Capítulo 3 - Eros

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Estava curtindo com Adônis e observando o modo como os jovens falavam para poder imitar e não parecer muito estranho, quando vejo uma mulher entrar na balada. Ela estava vestida de cupido, e meu coração quase saltou do meu peito. Ela era igual à mulher que vinha habitando meus sonhos: os cabelos, o sorriso, o olhar, tudo. Ela passa por mim e nem me nota.

- Ei, Eros, percebi seu olhar para a humana. Realmente é uma gostosa, não é?

- É sim, essa me chamou muito a atenção - fico a observando de longe. Ela deu fora em alguns rapazes que chegaram perto dela, estava bebendo um refrigerante, com uma moça ao lado, e não se desgrudavam nem por um minuto.

- Eros, vamos lá onde estão. Eu fico com a amiga e você fica com ela. Vamos aproveitar essa noite, cara.

- Você tem razão.

Quando olho novamente, a tinha perdido de vista. Olho ao redor e a vejo entrando no outro salão. A observo de longe. Um dos rapazes do palco a pega para subir na pista de dança, e por alguns segundos fico com ciúmes. Não sei do que, é um sentimento que nós não costumamos ter, ainda mais por uma pessoa totalmente desconhecida, uma humana...

Deixo meu amigo para trás e vou até a ponta da pista. Quando ela chega perto, eu a puxo pela mão e ela aceita.

- Oi, meu nome é Eros, e o seu? - falo encostando minha boca em sua orelha, e a sinto se arrepiar inteira.

- Me chamo Bruna - ela encosta a sua boca em meu ouvido e sinto meu pau ficar duro.

- Bruna, não consigo tirar os olhos de você desde a hora que você colocou os pés aqui. E vou ser sincero, eu preciso beijar a sua boca.

Ela me olha um pouco assustada, mas fecha os olhos. Eu começo a beijá-la, quero saborear sua boca. Meus beijos são lentos; que gosto maravilhoso ela tem. Nunca beijei uma humana com um gosto tão bom. Automaticamente, minha mão vai para sua cintura e sua nuca.

- Acho que me apaixonei pelo seu beijo - e volto a beijá-la, guiando-a até uma parede. Eu precisava sentir mais o seu corpo no meu, queria sentir seu calor. Coloco minha perna no meio das dela e sinto o quanto sua intimidade está quente; ela deve estar completamente molhada. Minha mão vai para sua bunda e ela me para.

- Eros, olha, acho que tá indo muito rápido, né?

- Desculpa, não foi minha intenção te deixar assustada - poxa, eu não queria assustá-la. Ela estava tão vermelha; não sei se era o beijo ou se tinha ficado com vergonha da minha mão em sua bunda, ou as duas coisas. Ela é uma humana fascinante.

- Tudo bem, é que não estou acostumada - o que será que ela não estava acostumada? Fiquei um pouco confuso. Pelos seus beijos, não me parecia uma humana virgem. A cada segundo eu tinha mais vontade de desvendar essa humana... e volto a me perguntar: o que estava acontecendo comigo?

Eu entrelaço nossas mãos; não ia deixá-la escapar assim, sem saber um pouco mais sobre ela.

- Vamos procurar sua amiga e meu amigo então - falei, lhe dando um selinho.

Andamos pouco e já vimos os dois se pegando em beijos bem mais quentes do que eu estava dando em Bruna. A vejo ficando sem graça.

- Acredito que não podemos atrapalhar eles agora, né? - ela me diz com um sorriso sem graça.

- Quer tomar alguma coisa?

- Uma água ou refrigerante. Estou dirigindo e não posso beber.

- Tá certo, vamos ali no bar - eu a coloco sentada de frente para mim, e uma das minhas mãos em sua perna.

O triângulo dos cupidosOnde histórias criam vida. Descubra agora