Capítulo 16 - Bruna

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Chegamos ao mundo dos cupidos, e é tudo tão lindo, realmente mágico. O clima é mais quente e acolhedor, e eles são ainda mais lindos aqui em seu mundo. As asas... As asas são maravilhosas, e vê-los voando é perfeito. Sem dúvida, estou encantada por eles e por este lugar, que parece um conto de fadas. O mais estranho é que tenho a sensação de já ter visto esse lugar antes.

Adônis se despede de mim com um beijo, e Eros me leva voando.

- Para onde vamos?

- Quero te mostrar uma floresta que temos aqui. Ela é mais isolada, tem menos chance de sermos vistos.

Eros me aperta contra o peito. Até o cheiro dele é diferente aqui. O barulho das asas me acalma, mas sinto que, depois de hoje, tudo vai mudar completamente. Chegamos à floresta, e realmente ela é linda. As nuvens ficaram para trás, dando lugar a um chão de terra, grama e muita área verde. Há um lago mais à frente e outro bem ao nosso lado, do qual observo melhor a fumaça subindo.

- Aqui é quente, Eros?

- Sim, coloca sua mão na água.

Eu coloco a mão no lago e a água é tão quentinha, trazendo um conforto incrível.

- Eu venho aqui para pensar, relaxar. Vim muito aqui pensando em você...

- Como assim? A gente não se conhece há tanto tempo assim.

- Eu sonhei muito com você, Bruna, sem te conhecer. Sonhei com passeios, com noites de sexo, sonhei com você aqui comigo. Sempre soube que você era o meu destino. E, quando te vi pela primeira vez, a certeza só aumentou. Eu faria e faço de tudo por você, para estar com você.

Eu o olho emocionada e lhe dou um longo beijo.

- Por que está chorando, Bru? Não quero te ver triste.

- Não é choro de tristeza, é de alegria. Eu estou muito, mas muito feliz com você. E, a cada segundo, me apaixono mais e mais.

Eros segura minha mão e começamos a andar pela floresta. Ela tem seres mágicos que não consigo identificar - devem ser espécies diferentes das do meu mundo. Mas também há borboletas e coelhinhos fofos. Olho para tudo, encantada, parecendo uma criança vendo um parque de diversões pela primeira vez.

- Quer tomar um banho nessas águas quentes? Relaxar um pouco a tensão?

- Eu vou amar, Eros.

Tiramos nossas roupas. Eros se senta encostado em uma pedra dentro da água, e eu me sento entre suas pernas. Por um tempo, só ouvimos o som da natureza, com pássaros ao fundo e o suave barulho da água. Realmente é tão aconchegante que, por alguns minutos, esqueço de tudo o que estamos passando e o verdadeiro motivo de estarmos aqui. Me viro para Eros.

- Estou com medo do que a gente pode descobrir. Estou com medo de perder vocês dois... Estou com muito medo, Eros.

- Calma, meu amor. Tenho certeza de que vamos sair disso mais fortes do que nunca, e você não vai nos perder.

- Quero muito acreditar nisso, Eros, mas sinto um aperto tão grande no peito que chega a doer.

Ele me abraça forte, puxando-me ainda mais para ele, como se fôssemos nos fundir em um só. Escuto o som do seu coração, que também está apreensivo, assim como eu. Ele está tentando me tranquilizar, mas, em pouco tempo, já o conheço bem o suficiente para saber que ele compartilha os mesmos medos que eu.

- Vamos sair daqui. Vamos para a minha casa. Está escurecendo, e Adônis pode voltar a qualquer momento - ele me dá um beijo no topo da cabeça. Vestimos nossas roupas ainda molhadas, mas, conforme voamos, elas secam.

O triângulo dos cupidosOnde histórias criam vida. Descubra agora