A partir do momento que li o primeiro gibi da Turma da Mônica, não quis mais parar de ler! Minha família me dava gibis e livros constantemente depois dO Pequeno Príncipe. Aliás, príncipe me lembra a coleção de O diário da princesa, muito boa! São dez títulos, mas nem dá para perceber a história passando.
Diferente de O senhor dos anéis, eu amo Tolkien, mas a narrativa é lenta, em O hobbit e Silmarillion, então, nem se fala! Quase José de Alencar com Iracema, O guarani e Ubirajara. Por isso eu gosto mais do Cornwell, As crônicas de Artur também são uma trilogia, só que com mais emoção (crônicas sempre me lembram as de Nárnia, sete livros fabulosos). Mas meu preferido dele, do Cornwell, ainda é Tolos e mortais, porque tem Shakespeare e eu amo A megera domada.
Tudo bem, gosto de Romeu e Julieta também, apesar de ser meio Crepúsculo e isso me cansar um pouco. Convenhamos que Otelo é bem mais interessante, até Machadinho achou isso e parodiou em Dom Casmurro! Ok, falar de Machado de Assis sem citar Memórias póstumas de Brás Cubas é canalhice (a propósito Somos todos canalhas é delicioso demais), mesmo porque gerou Quincas Borba.
E não sei que insana relação meu cérebro construiu entre este maluco e o doidinho do Policarpo Quaresma - ambos poderiam facilmente fazer parte dO Alienista. A utopia, será? Não sei... mas em utopia e distopia, nada se compara a Fahrenheit 451 ou Admirável Mundo Novo. Talvez Matéria escura...
Falando nisso, lembrei de O universo numa casca de noz. Livro fantástico! Não supera a biografia de Hawking em A teoria de tudo, porém é excelente! Que tristeza lembrar que este gênio já partiu... mas tristeza maior é ler Quarto de despejo tendo em mente que a Carolina viveu tudo aquilo! Tudo bem que Vidas secas e O cortiço até tentaram nos preparar, todavia, saber que é real dói na alma.
Ainda mais pelo fato de eu ter, de certa forma, vivido num País das Maravilhas, considerando os fatos. Não carrego o Sentimento do Mundo como Drummond e isso me permitiu praticar o jogo do contente da Pollyanna, sem pensar nas dificuldades dAs meninas ou em Minha vida de menina. Será que elas foram felizes ou sofreram como a família de mulheres dA falência?
Gente, e a Luísa que morreu de tristeza por causa dO primo Basílio? Ela nem foi a primeira, teve a Joaninha dAs viagens na minha terra, que cantava como um rouxinol. Os portugueses parecem gostar desse nome Joaninha, ainda que em A cidade e as serras ela não fale nada. Não, ela não era muda.
Parecem mudas para a sociedade as mulheres de Niketche! As do Sul, pelo menos, as do Norte são mais atiradinhas. São do tipo da Glória que roubou o namorado da Macabea nA hora da estrela. Que Droga de amizade essa! E Droga de amor do Olímpico! Ele merecia ser tratado como o Fernando, comprado pela Aurélia em Senhora. Que livro, meus amigos!
Já que estou falando de bons livros - eita, que agora pensei em Bons dias -, Crer ou não crer é um dos melhores da vida, assim como Viver em paz para morrer em paz. São de filosofia, quase auto-ajuda, só que nesta área tem Liberdade, felicidade e f**a-se! no qual a Miriam Goldenberg dá um show!
Show de verdade tem em Sonata de amor em Punk Rock, clichê gotosinho, nada de plot twist como em Noites Brancas, não sei se conseguirei um dia superar a Nástenka!
Nem a Obscena Senhora D. ou aquele Tudo que você não soube. Pensando bem, nem Teorema Katherine ou Quem é você, Alasca? eu superei ainda... e A culpa é da estrelas? Jamais!Enfim... qual era a pergunta mesmo? Ah, é! Do que você gosta? Talvez eu conheça alguma coisa...
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O cativante universo de Alice
Non-FictionAos 39 anos descobrir que é autista não é algo muito feliz, principalmente quando passou todo esse tempo tentando se encaixar e tendo plena consciência de ser diferente, mas sem saber o motivo.