Capitulo 21 (POV: REGULUS)

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POV: REGULUS

  Antes que eu possa me controlar, toco sua nuca com minha mão direita e aproximo-o de mim. Percebo que seus lábios já estão levemente abertos, totalmente receptivo ao ato. Ele me observa enquanto espera pela minha ação, com os olhos ambiciosos.

  Apenas esperando que meus lábios cheguem aos seus.

  Merlim, eu estou realmente apaixonado.

-Droga, James. - Murmuro, tão próximo de beija-lo. - Isso é tudo sua culpa.

  Se o castigo não tivesse acontecido, eu poderia viver tranquilamente sem pensar em me apaixonar por James Potter. É tudo culpa ele.

  Poderia ser... qualquer um, menos ele.

O oposto dos ideias da minha família. O homem que tirou meu irmão de mim e aquele com quem meu irmão jamais permitiria que eu me envolvesse. Aquele a quem odiei e fui odiado.

Percebo-o sorrindo antes de nossos lábios se encontrarem.

Ele sabe a ruína que ele significa. Todo o perigo que representa para mim.

Suas mãos encontram o meu rosto, segurando meu maxilar com uma delicadeza que contrasta com o fervor de seus lábios.

Me inclino na sua direção, fechando a distância curta, mas dolorosa, entre nós.

Beijo-o e sinto a suavidade de seus dedos na minha bochecha, a forma como ele se entrega a cada movimento. Assim como eu.

As diferenças, que antes pareciam intransponíveis, agora se tornam irrelevantes.

-Eu não deveria fazer isso. - Murmuro docemente entre seus lábios. As palavras não passando de múrmuros indecentes. - Você está bêbado, James.

Eu quero. Eu quero muito fazer isso. Eu quero beija-lo e fazer coisas muito piores do que isso.

Quero fazer a escolha errada dessa vez.

Ele sorri contra meus lábios, nossos dentes batendo levemente um no outro.

-Não estou fazendo nada que eu não faria sóbrio.

A escuridão do corredor de Hogwarts envolve a nós dois com as frias paredes de pedra. Os feixes de luz das tochas penduradas piscam vagamente quando o encosto, não muito cuidadosamente, contra essa parede.

Eu estou tão envolvido que posso senti-lo invadindo a minha autonomia, colocando em seu lugar a minha atração por ele.

Adoro sentir suas mãos percorrendo meu pescoço e cintura, encaixando-se exatamente onde deveriam ficar.

Fazendo minha nuca arrepiar e despertando um frio na barriga.

Cada passo que eu dou parece ecoar em um silêncio delicado, quebrado apenas pelo som suave das respirações entrecortadas.

Eu tinha prometido a mim mesmo que nunca mais falaria com ele. Nunca mais sentiria a maciez dos seus lábios ou seu contato físico.

Ainda não tenho certeza se o que aconteceu algumas horas atrás muda as minhas decisões.

Mas, nesse segundo, eu só faço o que eu quero, ignorando qualquer possibilidade de estar confundindo o que eu estabeleci para mim mesmo.

No intervalo entre os beijos, ouço-o rindo baixo.

-Seu irmão vai me matar. - Ele comenta, a voz saindo junto a minha boca.

Respiração por respiração. Beijo por beijo.

Qualquer Um, Menos EleOnde histórias criam vida. Descubra agora