um pouco mais do que eu esperava

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Kimhan

- aperte com mais força, anjo. - falei com um sorrisinho vendo sua careta

- mas dói! - ele murmurou - tá vermelho. Olha! - então colou os dedos no meu rosto. Peguei o violão e coloquei sobre o meu colo.

- olha, pra o som ficar certo você tem que pressionar o dedo com força, com o tempo vai criar alguns calos e nem vai doer mais. - dedilhei as cordas e o olhei

- minhas mãos.. tão macias e vão ficar com calo. - seu rosto foi coberto, fingindo um choro. - nãããoo

- você não gosta de música? não tem um músico que não tenha passado por alguma coisa! - eu estava preparado para fazer um discurso encorajador quando ele se deitou no sofá

- tá, tá. Podemos parar pra descansar? faz quase uma hora que a gente tá nessa - assenti e levantei indo em direção ao frigobar no canto do estúdio. - pode pegar uma água de coco pra mim?

- você não bebe água normal não? - entreguei a garrafinha e ele se sentou, soltando uma risadinha. Suspirei cansado. Sentado ao seu lado, apoiei a cabeça no seu ombro. - baby.. posso te beijar?

Seu rosto virou pra mim e eu encarei os olhinhos redondos. Foi um selinho rápido demais pra que eu apreciasse. Fiz um bico

- oque foi?

- eu quero te beijar

- eu já te beijei

- isso não é um beijo! - murmurei emburrado. Que nojinho de mim. Tô parecendo uma criança mimada querendo doce.

- você é chato - ele disse antes de encostar nossos lábios de novo.

Aproveitei a demora e segurei seu rosto com as duas mãos, o puxando mais pra perto. Ajeitei minha postura e me entreguei aquela sensação revigorante que era sentir a boca dele na minha. Porchay também parecia estar se entregando e chegando mais perto.

Ai um celular tocou. Era o dele.

Quando começou a se afastar, fui perdendo o contato, até tentei seguir seu movimento. Infelizmente, não consegui manter. Então suspirei decepcionado.

- é Macau.. - disse colocando o celular ao lado do rosto depois de atender. - Oi Cacau!

revirei os olhos e tentei escutar oque estava falando, mas o aparelho estava do lado esquerdo, ou seja, longe de mim.

- oque ele quer? - sussurrei, tendo como resposta, um sinal de silêncio

- se eu posso? Preciso falar com Hia, mas acho que tudo bem. Tá certo. Tchau! beijinhos! - o celular abaixou.

Fiz minha cara mais insatisfeita possível.

- oque ele queria? - repeti

- nada demais. Só me chamou pra sair. - respondeu simples, como se não fosse nada

- eu achei demais. - me encostei nas costas do sofá

- hm. Quer ir? - saltei pra frente de novo com um sorriso de orelha a orelha

- eu posso?! - perguntei animado.

- não. Só pra saber.

- te odeio - cruzei os braços e virei o rosto. Mas que sacanagem!

- eu sei que você me ama. - fui desfazendo a careta a cada selinho depositado na minha bochecha.

Aos poucos, fui caindo pra o lado. Em pouco tempo, eu estava deitado com ele por cima, encaixado nos meios das minhas pernas. Finalmente foi um beijo completo. Segurei novamente seu rosto entre as minhas mãos. De vez em quando eu sorria em meio ao beijo, como um bobão

Tec. A porta estralou e como reflexo, puxei o lençol e o escondi no meu peito. Era Kinn

- esse truque eu já conheço - ele disse. Tirei Porchay de debaixo do pano, que veio com uma cara feia. - eu trouxe alguns lanches. Se fosse Porsche eu tenho certeza de que seria pior. Aliás, acho que..

Porsche apareceu, mas nós já estávamos seguros. Seguros eu digo eu e meu pau.

- oque estavam fazendo? - perguntou. Kinn soltou uma risadinha e eu o encarei.

- nada de mais, Hia. Só treinando...

- hm - não sei se ele acredita muito. - ah, você pode ficar essa noite aqui? ou prefere ficar sozinho em casa?

- seria um prazer ficar! - e seus lábios se moveram em um lindo sorriso, que continuava perfeito mesmo com a boca cheia de sanduíche

- então certo.. só volto amanhã, anoite

- alguém pode te levar e buscar Chay - Meu irmão completou

Os dois saíram e eu sorri malicioso pro pirralho. Faz tempo que eu não o chamo assim. Antes de qualquer ação. O cara cujo nome é de um carro, colocou a cabeça na porta.

- qualquer coisa chamem - com os olhos estreitos, minha alma foi julgada numa profundidade tão grande que um arrepio subiu pelo meu corpo, então forcei um sorriso

Ele foi puxado pra longe e eu soltei a respiração

- Hia parece desconfiado. - fala mordendo mais uma vez o pão recheado. Chega a ser fofo e engraçado.

- hm. - concordo.

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Ando nas pontas dos pés, lentamente. Sem que me veja, agarro seu corpo por trás enquanto ele tapa a boca evitando um gritinho.

- como conseguiu ser tão silencioso? achei que estivesse do outro lado da sala! - diz rindo.

Estávamos brincando. Literalmente. Começou quando eu tentei beija-lo e foi ai que veio a fuga silenciosa pela casa escura. A única luz era dos brilhos coloridos pelas brechas da porta do quarto de Tankhun.

Tentei controlar minha respiração, e a risada. Depois de calmos e sentados no sofá. Porchay olhou a hora no celular.

- temos que dormir! amanhã eu tenho que ir pra faculdade!

- felizmente, irei te ver no caminho de ida e volta e na hora do almoço. - falei fechando os olhos

- na verdade, na volta não. - abri-os de volta

- por que?

- vou sair com Cacau - suspirei evitando que eu travasse a mandíbula.

Eu sei que tô com ciúmes. E é chato.

- pra onde vão? - perguntei me mordendo

- pra o parque! - ele parecia tão sorridente que até me acalmou um pouco.

- hm - encostei meu rosto na curva do seu pescoço, sentindo o cheiro reconfortante entrar no meu corpo e me acalmar.

No resto da noite apenas dormimos abraçados. Foi uma das melhores sensações que eu tive depois que Porchay apareceu. Eu me sentia seguro, com a cabeça encostada no meu peito e meus braços ao redor da cintura moldada dele.

Antes de pegar no sono, lembro da imagem de seus olhos me encarando, com um brilhozinho extremamente impnotizante. Eles se fechavam devagar, piscando cada vez mais pesadamente. Até que se renderam. Não muito depois fui eu.

Eu gostaria de ter ele assim pra sempre. Nos meus braços, aconchegado; me trazendo esse calor confortável que só esse anjo tem.

Talvez eu esteja um pouquinho mais apaixonado do que eu achava estar..

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Nt: Mais um. Shablau!
E aquela conversa meio suspeita no início?

Enfim, Kinn cúmplice e Porsche só desconfiado.
Kim nem aproveita as oportunidades..

Se tiverem gostando, votem e comentem, se possível

Um beijo! 🍓












Pirralho atrevido!            Kimchay/JeffcodeOnde histórias criam vida. Descubra agora