Alguns dias depois da formatura, tinha acabado de chegar na sede dos Killers, meu pai tinha me chamado, dito que era algo importante e eu precisava estar la.
Quando cheguei falaram que meu pai estava numa sala afastada, então fui procura-lo.
Assim que entrei na sala me deparei com um homem, amarrado, de joelhos no chão e com um saco na cabeça. Meu pai estava do seu lado, numa tranquilidade sem fim, apenas me esperando.
— Filha — ele disse, com um tom calmo, mas firme. - Esse homem foi pego espionando nossa gangue. Ele é um dos "Americans". Nós precisamos dar um exemplo. Quero que você o mate.
Senti meu coração acelerar e minhas mãos suarem. Olhei para o homem amarrado e depois para meu pai, tentando encontrar alguma forma de convencê-lo a não me fazer fazer isso.
— Pai, não precisamos matá-lo — argumentei, tentando manter minha voz firme. — Podemos apenas entregá-lo para as autoridades ou encontrar outra maneira de lidar com isso. Não sou capaz de matar uma pessoa assim, a sangue frio.
Meu pai olhou para mim com uma expressão de desapontamento. Ele se aproximou e tirou a sacola da cabeça do homem amarrado. Os olhos dele estavam cheios de meao e conrusao, e ele piscou várias vezes antes de me reconhecer.
— Você... você não era a namoradinha do Noah? — disse o homem, com um tom incrédulo, mas somente eu ouvi.
Fiquei surpresa e um tanto assustada.
Antes que pudesse pensar, acertei um murro no rosto dele, calando sua boca. Ele gemeu de dor, e meu pai franziu o cenho, visivelmente irritado.- Sofya, você precisa ser forte - insistiu meu pai, com mais intensidade. — Esse homem é uma ameaça para nós. Você tem que mostrar que é capaz de proteger nossa gangue. Isso é uma prova de lealdade.
Olhei para o homem novamente, tentando manter minha compostura.
— Pai, eu entendo a necessidade de
proteger nossa gangue, mas isso na
resolver nossos problemas. Vai apenas aumentar o ciclo de violência.Meu pai perdeu a paciência. Ele pegou a arma e a colocou na minha mão, segurando-a firmemente.
— Você está me desobedecendo, Sofya! — ele gritou. — Isso é mais do que apenas proteger a gangue. É sobre mostrar quem está no controle. Se você não fizer isso, estará colocando todos nós em risco. Atire!
Senti a arma fria em minhas mãos, meu coração batendo acelerado. Olhei para o homem amarrado, seu olhar agora cheio de desespero. Minhas mãos tremiam, e eu sabia que não poderia fazer isso.
— Eu não vou fazer isso, pai — disse, finalmente, minha voz tremendo. — Encontraremos outra maneira. Eu posso ser leal à gangue sem precisar tirar uma vida.
Meu pai olhou para mim, seus olhos cheios de raiva e desapontamento.Ele pegou a arma de volta de minhas mãos com força e, sem hesitar, apontou para o homem amarrado e puxou o gatilho. O som do tiro ecoou pela sala, e o corpo do homem caiu no chão, imóvel.
Senti um nó na garganta e lágrimas começaram a rolar pelo meu rosto. Meus joelhos cederam e eu caí no chão, desesperada, chorando incontrolavelmente
— Isso é o que acontece quando você desobedece, Sofya - disse meu pai, com frieza. — Lembre-se disso.
— Ele está morto. — Falei balançando o corpo do homem.
— Ninguém mexe com um Killer, querida. — Meu pai falou e saiu da sala, me deixando sozinha com o homem que ja não respirava mais.
Eu não aguentava mais aquilo, era torturante, eu só estava la por que eu tinha medo dele machucar pessoas que eu amo, eu não poderia sair.