— Rebecca? Você está bem?Freen olha por cima do ombro, seguindo meu olhar. Eu me viro rapidamente para a mesa e forço um sorriso. — Apenas pensei ter visto alguém que conhecia.
Não é mentira. E não é como se eu fosse sentar aqui e admitir que alguém que eu achava que conhecia pode ou não ser um fantasma, então vou apenas manter esse sorriso estúpido no meu rosto até que meu batimento cardíaco volte ao normal e eu possa parar os gritos dentro da minha cabeça.
Não existem fantasmas. Não existem fantasmas. Não existem fantasmas.
Querido Deus, por favor, que não haja fantasmas.
Comemos nossos aperitivos e jogamos conversa fiada. Pedimos entradas e comemos. Não me lembro muito do resto do jantar, porque meu cérebro estava preocupado em tentar resolver o enigma de quem é a mulher de sobretudo se ela não é uma aparição de outra dimensão que está me perseguindo por toda a cidade.
Eu realmente preciso ir ver aquele psiquiatra.
Quando terminamos de comer e nos despedimos de Kade e Heng, Freen me guia para fora do restaurante com a mão em meu braço. Quando ela me conduz em direção à sua caminhonete estacionada do lado de fora, eu digo: — Acho que não vou para casa esta noite.
— Você terá sorte se eu deixar você ir para casa.
Oh garota. Parece que estou em apuros. Acho que aquele beijo na mesa não vai compensar o que aconteceu mais cedo. Digo nervosa: — Deixei minha bolsa no meu carro.
Ela me lança um olhar intenso, sua energia crepitando. — Esqueça a bolsa. Você tem coisas mais importantes para se preocupar.
Tenho certeza de que meu engolir é audível.
A viagem até seu apartamento é tensa e silenciosa. Continuo abrindo minha boca para dizer algo, mas fecho de novo, sem palavras. Está escuro quando chegamos e está começando a chover.
Ela estaciona, desliga o motor e se vira para mim, os olhos brilhando.
Ela não diz nada, então eu falo primeiro. — Desculpe-me, eu não fui honesta quando você me perguntou o que estava errado.
Ela espera por mais, seu silêncio queimando.
— Eu deveria ter lhe contado a verdade, mas... eu estava magoada. E com raiva. E me senti uma tola.
— Você me prometeu que não mentiria para mim.
Sussurro: — Eu sei. Eu sinto muito.
— Acredito nisso. Mas o que acontece da próxima vez? O que acontece se eu fizer uma pergunta que você não quiser responder? Você vai mentir para mim de novo?
Não confiando em mim para falar porque estou ficando emocionada, balanço minha cabeça.
— Não, pense de verdade sobre isso antes de responder. Você sente que não pode confiar em mim?
Olho pelo para-brisa para a garoa e engulo as lágrimas. — Não confio em mim mesma. Minha cabeça está toda fodida. Eu não sei o que há de errado comigo. Tudo que eu sei é que eu quero você. Eu quero você mais do que tudo, e não entendo como isso pode ter acontecido tão rápido.
Ela estende a mão por cima do assento e pega minha mão. Dando-lhe um aperto firme, ela murmura: — O mesmo. E estou tão assustada quanto você, coelhinha, mas não vou deixar que isso atrapalhe cada porra de segundo. Você é a melhor coisa que já me aconteceu.
Oh Deus. Ela está me matando. Vou morrer aqui mesmo no banco da frente deste caminhão.
Cubro o rosto com as mãos. Ela me arrasta pelo assento em seus braços. Então ficamos ali sentadas em silêncio interrompido apenas pelo tamborilar da chuva no capô.
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Reencontro de almas
RomanceEla joga a cabeça para trás e bebe o resto da cerveja. Bebo mais uísque e brinco com minha aliança de casamento, torcendo-a no dedo anelar com o polegar. Freen avisa. - Posso te fazer uma pergunta pessoal? - Seria ótimo se você não fizesse. Ignorand...