12. até mesmo um armário de vassouras

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"Talvez você tenha corrido com os lobos e se recusado a sossegar

Talvez eu tenha saído enfurecida de todas as salas desta cidade

Jogamos fora nossas capas e adagas porque agora já é manhã

Está mais claro agora"

ASSIM QUE PISOU NAQUELA MALDITA SALA DE TROFÉUS, Calliope soube que iria espirrar durante as três horas seguintes de detenção. Talvez até mesmo depois de finalizar, afinal aquela poeira toda ficaria impregnada no nariz da garota por um bom tempo.

— Aqui é sempre imundo desse jeito? — a sonserina pergunta para os demais.

— Sempre. — responde James ao seu lado — Sinceramente, eu acho que eles tem algum feitiço para empoeirar tudo.

Sirius oferece um espanador de pó para a garota, que parece nunca ter visto aquele objeto na vida.

— Vamos lá, princesinha da Sonserina, temos muitos troféus para limpar.

— Eu acho que prefero um paninho. Essa vassourinha vai fazer o pó voar para o meu nariz e isso vai atacar a minha alergia.

— Fresca. — resmunga Sirius, já se dirigindo para uma das estantes.

É Olivia quem trás um pano para a garota, pegando o espanador da mão da amiga.

— Ele está de mau humor. — Calliope fala baixo para a amiga, que acaba rindo.

— Aqui não é tão grande, sabe, eu consigo te escutar. — Sirius fala alto para que elas escutem, enquanto James e Remus não deixam de rir — E você devia me tratar melhor, porque sou eu quem vai dar a benção para você namorar o Pontas.

A mão de Calliope escorrega durante a limpeza do troféu que ela segura, fazendo um barulho agudo e engraçado. Olivia se segura para não rir da amiga.

— Como você é indiscreto com a vida amorosa alheia, Black. — a Nott o responde com seriedade, mas seu rosto vermelho só faz com que todos se divirtam — "Benção". Era só o que me faltava...

— Então a senhorita admite que isso é uma relação amorosa? — James pergunta divertido, mesmo que realmente quisesse saber a resposta.

— Ela não admite nadinha. — Olivia se coloca na conversa e a amiga agradece mentalmente, pois a pergunta de James a deixa envergonhada — Até porque vocês ainda nem deram o primeiro beijo.

Remus e Sirius não deixam de rir do amigo que arregala os olhos, mesma atitude de Calliope diante das palavras da amiga, que ganha um beliscão da sonserina no braço.

— Sua boca frouxa. — diz para a lufana, que não aguenta levar o nervosismo da amiga a sério.

— James, tome logo uma atitude. — Sirius caçoa e as garotas rolam os olhos.

— Eu sou um cavalheiro, Almofadinhas. — James diz chegando perto dos troféus que são limpos pela Nott — Me defende aí, cobrinha, por favor.

— Eu concordo com você, Jay, e odeio admitir isso, mas concordo com aquele paspalho também. — a sonserina responde prestando atenção no brilho que a taça que limpa assume a cada vez que passa o pano.

Uma série de espirros vindo da Nott ecoa por todo o ambiente.

O Potter não segura a vontade de sorrir quando ouve ela o chamando por um apelido. E, melhor ainda, falando que gostaria de o beijar.

𝗘𝗡𝗗 𝗚𝗔𝗠𝗘 ∙ james potterOnde histórias criam vida. Descubra agora