Capitulo 30 (POV: JAMES)

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POV: JAMES

Esse garoto precisa ser meu.

Estou encostado, meio sentado, contra a janela, com ele logo a minha frente. A luz suave da janela iluminando seus traços de maneira intimista.

Olhando para ele, minha mente vaga entre o desejo e a adrenalina, e meu coração pulsa mais rápido. A proximidade dos nossos corpos é eletricidade pura, e cada movimento parece desenhar uma nova sensação em meu corpo.

  É aterrorizante como já senti isso com ele tantas vezes e toda vez continua sendo eletrizante como na primeira vez.

-E se eu quisesse contar ao Sirius sobre nós? - Ele murmura contra meus lábios.

  Dois dedos, três dedos seus repousam próximos aos meus lábios, olhando-me com uma ternura sensual.

  Isso faz meu coração bater mais rápido, mas a sensação de tê-lo me beijando e trocando carinhos é muito superior do que qualquer medo de Sirius.

  A verdade é que eu quero contar ao Sirius. Quero muito. Mas, por enquanto, estou tentando amaciar o terreno para que a notícia não seja uma grande bomba.

-Eu faria o que você quisesse. - Murmuro de volta, abraçando sua cintura por dentro da capa. - É só me mandar fazer. - É a verdade em seu modo mais apaixonado e sussurrado.

-Eu te vejo de forma destemida - ele comenta, um pouco mais sério agora. - E isso me deixa... - Seu olhar desce para meus lábios. - mais atraído. Me dá vontade de fazer a coisa errada também.

  Meus lábios tocam os seus com calma e desejo.

  Suas mãos exploram o meu cabelo e eu o puxo levemente para mais perto de mim. O anseio por toque entre nós aumenta, transformando o que antes era uma conversa em um desejo que queima com intensidade.

-Então faça. Faça a coisa errada.

  A sensação de ter Regulus contra mim me deixa louco, enquanto seu corpo se encaixa perfeitamente ao meu.

-James... - ele murmura entre nossos beijos, quase um sussurro, e é como se meu nome em sua boca tivesse um gosto diferente. Picante e viciante. - A porta. - Ele completa.

-Eu tranquei. - Respondo em voz baixa, me afastando só o suficiente para olhar em seus olhos com um sorriso maroto.

  Ele abre a boca em um gesto de surpresa, com certo toque de braveza divertida.

-Não sei porque te vejo como um bom garoto na maioria das vezes. Você é claramente o pior. - Ele acusa.

  Mas ele não parece odiar.

-Eu sou um bom garoto. - Insisto. As minhas mãos, que agarravam sua cintura, sobem pelas suas costas com sutileza, deixando os dedos deslisarem pela sua pele, fazendo-o hesitar no ritmo de sua respiração. - Afinal, eu faço tudo o que você quer. Me diga, Regulus. Não era isso que você queria?

Ele não diz nada, apenas engolindo seco e me observando entre seus cílios longos. Minha mão continua a deslizar por sua pele macia e eu prossigo falando:

-Porque, se não - Aproximo meu rosto de seu pescoço, beijando-o ali e sentindo-o arrepiar. - eu paro agora mesmo.

Ouço-o estralar a língua e me empurrar, jogando minhas costas de volta para a janela. Quando observo sua expressão, ele parece estar com raiva. Mas não é isso: ele está afim.

É como Regulus demonstra amor: sempre fácil de confundir com vontade assassina.

Sorrio quando ele agarra agressivamente a gola da minha camisa e me beija com gosto. É forte e gostoso. Ele morde de leve meu lábio inferior, e eu rezo para que isso nunca acabe.

Qualquer Um, Menos EleOnde histórias criam vida. Descubra agora