Estava curtindo com Adônis e observando o modo como os jovens falavam para poder imitar e não parecer muito estranho, quando vejo uma mulher entrar na balada. Ela estava vestida de cupido, e meu coração quase saltou do meu peito. Ela era igual à mulher que vinha habitando meus sonhos: os cabelos, o sorriso, o olhar, tudo. Ela passa por mim e nem me nota.
- Ei, Eros, percebi seu olhar para a humana. Realmente é uma gostosa, não é?
- É sim, essa me chamou muito a atenção - fico a observando de longe. Ela deu fora em alguns rapazes que chegaram perto dela, estava bebendo um refrigerante, com uma moça ao lado, e não se desgrudavam nem por um minuto.
- Eros, vamos lá onde estão. Eu fico com a amiga e você fica com ela. Vamos aproveitar essa noite, cara.
- Você tem razão.
Quando olho novamente, a tinha perdido de vista. Olho ao redor e a vejo entrando no outro salão. A observo de longe. Um dos rapazes do palco a pega para subir na pista de dança, e por alguns segundos fico com ciúmes. Não sei do que, é um sentimento que nós não costumamos ter, ainda mais por uma pessoa totalmente desconhecida, uma humana...
Deixo meu amigo para trás e vou até a ponta da pista. Quando ela chega perto, eu a puxo pela mão e ela aceita.
- Oi, meu nome é Eros, e o seu? - falo encostando minha boca em sua orelha, e a sinto se arrepiar inteira.
- Me chamo Bruna - ela encosta a sua boca em meu ouvido e sinto meu pau ficar duro.
- Bruna, não consigo tirar os olhos de você desde a hora que você colocou os pés aqui. E vou ser sincero, eu preciso beijar a sua boca.
Ela me olha um pouco assustada, mas fecha os olhos. Eu começo a beijá-la, quero saborear sua boca. Meus beijos são lentos; que gosto maravilhoso ela tem. Nunca beijei uma humana com um gosto tão bom. Automaticamente, minha mão vai para sua cintura e sua nuca.
- Acho que me apaixonei pelo seu beijo - e volto a beijá-la, guiando-a até uma parede. Eu precisava sentir mais o seu corpo no meu, queria sentir seu calor. Coloco minha perna no meio das dela e sinto o quanto sua intimidade está quente; ela deve estar completamente molhada. Minha mão vai para sua bunda e ela me para.
- Eros, olha, acho que tá indo muito rápido, né?
- Desculpa, não foi minha intenção te deixar assustada - poxa, eu não queria assustá-la. Ela estava tão vermelha; não sei se era o beijo ou se tinha ficado com vergonha da minha mão em sua bunda, ou as duas coisas. Ela é uma humana fascinante.
- Tudo bem, é que não estou acostumada - o que será que ela não estava acostumada? Fiquei um pouco confuso. Pelos seus beijos, não me parecia uma humana virgem. A cada segundo eu tinha mais vontade de desvendar essa humana... e volto a me perguntar: o que estava acontecendo comigo?
Eu entrelaço nossas mãos; não ia deixá-la escapar assim, sem saber um pouco mais sobre ela.
- Vamos procurar sua amiga e meu amigo então - falei, lhe dando um selinho.
Andamos pouco e já vimos os dois se pegando em beijos bem mais quentes do que eu estava dando em Bruna. A vejo ficando sem graça.
- Acredito que não podemos atrapalhar eles agora, né? - ela me diz com um sorriso sem graça.
- Quer tomar alguma coisa?
- Uma água ou refrigerante. Estou dirigindo e não posso beber.
- Tá certo, vamos ali no bar - eu a coloco sentada de frente para mim, e uma das minhas mãos em sua perna.
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O triângulo dos cupidos
RomanceEm um mundo onde o destino do amor é guiado por forças sobrenaturais, dois cupidos, Eros e Adônis, entram em um jogo perigoso e sedutor. Eros, o cupido nerd que segue as regras à risca, e Adônis, o anti-herói que desafia todas as convenções, encontr...