Capítulo 27

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Wednesday

Termino de tomar o meu sorvete no cais. Eugene estava querendo comprar uns peixes para fazer um jantar bem bacana para nós, e eu e Tyler esperávamos encostados no carro, ao lado de um senhorzinho que vendia sorvetes.

— Acho que vou pegar mais um. Vai querer outro? — Ele me perguntou, e eu aceno positivamente.

— Mais dois de chocolate, amigo! — Ele pega, e logo o homem lhe entrega mais dois potinhos.

Logo Eugene volta com uma sacola com um cheiro horrível. Ele se aproximou, e Tyler tapou o nariz.

— Deixa de frescura, Galpin. Quero ver só quando esse peixe estiver pronto se você não vai querer! — Ele diz, e eu entro no veículo, no assento do motorista.

— Acho melhor botar isso na mala, ou vamos chegar em casa parecendo que dormimos com o Aquaman! — Digo, e Tyler assente. Então Eugene põe os peixes na mala.

— Satisfeitos? — Ele pergunta, e depois de passarmos mais um tempo, voltamos para casa. Enid não havia voltado, e o resto da tropa também tinha sumido. Provavelmente foram conhecer a cidade.

Subo para o quarto e vejo algumas roupas espalhadas pelo chão, roupas de Enid. Nesse tempo que passamos juntas, notei que ela não liga muito para onde coloca as coisas. Mas isso não me incomoda; meu lado perfeccionista adora arrumar a bagunça dela, por mais engraçado que isso pareça.

Depois de juntar tudo e jogar no cesto do banheiro, resolvo tomar um banho. Era umas quatro e meia, e Eugene havia ficado preparando o peixe para mais tarde. Tyler disse que ia tirar um cochilo até o jantar.

Termino o banho e visto uma camiseta preta e um short. Calço uma chinela e desço para a sala. O cheiro do peixe tinha começado a ficar melhor, amém.

Enid

Depois de um bom tempo, acabo escolhendo os anéis. Eles eram de prata, simples e modestos. Eu não era lá rica, mas mesmo assim comprei um razoável. Sabia que Wednesday tinha uma condição bem melhor que a minha e que provavelmente tinha tudo do melhor, mas sei que ela não liga para isso. Se eu desse um anel de papel, ela aceitaria feliz, e isso me fazia perceber que eu estava escolhendo a pessoa certa.

— Então vai ser esse mesmo! — Digo, e a senhora sorri.

— É ESSE MESMO! — Yoko grita, e eu lhe dou um tapa por quase me deixar surda.

— Ai, Sinclair, eu estava tentando ajudar, ela não ouviu!

— Ela é surda, Yoko, não cega. Ela viu a Enid apontando para a aliança! — Divina repreende Yoko.

— Gente, temos que ir para dar tempo da Enid ir para a praia enquanto ainda tem luz do sol! — Parker diz, e eu assinto. Pago pelas alianças, ela as põe em uma caixinha preta, e eu coloco no bolso da calça jeans.

Saímos da loja, e era umas cinco horas já. Depois de alguns minutos, finalmente chegamos. Ao entrar, Wednesday estava jogada no sofá, assistindo a um programa qualquer na TV sobre investigação de casos criminais, e um cheiro divino tomava o ambiente. Eugene estava preparando algo na cozinha, e Tyler não estava à vista.

— Vou tomar um banho antes do jantar! — Parker diz, subindo as escadas. Torry se joga no sofá e pega o celular, e Divina e Yoko sobem também para tomar banho antes do jantar.

— Wednesday? — Wednesday ergueu o olhar em minha direção.

— Podemos dar uma volta? Quero conversar. — Ela parecia meio diferente, e eu sinto meu coração apertar.

— Claro! — Ela levanta, vindo até mim, e começamos a caminhar para o quintal, que dava acesso à praia.

— Eu quero conversar sobre ontem! — Digo, e sinto ela me fitar, depois desviar o olhar enquanto caminhávamos. Abro a porta, e logo posso ver o mar a uns seis metros de distância.

— Ah, olha, eu não devia ter soltado aquilo, Enid. Fui injusta. Não é porque estou pronta para falar que você está pronta para ouvir! — Ela diz, e continuo caminhando ao seu lado, mas paro quando ela se abaixa para pegar algo no chão: um graveto.

— Eu estava pronta sim, só me pegou de surpresa! — Digo, e ela escreve algo na areia.

Olho para o que ela escreveu: meu nome. E, em instantes, uma pequena onda o levou, deixando a areia molhada para trás.

— Quando eu vinha aqui quando criança, minha mãe me ensinou isso. Ela dizia que, quando escrevemos algo que gostamos muito ou queremos muito, e uma onda leva, isso se realiza.

— Ah, é? — Me abaixo e, com o dedo, escrevo:

— Quer ser minha namorada, baby?

Ela olha para mim, depois para a frase, e paralisa. Logo em seguida, a água leva a frase.

— Eu só fiquei surpresa! — Pego a mão dela e sinto nossas mãos juntas.

— Eu te amo, Wednesday Addams, eu amo você! — Digo, e vejo os olhos da morena marejados.

— É sério? — Ela pergunta, e eu assinto.

— Quer namorar comigo, baby? — Pergunto, e ela assente e pula para me abraçar. Seguro seu rosto e selo nossos lábios em um beijo amoroso, sem segundas intenções, apenas um beijo de amor e carinho.

— Aceito, cariño, claro que sim! — Volto a abraçá-la. Pego a caixinha no bolso da calça e coloco o anel em sua mão; ela faz o mesmo e depois beija minha mão, onde o anel se encontra.

— Parece que sua mãe tinha razão, se realiza mesmo! — Digo, e ela olha para mim.

— Estamos namorando! — Ela diz sorrindo, e meu sorriso só aumenta.

— ESTAMOS NAMORANDOOO! — Abraço-a pela cintura, erguendo-a no ar e rodando sem sair do lugar. E, por fim, lhe dou um selinho antes de colocá-la de volta no chão.

Beijos da Torry 😘

Demorou, né? 27 capítulos para o pedido. Tenho a ligeira impressão de que essa será a minha maior fanfic, então preparem-se, este é apenas o começo dessa história.

A Química com você- Wenclair Onde histórias criam vida. Descubra agora