Capítulo Sete

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Triny

Acordo toda suada e ofegante, já é a quinta vez que tenho esses pesadelos com minha mãe e um homem encapuçado me perseguindo, está tudo difícil, mamãe não merecia aquela morte, e muito menos ela não merece ser enterrada sem o seu coração!

Fico todos os dias vendo aquele vídeo para tentar encontrar uma sinal, sobre as tatuagens, todos os meus irmãos tem uma, e Quando perguntei eles disseram que foi em homenagem a sua mãe, segundo Taby, foi ideia de Tâmara, em homenagem a mãe que gostava de borboletas, o que significa que todos eles eram suspeito e dois deles mataram minha mãe, então a tatuagem não seria o melhor caminho.

Apólo tem tentado me dar apoio sempre, Tamara vive chorando pelos cantos e meu pai se enfiou no serviço, Pablo e Ageu mal param em casa e Tabita, esse eu nem quero ter contato, depois do que Ely me contou ela pode ser a assassina. Eu não acredito em ninguém, me sinto ameaça por todos e depois que o testamento ser lido todos se virão contra mim, mamãe deixou quase tudo para mim, para meus irmãos deixou algo significativo, acho que por ela ter os amado um dia, para o meu pai ela deixou algumas acções, mamãe explicou em uma de suas cartas que encontrei no cofre da casa no México que ela precisava deixar alguma coisa para eles, mamãe sabia que iriam matar ela, as investigações que ela fez a colocaram como alvo para esses doentes!

Como ela disse antes de morrer, eu terei tudo que preciso, as empresas as propriedades as acções e tudo que me dará poder, sinto que ela queria que eu terminasse a sua investigação, mas terei que ser muito esperta, estou usando o celular que mamãe me deu, assim não terei muito trabalho em esconder o celular.

Amanhã irá ser o seu enterro e eu jurei para ela que quem fez isso iria sofrer bem pior que ela!

Os legistas disseram que mamãe morreu por conta do envenenamento, e como eu já sabia, o coração foi arrancado depois de já ter morrido, algo que me deixou alivia foi sabe que ela não sentiu a faca abrindo seu peito, e o maldito assassino não teve o prazer de arrancar ele ainda batendo, por isso que mamãe não queria que eu a deixasse sozinha, ela sabia que eles tirariam o coração ainda batendo!

Passei a semana toda ignorando as chamadas de Kassandra e qualquer um, eu não queria pena de ninguém, e muito menos aqueles olhares como se estivessem a olhar para uma coitadinha. Papai sempre faz questão de que eu coma com eles a mesa, eles acham que estou convencida.

— O assassino sabe que eu sei, ele me conheci e até esse ponto eu estou em desvantagem — falei para mim indo ao banheiro, eu preciso urgente sair dessa casa, vou até a casa de Elias preciso dar mais uma olhadinha naquele quadro!

Me preparei usando uma roupa larga, estilo rap, calças pretas de barras brancas com um capuz, sai do quarto dando de cara com Tamara.

— Ei, vem aqui! — me chamou assim que cruzei com ela no corredor, pois o meu quarto está no fundo, era um desvantagem pra quem não quer visto ou ter momentos como esse. — Você tem que entender que eu estava confusa e assustada, vi coisas que não eram reais, me desculpe — eu precisava fingir que cai da dela, ela precisa acreditar, ou melhor, precisamos atuar muito bem.

— Eu estou magoada com você mana, como você pode pensar que seria possível eu matar mamãe, nossa mãe! Só me dê um tempo, estou confusa e fora de mim, preciso caminhar, preciso passar um tempo. — lhe dei um abraço e sai, para todos essa seria a primeira vez que eu sairia de casa ou então todo mundo está jogando, mas nesse jogo não há um vencedor.

...

Cheguei a casa de Ely e fui direto para a sala onde estava o mapa, desde o primeiro caso a minha mãe, Ely disse que nenhum dos seus colegas sabia das ligações que eu tinha com os casos então por impulso retirei todas as plaquinhas que me identificaram em doze dos casos, onde apenas três não se ligavam a mim diretamente e também retirei as pistas que encontramos com os dados de minha mãe, guardei em uma gaveta na sala, talvez viria alguém do seu serviço e eu não queria mais lenhas no meu monte, e também evitar problemas para ele, teria que explicar porque de tudo isso e porque não compartilhou com eles.

Decidi dar um passeio na cobertura do Ely, organizado e sem vestígios de mulheres, as únicas imagem femeninas na sala, são de sua mãe e irmã, fui abrindo algumas portas e encontrei um quarto organizado para uma criança, tendo um berço e uma caminha a decoração está dividida ao meio, de um lado violeta contendo a cama, e do outro com o berço um verde folha, Ely tem filhos, como tudo esse assunto não me importa, mas deu uma curiosidade,  não tem nada a ver comigo ele ter ou não filhos.

Saí do quarto e fui em busca de mais aventura, entrei no quarto que pelo jeito era dele, com uma decoração de preto branco e cinzento, típico de homem sem emoção, havia uma cama e um clóset e uma porta que me dava a parecer que era o banheiro, tinha uma canto com uma escrivaninha, por cima vi uma foto minha em um envelope, fui abrir e vi meu histórico completo, alguém aqui fez o dever de casa, não o julgo se ele fizesse parte da minha família eu também iria investigar mais a vida dele, ao lado em um porta retrato tinha uma família sorrindo para o fotógrafo, e Ely olhava com muita alegria para o rosto da jovem que olhava para a câmera, um rapaz de uns quase três anos, não era uma menina que se vestiu que nem um rapaz, as tranças mostraram que não é um rapaz ou é? e a jovem estava grávida, Elias era casado, mas nunca vi um anel.

O que aconteceu com esse Ely sorridente e apaixonado, onde estão eles na foto? Porque? Como eu disse não era da minha conta, quando fui sair do quarto ouvi a porta a ser aberta e pessoas falando, não reconheci nenhuma delas, será que Ely veio com algumas pessoas!?

— Caso não tenha nada importa o chefe acaba connosco!

— Jovandro, achas que o Elias não vai saber que foi você?

— Não! Vamos fazer parecer que foi um assalto, ou algo parecido. — sai do quarto aos poucos sem tentar fazer barulho, mas a maldita porta me denunciou fazendo aquele barulho irritante e queixoso. — Aqui tem alguém, o encontrem!

Aí que merda, sai do quarto e me escondi no armário perto de corredor, eles entraram no quarto e eu fui aos poucos para a varanda, um deles me viu

— Ei, fique parado! — claro que não o obedeci, corri até a varanda e ele me alcançou, segurando meu braço — Magricelas seu idiota onde pensas que vás? não você é uma mulher visto pelo modo que andas e os contornos que dão o seu corpo — falava me puxando para a sala, pelos vistos ninguém queria ser visto aqui, eu não poderia ser visto saltando pelo varanda de Elias

Segui ele, no total eram quatro homens encapuzados, felizmente eu usava uma máscara e um capuz que cobria até o meu nariz, quando o líder deles veio até mim vi uma oportunidade bem ao lado da saída de incêndio, deu uma cotuvelada no cara que me segurava, e em seguida um soco em sua garganta o fazendo cambalhota para trás, o homem ganhou um muro no estômago e um nariz quebrado, segurei um vaso que estava aí e o joguei para um deles, o líder voltou a me atacar e acabei quebrando seu braço esquerdo, e como sinal quebrei seus dedos, sai daí e saltei até a varanda de outros moradores, encontrando um grupo de adolescentes, dando um festa, estavam a aproveitar a ausência dos pais de certeza, olhei para a janela e os vi olhando para mim, enquanto se contorcia de dor.

Preciso descobrir quem é Jovandro, ele com certeza conhecia bem Ely, o que eles querem da casa de Elias, sai da festa e a molecada apenas me olhou e ignorou, patéticos mas divertido, eu vivia desse jeito também, dando festas a cada oportunidade só para ter uma coca, e por pouco eu não me tornei uma dependente dessas malditas substâncias. As drogas nos dão uma falsa alegria e liberdade quando na realidade elas nos prendem e nos escravisa, felizmente meu super tio interviu.

Minha vida agora está mais na merda que todas as vezes que fiz besteiras, essa era uma coisa que nunca pensei fazer, mas preciso, pela mamãe.

TIRANIA, Meu Doce Caju.Onde histórias criam vida. Descubra agora