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𝗔𝗻𝗮 𝗙𝗹𝗮́𝘃𝗶𝗮'𝘀|🇪🇸𝙿𝚘𝚒𝚗𝚝 𝚘𝚏 𝚟𝚒𝚎𝚠

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𝗔𝗻𝗮 𝗙𝗹𝗮́𝘃𝗶𝗮'𝘀|🇪🇸
𝙿𝚘𝚒𝚗𝚝 𝚘𝚏 𝚟𝚒𝚎𝚠

𝗔𝗻𝗮 𝗙𝗹𝗮́𝘃𝗶𝗮'𝘀|🇪🇸𝙿𝚘𝚒𝚗𝚝 𝚘𝚏 𝚟𝚒𝚎𝚠

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Erro!

Aquele quase beijo ou selinho com Mioto foi um erro e o que mais me irrita é eu estar irritada com a coordenadora.

Mesmo que tenha sido menos de um segundo que nossos lábios se encostaram, eu senti sua boca macia e quis provar de seu beijo.

Eu posso até estar errada, mas eu sinto que ele iria aprofundar e qual iria ser o problema?

Tudo bem que eu odeio ele, mas nada me impede de querer sentir os seus lábios e poder falar que também já beijei o garoto mais bonita da escola.

Convenhamos, que a maioria das meninas pode falar isso.

Mas, eu só queria tentar, depois eu iria voltar a xingá-lo e adicionar adjetivos do que Gustavo era em minha lista mental, e juro que a maioria são xingamentos.

Acredita que Gustavo não olhou mais para minha cara? Desde que a coordenadora falou sobre a aula de etiqueta, o idiota não quis nem chegar perto de mim.

Como se a culpa fosse só minha.

Ele queria, foi ele que se aproximou e eu apenas dei o último passo.

Estou me sentindo uma boba, como pode?

Gustavo está lá, trancado no quarto, enquanto joga videogame com Murilo e ele não deve ter pensado uma única vez.

Na verdade, ele pensa?

Sem nem perceber, perdi os meus pensamentos e agora estou irritada com ele.

Não sei se o idiota lembrou, mas sábado é o aniversário da tia Jussara e mesmo sem lembrar, ele com certeza vai faltar.

Eu iria agradecer se ele tentasse matar, eu poderia ter um sábado com uma manhã sem ele, mas quem disse que eu quero ir?

Ninguém precisa saber que eu e Gustavo se metemos nisso e eu posso sair de casa com Giana.

Giana não está em casa, Louise me disse que agora trabalha e só volta de noite e percebi que Gustavo ficou super nervoso com as palavras que saiam da boca da mulher.

Giana é pilota de avião e sei que a Elise, prima de Gustavo, infelizmente morreu em um.

Elise, sempre que me lembro desse nome o dia no telhado vem em minha mente, quando Gustavo sorriu largamente e me falou sobre o céu.

Neste exato momento, quero conversar e desfrutar da habilidade que tenho desde pequena, falar vários assuntos em pouco tempo. Sempre fui muito tagarela e isso era mais um motivo para o meu pai me comparar com minha mãe, que de acordo com ele também adorava falar.

Giana está no trabalho, Tia Jussara trabalha até madrugada todos os dias e Louise saiu de casa, indo ao supermercado comprar os ingredientes para o bolo de aniversário amanhã.

Louise é muito legal, tinha certeza disso desde o primeiro diz que pisei nessa casa.

Marcos, o pai de Gustavo ainda não chegou da viagem de trabalho e isso é mais um motivo para o loiro ficar preocupado, já que o pai vai voltar de avião.

Louise me disse que Gustavo não aparenta ser, mas é uma pessoa muito carinhosa e que se importa muito com os outros, só não acredito.

Ele não age assim, pelo menos não comigo é só aparenta agir assim com sua família.

Entediada, pego o meu notebook e não hesito em entrar no Skype, ligando para o contato do meu pai e esperando pacientemente ele atender.

Meu pai nunca teve muito contato com eletrônicos, sempre fez questão de falar que essa geração estava perdidamente viciada nas telas e insistiu no telefone com fio. Agora, eu tenho que esperar uma eternidade para que ele consiga apertar no botão de atender.

O rosto do meu pai é estampado na tela do computador, ou melhor, a... orelha dele.

— Papá! Você não precisa colocar o ouvido para me escutar, já te disse isso. — Exclamo e ele se afasta da tela, sorrindo quando me vê.

— Minha bela filha! Incrível como você todo dia está mais parecida com sua mãe. — Diz como sempre diz e assinto com a cabeça, sorrindo.

Mesmo que seja repetitivo, gosto de ser comparada com ela em vários aspectos. Nas fotos que vi da minha mãe, tive noção de que ela era muito bonita e tínhamos traços quase iguais.

Meu pai também sempre gostou de me contar histórias dela, uma delas envolvia o seu temperamento parecido com meu.

— Como estão as coisas? — Dessa vez sou eu que pergunto, já que essa é sua dúvida de todas as ligações.

— Está tudo ótimo, minha filha. Apenas seu irmão que terminou e... — Arregalo os olhos, abro um sorriso e interrompo o meu pai.

— CHAMA ELE AGORA! — Sai como um grito e meu pai se assusta, apenas assentindo com a cabeça e chama o nome do meu irmão.

O rosto do LP aparece na tela, seus olhos parecem profundos de tão inchados e sua cara está péssima.

Não que eu tivesse dúvida que ele estaria mal, meu irmão era louco pela vaca da namorada.

— Irmão... — Finjo lamentar e sinto que vou rir, abaixando minha cabeça para eu não rir em sua frente.

— Para de rir, Ana Flávia! Eu estou triste. — Sua voz embargada é ouvida e mordo os lábios inferiores, segurando o riso.

— Desculpa... — Falo, evitando rir e ele assente. Gesticulo com a boca, procurando algo para falar. — Qual foi o motivo? — Pergunto e ele suspira de um jeito pesado.

— Ela terminou comigo, estava me traindo. — Me explica e arregalo os olhos, erguendo as sobrancelhas e sinto o meu sangue ferver.

— VOCÊ É TROUXA? — Pergunto e ele faz uma careta, me lembrando que tenho de evitar explodir com quem está triste. — Luan, se você voltar com aquela cachorra eu te mato. — Sou simples e ele sorri fraco.

Converso um pouco mais com meu pai e depois desligo a ligação, me jogando na cama.

Um barulho ecoa e não é preciso escutar de novo para saber que algo de vidro se quebrou, no... quarto de Gustavo?

— Voltei, amoresss💗💗 Que saudade de escrever para vcs!

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— Voltei, amoresss💗💗 Que saudade de escrever para vcs!

— Votem e comentem muuuito!!!

— Amo vcs dms e até mais

Beijos, Giullie 🤍

𝗦𝘁𝗮𝘆 𝗳𝗼𝗿𝗲𝘃𝗲𝗿 | 𝘮𝘪𝘰𝘵𝘦𝘭𝘢 ✔︎Onde histórias criam vida. Descubra agora