𝗦𝘁𝗮𝘆 𝗳𝗼𝗿𝗲𝘃𝗲𝗿 | 𝘮𝘪𝘰𝘵𝘦𝘭𝘢 ✔︎

33.

Ana Flávia me preocupava, seu humor não era dos melhores agora e sua alegria ou raiva de sempre parecia estar no modo desativado, já que a morena passou o dia de cabeça baixa sem pronunciar muitas palavras.

Não posso dizer que já tentei de tudo porque eu estou com uma certa vontade de puxá-la para o banheiro e a fuder até um sorriso voltar ao seu rosto, mas sei que não é o melhor momento.

Eu não sou da sala dela e não tenho certeza de que eu quero mudar de turma apenas por ela, somos apenas ficantes e acho que ela mesma faria que não vale a pena eu sair da sala dos meus amigos para ficar com ela.

Hoje, passei o dia pensando em sua crise de choro no banheiro e, ao mesmo tempo, suas palavras carregadas de ciúmes, o que me deixou bastante feliz.

Gosto de saber que me querem e Ana Flávia não precisou dizer isso para demonstrar, apenas seus gritos raivosos que falam sobre minhas putas mostram que me quer o tanto que quero ela, ou um pouco menos.

Não sei o que aconteceu comigo, por mais gay que isso possa soar, devo estar passando por uma fase com uma enorme carência, já que não aguento ficar dez minutos longes da espanhola.

Ana claramente liga para as fofocas que estão rolando, não faço ideia de quantas estou metido e já falei isso para tentar animá-la, mas nada adianta.

Ela veio com o objetivo de continuar sendo dedicada e a garota inteligente que ela é, mas como ela mesma coloca regras em si, acha que o seu nome em algum folheto é o mesmo que ser uma garota rebelde.

Confesso que a maioria das fofocas que estou metido se baseiam em sexo, em quais garotas estou ficando e o quão bonito eu sou, modesta a parte claro.

Como sempre, estou sentado ao lado de Murilo e na mesma mesa que Gabriela e Ana que mexia no celular e usava fones de ouvido.

Urgh! Como sempre tão bonita?

Ela está com as bochechas arranhadas, pontos na testa, um coque desarrumado no cabelo, não há um rastro de maquiagem em sua pele e suas roupas não chegam nem perto de serem exageradas, mas ela continua perfeita.