[𝗢𝗯𝗿𝗮 𝗙𝗶𝗻𝗮𝗹𝗶𝘇𝗮𝗱𝗮] Rindou e Angry são opostos que se atraem, mas seus mundos internos são tão complexos quanto o labirinto de uma mente perturbada. Rindou carrega demônios interiores que o aprisionam em sua própria incapacidade de expre...
Estamos todos reunidos à mesa para o almoço: Ran, Smiley, Rindou e eu. O ambiente está confortável, com o aroma delicioso da comida preparada por Ran enchendo o ar. Ran e Smiley conversam animadamente entre si, tentando me incluir na conversa de tempos em tempos.
— Então, Angry, como está sendo a Toman? — pergunta Ran enquanto serve Smiley com mais um copo de suco.
— Ah, tranquilo. Estive ocupado com algumas coisas nesses últimos dias.
— Hmm, entendi. — diz Ran enquanto corta o salmão. — E você, Rindou? Jogou algum jogo legal hoje?
Rindou assente positivamente, com sua expressão impassível enquanto mexe na comida no prato. Eu noto seu comportamento reservado e, de vez em quando, desvio meu olhar discretamente na direção dele. É como se houvesse uma barreira invisível entre nós.
— Ran, esse prato ficou incrível como sempre. Qual é o segredo dessa receita? — falo tentando amenizar o clima pesado, já que Ran olha para Rindou com um olhar mortal.
— Ah, é só um toque especial que aprendi com o tempo, sabe? Fico feliz que gostem.
A conversa flui em torno da mesa, mas sempre há um silêncio perceptível quando Rindou está envolvido. Ele parece estar em seu próprio mundo, concentrado em algo que só ele entende completamente. Enquanto saboreio a comida deliciosa do Ran, não consigo evitar pensar em como posso me conectar melhor com Rindou, mesmo que pareça uma tarefa impossível.
À medida que o almoço avança, tento encontrar oportunidades para interagir com Rindou, mas ele continua distante. Mesmo assim, permaneço otimista, sabendo que com o tempo e um pouco de paciência, podemos encontrar um meio-termo que nos permita ser mais do que apenas companheiros de mesa.
Ele é irmão do namorado do meu irmão, somos uma família acima de todo esse ódio. Temos e deve haver algum ponto de equilíbrio para nós dois. Tem que haver.
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Após o almoço, Ran e Smiley se acomodam na sala para assistir a um filme juntos, enquanto eu opto por sair um pouco e observar o movimento da rua. O sol do meio da tarde ilumina a calçada, criando sombras suaves ao meu redor enquanto eu me sento no degrau da entrada.
Enquanto observo os carros passarem e as pessoas indo e vindo, sou surpreendido pelo som da porta se abrindo atrás de mim.
Me viro e vejo Rindou saindo, com os fones de ouvido preenchendo seu mundo com uma trilha sonora desconhecida. Um skate repousa com casualidade debaixo do seu braço.
Sem hesitação, Rindou leva o skate para a rua. Com movimentos fluidos e confiantes, ele coloca o skate no chão e pega embalo, deslizando com habilidade pelas calçadas familiares. Manobras simples, mas executadas com precisão e graça, mostram um lado dele que eu raramente vejo: uma habilidade atlética combinada com uma determinação silenciosa.
Impressionado com a destreza de Rindou, me levanto silenciosamente do degrau. Decidido a seguir e observar de perto sem ser notado, mantenho uma distância discreta. Ele continua a se mover com um ritmo quase meditativo, como se o skate fosse uma extensão natural do seu corpo.
