TIRANIA, Meu Doce Caju.

Capítulo Vinte

Ely

Doeu ver ela daquele jeito, e saber que minha mãe está envolvida com isso me deixava ainda mais irado, como ela pode ser tão má assim?
Bem antes deles falarem sobre isso minha mãe comentou, só que me mostrou um vídeo que eu não cheguei a ver por exato, mas agora, se foram os homens da minha mãe a levarem a Triny então porque invadiram a casa dela, e em busca de quê? Minha mãe sabia que Tirania estaria na casa dela e mesmo assim ela saiu, ela armou, ela só não sabia que Ana Luiza estaria lá, ela queria ameaçar Triny sem se importar com a filha, minha mãe não tem mesmo jeito, e como ela chegou até esse ponto?

Terminei de limpeza as feridas de Triny e conversamos sobre todo, contei a ela que o homem que ela esfaqueou não morreu, ao menos não antes de ir para o hospital.
Vesti ela num pijama que não sei de onde veio, a obriguei tomar alguns remédios para dores, um sonífero e outros para evitar inflamação, Gye preparou uma sopinha, logo após a refeição, que ela está mesmo a precisar ela adormeu, carreguei ela até ao quarto de hóspedes e a deitei na cama, ela iria passar o dia dormindo, e eu passaria o dia com ela, não posso a deixar sozinha, não agora e com certeza não tenho por quê trabalhar.

— Meu só volto a noite, ninguém virá aqui, e se eu vier mais cedo eu vou bater desse jeito — diz dando três batidinhas seguidas na porta.

— Obrigada cara!

— Você é meu irmão, vou até ao fim com você, até a merda, igual você fez comigo.

— Se cuida, e podes parar de seguir Kassandra, mas se ela ligar não a evite.

— Deixa comigo!

Diz e saí fechando a porta e em seguida ouvi ele falar com alguém no corredor, pouco tempo depois o silêncio tomou conta do espaço, voltei no quarto em que estava Triny e me sentei a beira da cama, ela está com dores, mesmo dormindo ela estava com dores, sai do quarto e fui até a cozinha, eu também precisava de descansar um pouco, e sei que a casa do meu amigo é segura e poucos são as pessoas que conhecem está casa.

Fui até a cozinha e prepararei o que seria o nosso almoço, coloquei tudo a temperar, quando fosse a hora para cozinhar estaria tudo pronto.
Precisava descansar, e quando terminasse eu iria pensar em um jeito de nos tirar daqui, talvez cobrar alguns favores feito ao longo dos anos com gente da pesada.

Uma coisa que ainda não saiu da minha cabeça é eu ser o primeiro suspeito, com base ao quê?  mas como eu fui parar como o primeiro suspeito, será que era um plano de senhor Alonso, ou então da minha mãe? Agora está tudo muito confuso, não consigo entender nada, olhando agora minha mãe sempre teve tudo, me deu tudo, e eu nunca perguntei de onde ela tirava todo o dinheiro já que seus negócios justificavam e a ideia de poupança sempre fez sentido.

Com muito cuidado para não a acordar ou feri me deitei na cama bem junto a ela, e fiquei aí por mais tempo a observando do que tentar dormir, na realidade eu só não queria ter ela fora do meu campo de visão outra vez.

Eu preciso saber de tudo e a ajuda não seja bonita de se ver, quem fez isso com ela vai pagar, o primeiro passo é colocar fogo no prédio que ela disse, todos eles irão sofrer.
...

— Eles estão sendo ameaçados? Quer dizer que eles não estão nesse esquema? Ou são os informantes do clã?

— Ainda não tenho certeza, eu acho que são importantes, eles não me convencem ou então todos são desse tal clã.

— E se Geovanna está num lado nada Bom, então tudo que me disse é para me despistar

— Ou para tirarmos a atenção deles

— Quem matou minha mãe?

— Agora voltamos a estaca zero!

— Lembras do que te falei, que Ageu morreu por não ter concordado com alguma coisa, ou então ter descoberto algo, isso quer dizer que meus irmãos não estão nesse barco... — ficou andando de um lado ao outro pelo apartamento, ela ainda mancava e as dores em cada passo eram visíveis em seu rosto, mas para ela era mais difícil ficar sentada e ouvindo — Se eles pertencem ao mesmo campo, então por  que minha mãe morreu? O coração dela parou antes de ser arrancado então não poderia ser vendido, o que raios se passa nessa cidade?