13. a ordem da fênix

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"E eu estava recuperando o fôlego

O piso da cabana rangendo

Sob meus pés

E eu não tinha certeza

Eu tive uma sensação tão peculiar

De que essa dor não iria durar para sempre"

DESDE QUE CALLIOPE COLOCOU OS PÉS EM HOGWARTS aquele castelo se tornou o seu lar. O lugar transmite magia e todos parecem ser mais felizes aqui. Entretanto, a atmosfera da escola se transformou em outra desde o falecimento da aluna. 

Calliope ouviu a conversa de alguns alunos do último ano na comunal da Sonserina, falando sobre o boato de que o diretor Dumbledore convocou alguns sonserinos para conversas particulares em sua sala.

Torceu para que o Ministério da Magia estivesse se intrometendo na escola para interrogar os culpados por aquilo, mas sempre que se lembrava da culpa de seu irmão seu coração pesava em preocupação.

— Ei, Nott. — chamam a garota, que está sentada em um dos sofás da Comunal da casa das cobras enquanto olha atentamente as chamas da lareira.

A garota segue a voz e encontra Viola Parkinson a encarando com uma das sobrancelhas elevadas. 

— Sim?

— O professor Slughorn disse que Dumbledore está te procurando. — diz a sonserina de cabelos pretos, que não esconde um olhar desconfiado.

Ótimo. Tudo o que ela precisava agora é ser colocada na lista de suspeitos.

— Certo. Obrigada, Parkinson. 

— Boa sorte! — a garota acena e no fundo a Nott sabe que realmente vai precisar daquilo.

No caminho para a sala do diretor a garota cruza o caminho do time de quadribol da Grifinória, eufóricos de adrenalina e totalmente suados após um evidente treino. A procura ansiosa por um rosto familiar em meio aos demais é inevitável.

Logo encontra cachos e óculos redondos que a fazem sorrir. 

James não demora a ver a sonserina e corre até ela, mal se lembrando do seu time que o chamava, todos cansados após o treino onde a maioria teve a oportunidade de descarregar as energias. E assim que vê Calliope, todas as energias que James gastou durante o treino voltam ao seu corpo como se ela fizesse mágica. Literalmente.

— Olá, cachos. — ela sussurra enquanto os braços do garoto cercam seu corpo em um abraço que fez os demais bruxos e bruxas do time da Grifinória os olharem, como se assistissem a uma novela.

— Oi, cobrinha. — James deixa um beijo no topo da cabeça dela — Eu estou suado. Sinto muito por isso.

A garota levanta os ombros, indicando que não se importa. 

— Posso saber para onde a senhorita está indo? — questiona o grifinório, notando a expressão preocupada dela.

— Dumbledore me chamou para conversar. Ou ele acha que sou uma suspeita, ou ele sabe que eu sei de algo. — responde arrumando a capa do uniforme.

— Sendo o Dumbledore, é capaz que seja a segunda opção. — a garota não pode deixar de afirmar o que James diz — Sei que está preocupada, mas só quem sabe o que você deve fazer, é você mesma. As coisas vão se encaixar em seus lugares aos poucos, você verá.

𝗘𝗡𝗗 𝗚𝗔𝗠𝗘 ∙ james potterOnde histórias criam vida. Descubra agora