TIRANIA, Meu Doce Caju.

Epílogo

Triny
(As vezes não é o fim)

Completei trinta e sete semanas e parece que minha vida está no fim, essas crianças estão bem maior e eu Apenas preciso manter a coragem!
Não creio que eles vão nascer com quarenta semanas, eles viram antes.

Minha tia estava ao meu lado, mas eu não fazia questão, ela estava com Pablo então não seria coisa boa.
Tâmara tentei se matar, e simplesmente fugiu do hospital, mas não é nada com que eu tenha que me preocupar, Pablo está sempre na agência e felizmente não no departamento de Elias. De Giovanna não sei nada e não quero saber!

Os membros dos Melos ainda estão desaparecidos, mais ao que tudo indica eles continuam com os trabalhos, nos últimos meses conseguimos resgatar mais de trezentas pessoas entre crianças e mulheres vítimas do tráfico humano.
Como a fundação é mesmo para isso, eles ficaram conosco até voltarem aos seus familiares, várias crianças não sabem de onde são então o FBI está a trabalhar conosco em encontrar os pais.

Acreditam que uma das meninas a Alice é exatamente do México de Guadalajara e seus pais morreram, ela era uma moradora de rua, depois de muito tempo a convencer Elias, adotamos ela, eu me apaixonei por ela no momento que a vi, treze anos, justo nesta idade ela já passou por coisas bárbaras, mais tudo isso vai terminar, agora ela tem uma família que na ama e vai proteger, vamos contratamos duas pessoas que seram as babás das crianças. Alice está em uma escola e também tem tido aulas em casa e passa muito tempo comigo na fundação, a princípio ela não se sentia como alguém da família Felizmente essa fase passou ela já é da família a muito tempo, me ajuda muito e agora eu sei que posso ser uma boa mãe, vejo muito de mim nela.

Era hoje o dia da Inauguração da fundação, trabalhamos a muito tempo, mas o espaço próprio com dormitórios, escritórios e os centros de traumas estarão abertas hoje, e como a fundadora e dona de quase tudo, eu farei a abertura.
Cortamos a fita a pouco e agora quando dar início a tudo.

Minha assistente também é alguém que passou por mesmo e não tem família, vive no centro e daqui a nada ela terá a casa dela.

Para enfrentar tudo e muito mais, Elias segurou minha cintura me guiando por meios das pessoas, hoje era o dia da inauguração da fundação Heudite Sandoval. Está cheio e contamos com várias ajudas, mesmo que dinheiro não fosse problema para mim, ainda tivemos ajuda de vários órgãos e empresas, meus sócios eram empresários nos ramos de tecnologia, hotelaria e segurança.

Eu sentia minhas pernas ficarem fracas e minhas costas se contrariarem, uma dor que fazia um vai e vem já desde ontem!

- A nossa fundadora Tirania Sandoval Pomperom, com vocês! - anúncio a presidente da fundação, e o salão foi inundado pelos aplausos.

Com ajuda do meu marido subi no palco, era quase impossível esconder o meu barrigão, e subir qualquer coisa era uma tarefa difícil e justamente hoje parece impossível aguentar.

- Boa noite, a todos presentes! - e uma resposta uníssono veio - Para quem não me conhece, sou filha de vítima de assassinato e sobrevive ao tráfico - uma lágrima solitária desceu meu rosto, a limpei e olhei para a multidão - Antes de falar para você eu preciso falar para ela, a razão de hoje estarmos aqui. - retirei da minha pasta uma folha onde preparei tudo. - Mamãe, é e sempre será difícil falar de você e não lembrar como você foi arrastada da gente, arrancada de mim. - as lágrima insistiam em cair, devolvei aquele papel na bolsa, eu preciso falar com o coração - Heudite Sandoval, A sua coragem e a sua força não passaram despercebidas, e a sua vida teve um impacto profundo em todos que tiveram o privilégio de conhecê-la. Embora não possa desfazer o sofrimento que enfrentou, comprometo-me a lutar por mudanças que evitem que outros passem pelo mesmo tormento. Vou trabalhar para garantir que a sua voz, mesmo na ausência, continue a ser ouvida e que o seu legado inspire ações de justiça e compaixão - todos aí, de alguma forma mamãe as ajudou, talvez saber que minha mãe foi capaz de se sacrificar para a verdade vir a tona, já era algo muito importante igual é para mim - Reconheço que não há palavras que possam realmente capturar a profundidade da dor e da culpa que sinto.