesado que envolve a sala.
— Sim, somos nós. — respondo Ran rapidamente. — Como ele está?
O médico faz uma pausa, como se estivesse reunindo as suas melhores palavras.
— Rindou está estável agora. — ele começa, e um suspiro coletivo de alívio escapa de nós. — Ele perdeu bastante sangue, mas conseguimos controlar os ferimentos. Ele está sendo monitorado de perto na UTI.
O alívio misturado com a preocupação ainda persiste em nossos rostos enquanto ouvimos atentamente cada palavra do médico.
— Ele está consciente, mas vai precisar de tempo para se recuperar completamente. — o médico continua, com sua expressão indicando que há mais a ser dito.
— Podemos vê-lo? — pergunto ansiosamente, com minha voz falhando um pouco.
— Sim, claro. Vou levá-los até ele. — responde o médico, nos guiando pelo labirinto de corredores até a UTI.
Enquanto seguimos o médico, meu coração está cheio de gratidão e esperança misturadas. Estamos indo ver Rindou, e embora o caminho pela frente ainda seja incerto, pelo menos ele está vivo.
Caminhamos pelos corredores do hospital em direção à UTI, guiados pelo médico. Cada passo é carregado de uma tensão palpável, enquanto seguimos em silêncio, nossos pensamentos concentrados em Rindou. Os corredores parecem intermináveis, iluminados por luzes brancas que contrastam com a atmosfera pesada ao nosso redor.
Finalmente, chegamos ao quarto onde Rindou está sendo monitorado. O médico para na porta e faz um gesto para que entremos. Respiro fundo antes de dar o primeiro passo para dentro, sentindo um nó se formar na garganta.
Rindou está deitado na cama, rodeado por equipamentos médicos que monitoram seus sinais vitais. Seu rosto está pálido, mas sua expressão parece serena em contraste com a turbulência emocional que experimentamos até agora.
— Rindou... — murmuro, com meu coração apertando ao vê-lo assim.
Ran vai até o lado da cama, colocando uma mão gentil sobre a do Rindou.
— Como você está se sentindo, meu amor? — ele pergunta, com a voz embargada.
Rindou olha para nós com olhos cansados, mas há um leve sorriso em seus lábios.
— Estou vivo, não é? — ele diz fracamente, com sua voz um sussurro frágil.
Smiley permanece ao lado da cama, segurando a mão do Rindou com ternura.
— Você nos assustou muito, Rindou. — ele murmura, com a voz rouca de emoção.
Eu me aproximo um pouco mais, sentindo um misto de alívio e preocupação.
— Estamos aqui para você, cara. — digo sinceramente, tentando transmitir todo o apoio que posso.
Rindou fecha os olhos por um momento, parecendo se concentrar em sua própria respiração.
— Obrigado por estarem aqui. — ele diz finalmente, com sua voz cheia de gratidão genuína.
Ficamos ao lado do Rindou, compartilhando o silêncio que agora parece carregado de um novo entendimento e vínculo entre nós. Enquanto ele descansa, estamos todos unidos na esperança de que ele se recupere completamente e que possamos enfrentar juntos o que quer que venha pela frente.
— Rindou, precisamos conversar com seu psiquiatra novamente. Acho que os remédios não estão funcionando como deveriam. — diz Ran com a voz firme, mas carregada de preocupação. Ele olha para Rindou com uma mistura de determinação e compaixão.
Rindou parece concentrado, absorvendo as palavras do Ran. Seu olhar oscila entre nós, seus amigos, e parece haver uma tentativa genuína de entender e aceitar nossa preocupação.
Então, de repente, tudo muda. Rindou começa a chorar desesperadamente, com soluços pesados sacudindo seu corpo. Seus olhos transbordam de lágrimas enquanto ele se agarra à mão do Ran como se fosse sua âncora naquele momento de desespero.
— Desculpa... desculpa por tudo isso... — murmura Rindou entre soluços, com a voz quebrando de emoção. — Eu não queria... machucar vocês.
Fico atordoado diante da explosão emocional de Rindou. O choque inicial é substituído por um profundo sentimento de compaixão e tristeza. Todos nós estamos em silêncio, sem palavras para confortar Rindou além de nossos abraços e presença.
— Você não precisa se desculpar, Rindou. — diz Ran com a voz embargada, tentando encontrar as palavras certas. — Estamos aqui para você. Sempre estaremos.
Smiley está ao lado, segurando a mão livre do Rindou com gentileza. Ele olha para Rindou com olhos cheios de compaixão, sem dizer uma palavra, apenas transmitindo seu apoio inabalável.
Ran continua segurando a mão do Rindou, sem soltá-la por um segundo sequer. Sua expressão mostra uma determinação renovada em ajudar Rindou a superar isso.
Enquanto Rindou se acalma aos poucos, o ambiente ao nosso redor é preenchido pelo peso das emoções compartilhadas. Estamos todos unidos na esperança de que Rindou encontre a paz que ele merece, e que ele saiba que, não importa o que aconteça, estamos ao seu lado.
![](https://img.wattpad.com/cover/371534563-288-k48296.jpg)
VOCÊ ESTÁ LENDO
Paixão Oculta (+16)
Fanfiction[𝗢𝗯𝗿𝗮 𝗙𝗶𝗻𝗮𝗹𝗶𝘇𝗮𝗱𝗮] Rindou e Angry são opostos que se atraem, mas seus mundos internos são tão complexos quanto o labirinto de uma mente perturbada. Rindou carrega demônios interiores que o aprisionam em sua própria incapacidade de expre...