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Pov • Wesley Teixeira
- Ah é? - desvia o olhar para os meus lábios.
- É... - me aproximo mais dela.
Ela fica encurralada quando apoio um braço na parede e seguro na parte da frente do seu pescoço.
A sua respiração pesa, assim que ficamos milímetros de distância.
Abaixo um pouco da cabeça pra beijar perto da sua orelha.
Dou apenas uma lambida em seu lóbulo e volto a olha-la, que está com os olhos fechados, mas logo abre eles quando sente minha respiração atingi-la.
Junto nossos lábios num selinho. Aperto um pouco mais o seu pescoço.
- Merda... - reclama assim que seu celular começa a tocar.
Dou espaço para ela sair pra atender a ligação.
Encosto na parede e fico esperando ela.
- Eu vou matar essa peste! - aparece na sala com o celular na orelha. - Tá, já chego aí. - desliga a ligação e me olha.
- O que foi? - pergunto preocupado.
- O desgraçado do Diego tá atazanando o pessoal lá de casa.
- Oxi, por quê?
- Aí eu não sei, Wesley. Me leva lá?
- Levo, levo sim.
Saímos do apê e entramos no elevador.
- Tô com vontade de matar ele. - diz encarando o chão. A cara tá fechada, o cenho franzido deixa ela uma tremenda tentação. Os braços cruzados enquanto bate o pé bem rápido no chão. Ela repuxa o canto da boca. Como eu já disse, ela faz isso quando tá puta da vida.
O elevador chega no térreo e saímos do bloco.
Entramos no carro e rapidamente dou partida pra casa do Fagner.
Não digo nada o caminho todo, do jeito que ela tá é capaz de descontar toda a raiva em mim, então prefiro evitar discussão; até porque quando sou eu, eu não gosto que venham falar comigo.
Paro na frente da casa e já avisto o Diego caminhando até meu carro, ao lado direito.
- o que você tá fazendo aqui? - Pérola desce perguntando. Desço do carro também.
- Vamos conversar, meu amor.
Me encosto no carro e fico olhando eles por cima do veículo.
- A gente não tem caralho nenhum pra conversar, Diego!
- Eu tenho.
- Não importa o que você disser, eu não vou voltar contigo.
