Capítulo 21

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ROBERTO NASCIMENTO

Ela pediu para que eu ficasse. Eu planejava ir embora, tomar um clonazepam e dormir, mas, enquanto recolhíamos nossas roupas no chão, ela pediu, cheia de segundas intenções, para que eu ficasse. Não resisti à tentação e aceitei, xingando mentalmente o meu pau, mas seria pecado ir embora depois de uma mulher como ela ter pedido que eu ficasse. Mesmo que eu esteja obcecado por ela, sei que é físico, casual; não há a mínima possibilidade de nos envolvermos além disso. Ela parece concordar, porque, além de ter pedido para que isso se mantenha entre nós, deixou claro que não nos damos bem, como se eu já não soubesse disso. Ela é tão diferente de mim. Mais diferente até mesmo do que a Rosane era. Ela despreza o meu trabalho e, mais do que isso, me despreza, exceto agora, quando está sentada no meu pau.

— Não para. — Ela pede, gemendo, enquanto rebola no meu pau. Continuo esfregando o clitóris dela, e sei que ela está quase lá. Eu, porém, diminuo o ritmo e, bruscamente, paro; ela percebe e, no mesmo instante, protesta. Eu seguro sua mandíbula com uma das mãos.

— Não me diz o que fazer. —  Puxo os seus cabelos de forma agressiva, muito perto de perder o controle. Ela parece querer jogar sujo, porque desce e sobe os quadris em um ritmo frenético, e eu simplesmente fico louco. Sinto sua buceta apertar o meu pau. — Gostosa. — Sussurro, ofegante, próximo ao seu ouvido.

— Por favor. — Pede outra vez, quase choramingando. Minha mão retorna ao seu clitóris e volto a estimulá-la com os dedos. Sinto suas pernas falharem, e aumento a pressão com o polegar. Em resposta, ela geme, e eu xingo baixo, pensando que, se ela continuar gemendo assim enquanto aperta a buceta ao redor do meu pau, eu, provavelmente, não vou durar por mais muito tempo. Eu me inclino para trás, apenas o suficiente para chupar os seus mamilos.

Ela crava os dedos na pele das minhas costas, xingando baixo, e goza, sua buceta se contraindo ao redor do meu pau. Filha da puta. Aproveito isso para mudar de posição; apesar de gostar de olhá-la nos olhos e ver o quanto ela se odeia por me querer, gosto mais ainda da bunda dela. Por isso, a posiciono de quatro na cama; ela provoca, empinando a bunda, e eu, sem dó, me afundo dentro dela uma, duas, três vezes. Ela geme, ainda sensível, e a puxo pelos cabelos, inclinando-a para que ela sente, de costas, no meu pau. Ela não hesita.

— Você é uma cachorra mesmo. — Digo, próximo ao seu ouvido, colando minha boca na curvatura do seu pescoço. Ela estremece, as pernas ainda bambas, e responde à minha provocação rebolando. Ela esfrega o clitóris com o indicador, enquanto meu pau entra e sai dela. Chupo a pele do seu pescoço e, porra, estou prestes a gozar mais uma vez dentro dela.

Nossos movimentos são quase sincronizados e, enquanto eu me afundo mais uma vez dentro dela, sua buceta maldita aperta de novo o meu pau, o que faz com que, no mesmo instante, eu perca o controle. Ofegante e, mesmo sabendo que não devo, eu meto uma última vez dentro dela até gozar. Demoro, porém, até sair dela, querendo aproveitar ao máximo a sensação. Quando, enfim, tiro o meu pau, ela se joga de costas na cama, ofegante, e me puxa para cima dela. Desgraçada.

— Valeu a pena ficar? — Provoca. Eu a olho, suada, os cabelos bagunçados, as pupilas dilatadas. Ela fode com o meu juízo. Linda na mesma proporção em que é proibida para mim. Afasto qualquer pensamento relacionado a isso, porém, me lembrando de que é só sexo. 

— Valeu a pena ter implorado para que eu ficasse? — Provoco em resposta. Ela parece pensar por alguns instantes, mas não responde. Me abaixo e chupo a pele do seu ombro; ela arrepia.

As duas faces da justiçaOnde histórias criam vida. Descubra agora