Capítulo 20 - Bruno Rodriguez

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São 20:00 (8:00 PM)

Estou na biblioteca sentado em uma das mesas, esperando Íris.

Tenho uma fagulha de esperança de que ela venha e venha me explicar direito essa história do meu pai.

Ainda não consigo tirar isso de minha cabeça. E ela pelo visto.

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21:30 (9:00 PM).

Ela ainda não chegou, mas ainda creio que ela vai chegar.

Pego um livro qualquer, e começo a folheá-lo, já impaciente com toda essa demora dela.

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22:47 (10:47 PM), finalizei o livro e ela não veio.

Cai na conformidade e deixei o livro de lado. Me levantei e dei o fora dali, indo direto para o dormitório feminino pisando fundo.

Ao chegar lá entro sem rodeios e não avisto ninguém na portaria. Dou a volta no balcão e digito seu nome na lista de quartos ocupados, procurando em qual é o que lhe pertence.

Ao achá-lo vou até o elevador e coloco o número de seu andar.

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Bato em sua porta com uma certa força.

Claro, já imaginaria que ela não iria atender.

-Íris Allencar por favor abra a porcaria porta. - Falo alto bem próximo a sua porta.

Cinco minutos se demoram até que ela abre. Mesmo com o seu olhar cheio de olheiras e vestindo seus pijamas ela continua linda.

-Você me deu um bolo dos feios. - Ela parecia confusa.

-O que você está fazendo aqui?

-Por que não foi na biblioteca? - me aproximo dela e ela abre a porta por completo, me dando espaço para entrar.

Ao entrar me deparo com seu quarto todo revirado e vários papéis jogados no chão. Ela fecha a porta e volta se sentar na cama, colocando a mão na cabeça.

-Eu esqueci completamente... Já é de noite, espera eu perdi a aula! Fiquei tão concentrada que não fiz nada do que deveria hoje... Eu sou uma péssima pessoa... O Theo e a Felícia chegaram já?

-Sim e eles estão mortos de preocupação. Por que não atendeu a Felícia? - ela parece muito confusa.

-Ela não veio aqui... - ela só pode estar de sacanagem comigo.

-Então você não escutou a batida dela na porta, mas me escutou? Qual é Íris, eu estou tentando entender o que porra que está acontecendo com você! - digo já irritado e me sento em sua frente na cama.

Ela se levanta e vai até alguns papéis jogados em um canto e me entrega. Eu pego e não entendo bulhufas do que está escrito.

-Seu pai tinha o poder de Memória Aprimorada, pelo que entendi lendo os relatórios, apenas de assistir um vídeo, ou ele ler um manual de instruções detalhado ele aprendia a fazer aquilo. Por exemplo esses estudos aqui foram antes dele assistir um vídeo de Judô e esses daqui são de depois...

Ela me explica e mostra tudo para mim. Realmente estavam alterados, logo em seguida ela me entrega uma foto com meu pai segurando uma medalha dourada em mãos.

-Olha as datas Bruno! Como que ele aprendeu manobras dificílimas de Judô em apenas um mês?! A conta não bate porra!

Meu pai se orgulhava dessa medalha mesmo, mas nunca havia me contado do que era. Então ele realmente tinha esses tais poderes? E como se manifestam? Eu posso ter algum? A confusão acerta meu cérebro em cheio.

-Não acredita em mim? Ótimo! Então como minha mãe sempre sabia quando eu estava mal? Como ela descobriu que eu escondi o seu batom preferido que eu havia estragado sem querer? Sabe qual a porra do poder dela? Emoções Sinestésicas! Ela sempre soube apenas de olhar para mim! O meu pai era forte para um caralho! Quando o carro estragou na estrada, depois que a gente estava voltando da praia, ele levantou a porcaria do carro para trocar o pneu! E quem porra é Skyller e por que o poder dela é desconhecido?

Ela joga o caderno em minha direção e eu abro na página marcada vendo o rosto mais novo de meu pai. Era realmente ele...

Espera um minuto...

-Bianca Keller...

-O que tem ela? Eu sei que ela tem o poder mais foda de todos, mas... - a corto.

-Ela é a mãe do Felipe.

Ecos do Passado - AutumnFall HS (1)Onde histórias criam vida. Descubra agora