"Algum dia, de alguma forma
Vou fazer com que tudo fique bem, mas não agora"
✶
CALLIOPE CAMINHA RÁPIDO EM MEIO AOS ESTUDANTES DA SONSERINA que entram juntos dela na Comunal.
Um pouco irritada, talvez pela pressa, a garota se irrita.
— Você é um bruxo ou uma lesma, garoto? — Exclama para um colega de casa, que é um garoto do sexto ano — Acelera o passo!
— Passa por cima, assassina. — Ele lhe responde com um sorriso capaz de escorrer veneno por entre os dentes.
Antes mesmo que Calliope realmente se utilize da sugestão do sonserino, alguém o puxa para o lado, liberando o caminho da jovem.
— Pare de ser atrevido, Lionel. — Viola Parkinson é quem o puxa e profere o sermão — Você já é caçoado demais aqui por conta do seu nome significar leão, então tenta não piorar a sua situação.
Calliope fecha a mão e a indica para a ex colega de quarto em agradecimento, que é recíproca no soquinho.
Segue o caminho até o quarto desejado, logo já batendo diversas vezes na porta. Ao ser aberta Calliope visualiza um Regulus com profundas olheiras em meio a um olhar indiferente.
— Por que não derrubou a porta logo? — Ele debocha.
— Você se esqueceu que eu sou deserdada? — A garota o responde no mesmo tom — Não consigo pagar por uma porta de Hogwarts que eu derrubo.
Regulus rola os olhos e Calliope o empurra para dentro do quarto afirmando que precisa conversar com ele. Sem rodeios, ela diz o que precisa para o mais novo.
— Nem pensar, Callie. — Regulus se emburra na hora — Esqueça!
— Vamos lá, Reg! Prometo a você que essa não é uma atitude inconsequente.
— Seu sobrenome deveria ser inconsequente, você transpira inconsequência e até o seu namorado é um inconsequente.
Calliope leva a mão ao tórax exibindo uma falsa feição de ofendida.
— Jay está curtindo os primeiros 30 anos da infância de um homem. Por favor, o respeite e não mude de assunto. — Calliope se aproxima do sonserino mais novo que está de braços cruzado olhando pela janela do quarto — Você foi muito corajoso quando tomou a sua decisão, Reg. Eu estou tentando ser também.
Regulus engole em seco. Apesar de parecer emocionado por ouvir alguém importante para ele lhe chamar de corajoso, ele se mantém firme.
— Eu não vou deixar você cometer os mesmos erros que os meus. Você tem pessoas que te amam e prezam pela sua vida, Calliope.
Calliope consegue notar que aquelas palavras provocam um gosto amargo no Black, que olha vagamente para o carpete escuro.
A jovem se aproxima, colocando uma de suas mãos sobre o ombro de Regulus.
— Você fez isso por Sirius. — As palavras fazem o garoto a olhar — E sei que agora também faz pela Olivia. Eu também quero fazer isso por Sirius, por Olivia, Alexander, James, Remus, por você. Regulus, por favor, me deixe fazer isso por aqueles que eu amo.
A sonserina nota os olhos acinzentados do mais novo ficarem marejados. Quando uma lágrima opta por cair, Regulus a limpa e começa a andar pelo quarto com uma postura pensativa.
— Eu não consigo pensar em uma forma de te colocar nisso. Você sempre foi a rebelde que tinha asco à arte das trevas, Calliope. — Ele diz andando de um lado para o outro, o que irrita um pouco a mais velha — Os comensais não vão gostar nada disso.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝗘𝗡𝗗 𝗚𝗔𝗠𝗘 ∙ james potter
FanfictionCalliope Nott foi criada por pais sangue-puristas, evidenciando sua longa linhagem de raízes cravadas nas artes das trevas. Entretanto, aquele não era o destino da jovem sonserina. A missão de impedir que Regulus Black se junte ao exército de Comens...