Capítulo Vinte e Oito

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Ely

Fui pro cemitério, eu precisava me acalmar, precisava pedir desculpas, era muita coisa contra minha mãe, Cacilda tinha tudo para acabar com minha mãe.
Eu sei, reconheço que não me comportei bem com ela, Tirania não mereceu toda aquela frieza, quando sai ela nem se quer olhou para mim e eu burro não disse nada.

Estava a chegar em casa quando vi o doutor que sempre atende Tirania descendo do carro às pressas, e Victor seguindo ele na mesma rapidez.

Olhei para o redor e vi Fabiana e outras meninas desesperadas.

— O que houve?

— A Dona passou mal, muito mal. — sai disparando até ao nosso quarto, subi os degraus de dois em dois, quando cheguei no quarto que por sinal estava limpo e com uma espelho novo, vazio, ela não estava lá.

Sai daí e fui logo na sala de primeiros socorros e a cama estava vazia, meu coração entrou em desespero e voltei para nosso quarto — Tirania — falei para mim e ela não estava.

— TIRANIA! — gritei e ela não respondeu, apenas vi Victor saindo do quarto de hóspedes.

— Ela está aqui senhor.

— Ela está aqui, mais por favor precisamos que ela fique calma e sem se alterar muito, ela não pode ficar em jejum novamente. — o doutor Informou.

— Como assim novamente? — perguntou Gye.

— Ela está de Jejum, ela não pode se submeter a isso novamente, e não pode estar sobre fortes emoções como a tristeza ou raiva, tem de tomar sempre os remédios prescritos, sempre, sem excepção

— Obrigado — falei, e o doutor saiu! — O que se passou aqui? — perguntei para Gye.

— Eu é quem pergunto! O que você fez para ela, seu merda?

— Sobre isto eu estava fora de mim!

— Fora de si o caralho! Agora estás feliz com os resultados?

— Ninguém me falou, você não me falou, meu.

— Porque você pediu, você me pediu para não te contar nada, se elas haviam sofrido ou não, você disse para não te contar, o que eu faria?

— Eu apenas!

— Você nada, agradece que foi depois do tio dela ter ido, e é melhor você fazer ela comer, volto amanhã para conversarmos melhor, ela ainda está a dormir, você falhou seu idiota.

— Gabriel!

— Amanhã, amanhã a gente se fala melhor, hoje não consigo ver sua cara de merda.

Gabriel saiu me deixando sozinho e com culpa, assumo que errei muito hoje, errei em ter a mantido longe quando deveria colocar ela mais perto ainda, fui um babaca, entrei no quarto e me sentei no criado mudo só para olhar o quanto abatida ela está, e porque que ela não comeu.

Depositei um beijo em sua testa e fui pra sala, a mesa estava posta, e na mesa de centro tinha uma chávena de chá e um prato com ovos, muito ovo por sinal, mas pelos vistos ela não conseguiu comer.

— Helen, pode vir aqui por favor.

— Sim senhor!

— Porque que a Tirania não comeu?

— No café da manhã ela disse que estava indisposta, no almoço ninguém apareceu, e essa tardinha bem no princípio da noite ela pediu um chá e omelete, e pelos vistos não mexeu lá.

— Quem a levou para aquele quarto?

— Foi ela quem mandou levarmos todas as coisas dela lá!

— Merda! e Fabiana já se foi?

TIRANIA, Meu Doce Caju.Onde histórias criam vida. Descubra agora