Eu entro no carro. Ghost estava em silêncio olhando para um ponto fixo apertando o volante com as duas mãos.
— Ghost... - eu murmuro dando uma pausa nas palavras, passando a mão pelos olhos eu respiro fundo.
Ele interrompe antes que eu desse continuidade.
— Lana, eu não quero ouvir, não quero saber, não me importo, ok? Não quero falar disso agora, você está passando por seu luto, eu posso respeitar isso. Não vejo necessidade de falarmos sobre o seu relacionamento com esse cara agora, ok? - ele respira fundo pegando entre o banco seu maço de cigarros — e outra coisa - ele pausa acendendo o cigarro — qualquer coisa que tivemos até agora, já era, você vai se resolver primeiro com seu namorado, não quero ter que descarregar a minha arma na cabeça de ninguém atoa - ele diz, dando uma leve olhada para mim em seguida ele liga o carro dando partida.
— Você está terminando comigo, Ghost? - eu falo com a voz um pouco trêmula.
— Terminando? Mas terminar o que Lana? Você quer ter dois? Não Lana, comigo isso não vai rolar, ok? - ele ri debochado balançando a cabeça enquanto tragava do cigarro — Sua mãe no final de tudo não mentiu - ele completa.
— Vai ficar ao lado dela agora então? Olha Ghost você pode acreditar no que você quiser, mas eu não tenho mais nada com Bruno! - eu afirmo.Ghost me dá uma olhada no fundo dos olhos dando um riso fraco de canto. Ele não disse absolutamente nada mais. Ele ficou calado até voltarmos para casa. Eu tinha tanto para falar mas eu também preferia o silêncio nesse momento.
°°°°
Nós chegamos em casa e estranhamente Betty não estava.
Eu caminhei logo atrás dele que ia em direção ao nosso quarto. Ele girou a maçaneta da porta entrando se virando para trás ele segura a porta com a outra mão apoiando ao lado.— Acho melhor você ficar no quarto de hóspedes - ele diz direcionando com a mão o final do corredor.
— Está brincando comigo né Ghost? - eu falo indignada.
— Eu bem que gostaria, mas não queremos que seu namorado venha até mim para eu quebrar os dentes brancos dele, não? - ele diz soltando a porta para fechá-la. Minha mão apoia a porta antes que ele pudesse fechar.
— Ghost você está agindo como criança, isso não pode ser sério! Se vou ficar em outro quarto então eu prefiro ir para minha casa mesmo - falo cruzando os braços.Ele ri fraco balançando a cabeça, ele dá um passo curto para mais perto.
— Você não tem uma opção. Você é um problema totalmente meu até que eu resolva tudo, então faz o que eu estou mandando Lana, eu não tenho problema em te deixar amarrada se começar achar que você esta me dando trabalho demais - ele diz se afastando.
Minha boca se abriu ao ouvir ele falar daquele jeito comigo.
Ele fechou a porta praticamente em minha cara, pelo menos fez a gentileza de avisar antes do ato.Eu sai muito muito nervosa por aquele corredor entrando naquele quarto sem vida, sem sentimentos e literalmente vazio de tudo o que eu precisava naquele momento.
Ghost parecia estar me castigando, eu com certeza podia entendê-lo, não foi legal, eu não sei porque não soube responde a pergunta simples que ele fez. É claro que eu não sentia mais porcaria nenhuma por Bruno, eu apenas não sabia pensar sobre pressão, talvez fiquei com medo de dar uma resposta errada por não saber expressar.Fiquei até o final do dia dentro do quarto assistia alguma coisa que passava na tv.
Eu ouvi batidas em minha porta me levantei para abrir.Ghost ao lado de fora de calça jeans, sem camisa e com a balaclava. Fiquei uns segundos boquiaberta olhando todo aquele peitoral estourando em minha frente.
— O que você quer? - eu pergunto.
— Suas coisas - ele diz entregando minha mala de roupas.
Arqueando as sobrancelhas eu peguei a bolsa pensando no tanto que aquilo estava sendo ridículo.— Não sabia que você era tão infantil assim, Simon - eu murmuro.
— Não diga meu nome - ele murmura soltando o braço apoiado da porta.Eu viro às costas empurrando a porta para fechar. Mas não pude ouvir o barulho da batida, Ghost estava dentro do quarto.
Eu olhei por cima do ombro dando uma leve debochada.— Achei que seria cada um para o seu rumo a partir de agora - eu falo abrindo a mala em cima da cama.
— E será... - ele limpa a garganta — bom, não sei Lana, você precisa se resolver com seu romance - ele diz debochando.
Ele passa o dedo por cima de uma pequena cômoda ao canto.— Quanta poeira, faz tempo que não recebo ninguém - ele diz passando o dedo do outro.
— Ah sim! - eu falo passando por ele. Pegando outra roupa.Pov: Ghost
— A operação vai ocorrer daqui três dias - eu falando vendo ela se sentar na cama tirar as botas.
— E daí... - ela diz esnobe.
— Posso colocar o plano que você já conhece. Mas não se pode ter erros Lana - eu falo vendo ela caminhar em minha direção.
Ela se vira de costas para mim tirando os cabelos para o lado em seu ombro.— Abre para mim por favor - ela diz se referindo ao zíper do vestido.
Minha respiração acelera, adorava ver ela daquele ângulo, sua bunda tão próxima do meu corpo não iria ajudar a me manter posturado por muito tempo.Minha mão desceu devagar o zíper do vestido até chegar próximo ao seu quadril.
Minhas mãos subiram soltando as alças para baixo dos seus ombros. Ela terminou de descer o vestido inclinando o corpo para frente para passar suas pernas para fora. Seu quadril ficou tão próximo do meu corpo.— Lana, o que você está fazendo? - eu pergunto a vendo apenas com suas peças íntimas inclinando sua postura novamente.
— Estou te deixando nervoso Ghost? - ela pergunta dando uma encara discreta em direção a minha calça — Eu vou apenas me trocar, odeio ficar com as roupas de quando vou ao cemitério - ela diz colocando o vestido dobrado em cima da cômoda que eu estava encostado.
— Você está certa... — eu falo controlando os pensamentos para me concentrar meus olhos nos seus e não nos seus peitos que estavam prontos para saltar daquele sutiã.
— Voce acha que vou conseguir fazer o resgate de vocês agora? - ela ri — tão engraçado dizer isso, agora é eu quem vou socorrer vocês - ela diz, tomando minha atenção novamente para seus olhos.Eu imaginava que a partir do momento que invadíssemos aquela ilha ou eu sairia morto ou eu sairia mais vivíssimo que já vivi.
Lana ficará entre os eucaliptos da mata escondida em um furgão aonde König me dará cobertura enquanto eu pego Stacy e saio antes que as coisas fiquem mais feias. Eu estarei infiltrado com as mesmas vestis ainda de Nicolas para parecer um deles, assim ficará mais fácil de chamar a atenção de Stacy.
O arriscado está nisso, qualquer soldado que estará entre essa missão pode fazer de mim uma peneira.Apenas König sabe que eu irei participar do resgate. Infelizmente gostaria de ajudar, mas a vingança de Lana no momento será meu maior objetivo. Outros soldados capacitados irão ajudar com suas vidas para salvar todas aquelas pessoas disso não há dúvidas.
— Você com certeza se saíra bem nessa - eu falo dando uma última vasculhada com os olhos por seu corpo seminu, eu passo por ela avisando que daqui a pouco seria o jantar.
Não sabia se a atitude que eu estava tomando era mais um castigo para mim mesmo ou para ela.
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Continuo no próximo ❤️
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Me possua | Ghost - COD | Dark Romance +18
FanficGhost trabalha para uma associação privada militar. Convocado para uma missão de alto risco para o resgate de pessoas sequestradas para o mercado da prostituição e tráfico de órgãos. Ghost conhece Lana.