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Sexta feira • 17:44

Sexta feira • 17:44

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Pov • Pérola Lemos

Tô voltando pro Brasil neste exato momento.

Infelizmente a agência que eu estava trabalhando em Londres, fechou, por problemas judiciais, não sei o motivo específico. Mas antes de fechar oficialmente, teremos um último desfile.

Sinceramente não tô preparada nem um pouco pra voltar pro Brasil, pois cinco anos não são cinco meses ou cinco dias.

Pego meu celular que eu comprei no Brasil, e eu acho que desde que fui pra Inglaterra, eu não mexi nele.

Entro no Tik tok, só pra passar o tempo. Passei alguns vídeos e me aparece um que eu não queria muito. No instante que apareceu o nome Wesley e o número 36, eu saio do aplicativo.

Coloco na minha playlist aleatória do Spotify, também coloco meus fones e fecho meus olhos.

Ironicamente começou uma música que eu também não queria que tocasse, e eu só me liguei que música que era por conta de um trecho, talvez algo representativo...

" ... Será mesmo que existiu ou foi coisa que eu inventei? Quanto você sentiu, quanto que eu me entreguei? Quando que eu te perdi? Quando que eu não enxerguei? Fato que eu desisti, não fui atrás, não procurei. ... "

- What the fuck... - reclamei e tirei o fone.

- It is good too? - a moça ao meu lado perguntou, eu assenti e sorri de nervoso.

Porra Pérola, respeita teu namorado!
Sim estou namorando, fui pedida em namoro há alguns dias. O nome dele é Diego, é brasileiro e tem vinte e seis anos.

Ele virá pro Brasil segunda feira, pois ele acabou perdendo a passagem dele e teve que comprar outra.

Olhei na janela e vi que estávamos sobre voando São Paulo.

Depois de meia hora, à aeromoça veio nos comunicar pra descer do avião.

Houve todo aquele processo de malas, pra depois eu conseguir ir até a saída do aeroporto, aonde geralmente os familiares ficam esperando as pessoas desembarcarem.

Em vinte metros de distância, vi um papel enorme escrito, " Bem vinda de volta, Pérolazinha!! "

Meu coração acelerou, os olhos encheram d'água. Parecia que o quanto mais eu corria pra alcança-los, eles ficavam mais longe ainda, desespero bateu forte.

- Aai que saudades! - abracei tio Fagner e tia Bárbara.

- Que saudade que eu tava de você. - ela disse chorando.

- Saudade minha princesa. Tá uma moça já.

- É, fazer o que. - falei e limpei as lágrimas que rolaram meu rosto. - Oii Henrique. - abracei o garoto. - Cadê o Lucca?

Apenas Amigos? - Wesley Teixeira Parte 2Onde histórias criam vida. Descubra agora