A luz do sol começou a invadir o quarto da Bruna. Eu ainda estava abraçado de conchinha com ela, e Adônis estava de frente, com a mão em sua cintura. As coisas ontem foram tão naturais... Nem eu imaginava que seria possível, mas foi. Apesar de ela ainda se sentir confusa, espero que as coisas continuem assim. Não consigo me ver em uma situação sem a Bruna... Em tão pouco tempo, me apeguei tanto a ela. E convivendo, tendo ela em meus braços, eu sinto que preciso estar com ela, e, se para isso tiver que ter o Adônis junto, eu aceitaria sem reclamar nenhum pouco. Ela começa a despertar.
- Bom dia, Eros - me dá um selinho. - Dormiu bem?
- Como um anjo, apesar de acordar bem duro aqui.
- Parece que não é só você. Bom dia, Adônis - ela lhe dá um selinho.
- Bom dia, princesa.
Ficamos mais um pouco abraçados. Não queria que o dia tivesse amanhecido, ficaria assim um tempão...
- Meninos, preciso tomar café para ir trabalhar. Hoje eu não posso chegar atrasada - Bruna vai se levantando.
- Vai se arrumar que a gente prepara seu café da manhã.
- Tá bom.
Eu e Adônis nos levantamos e vamos para a cozinha ajeitar as coisas para ela. Enquanto ele faz o café, eu preparo uns pães. Ela vem até nós, roupa social, cabelos presos e cheirosa pra caramba.
- Vocês dois vão me deixar muito mal-acostumada, sabiam? Aí depois voltam para o mundo de vocês e eu fico chupando o dedo.
- Você vai chupar, princesa, mas outra coisa - Adônis fala, e ela fica completamente vermelha.
- Eu quero fazer uma pergunta para vocês - ela fala, se sentando na cadeira para tomar café. - Vocês topam passar o final de semana na praia comigo? Eu tinha alugado um lugar para ficar com a minha amiga, mas ela vai ter de cuidar do cachorrinho, e eu não queria ir sozinha...
- Por mim, estou dentro, Bru...
- Eu também. Sábado, por volta das 10h, preciso participar de uma reunião, mas dá pra fazer de onde eu estiver.
- Ai, que legal! Sairíamos hoje direto do trabalho, um de vocês me pegaria e íamos de lá já. Ficaria ruim para vocês? Umas 18h?
- Fechou, vamos no meu carro então - Adônis se prontificou.
- Então, seria o caso de a gente te levar no trabalho hoje, você já ir com sua mala e a gente não perde tempo.
- Perfeito! Eu arrumei minha mala já ontem, sou ansiosa.
Tomamos café conversando sobre o passeio, o hotel que ela tinha alugado. Quando vamos buscar o carro do Adônis, ela ficou na dúvida se sentava na frente ou atrás. Essa coisa de três vai bagunçar um pouco até a gente se ajeitar e se acostumar.
- Olha, eu vou atrás, podem ir os dois na frente. - A deixamos no trabalho e fomos para nosso prédio.
- E aí, Adônis? O que está achando de tudo isso?
- Achei que seria mais estranho, mas nunca me senti tão certo do que estava fazendo. E para você?
- A mesma coisa... E quanto à mãe da Bruna?
- Meus instintos dizem que ela é um cupido. Talvez a sala proibida tenha algum registro disso. Afinal, lá tem tudo que se passou no nosso mundo.
- Também estou com você nessa. Lá vai ter pergaminhos ou memórias guardadas... Alguma coisa vamos achar.
- Deixa passar a viagem e eu vou dar um jeito de chegar até essa sala. Eu não sei por quê, Eros, eu tenho um mau pressentimento...
- De que tem alguma coisa que Vênus está escondendo e que pode ter algo grande por vir ainda?
VOCÊ ESTÁ LENDO
O triângulo dos cupidos
RomanceEm um mundo onde o destino do amor é guiado por forças sobrenaturais, dois cupidos, Eros e Adônis, entram em um jogo perigoso e sedutor. Eros, o cupido nerd que segue as regras à risca, e Adônis, o anti-herói que desafia todas as convenções, encontr...