Capítulo 40

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Wednesday

— Wednesday! — Ela diz, e eu sorrio, tirando as mãos dos olhos dela. Ela se vira, entrelaçando seus braços ao redor do seu pescoço.

— Achei que não me reconheceria! — Digo, fazendo um biquinho e logo ganhando um selinho.

— Impossível não te reconhecer! — Ela diz, e então envolvo meus braços na cintura dela, lhe dando um beijo.

— Trouxe um presentinho! — Digo animada, e ela me solta, indo até a cama e pegando a caixa.

— Por quê? Alguma data que eu esqueci? — Ela fica meio receosa.

— Não, só quis te dar um presente mesmo! — Falo, incentivando-a a abrir.

Ao abrir, ela pega o livro nas mãos e olha para mim sorrindo.

— Nossa, eu queria esse há um tempo. Ela é minha atriz favorita, eu estava doida para ler esse livro.

— Tem mais uma coisinha aí! — Falo. Ela põe o livro sobre o colchão e pega o colar.

— Ele é lindo! — Diz, levantando-se com o colar na mão.

— Coloca em mim! — Ela pede, se virando, e eu me levanto para prender o cordão atrás.

— Obrigada, eu amei! — Diz, se virando e me abraçando.

— De nada, mi cariño! — Pego a mão dela, puxando-a para fora do quarto e depois para a cozinha.

— Olha, meu plano original era o Eugene fazer a janta, mas ele meio que teve um imprevisto e foi visitar um primo ontem, então...

Mostro o que eu tinha preparado: um espaguete e um vinho.

— Tá com uma cara boa! — Ela diz, se aproximando do fogão.

— Espero mesmo que esteja! — Digo, pegando duas taças e o vinho, levando-os para a mesa.

— Você por acaso tem a ver com o fato de a Yoko não estar aqui hoje? — Ela ergue uma sobrancelha, e eu rio.

— Meio que sim, mas agora, quando ela quiser, você vai ter que ir dormir lá em casa para ela trazer a Divina! — Digo.

— Nossa, como você achou isso ruim, não foi? — Pergunta irônica, e eu dou de ombros.

— Vamos comer! — Pegamos os pratos e levamos para a mesa. Encho as nossas taças de vinho e começamos a jantar.

— Como foi a terapia ontem? — Pergunto, puxando assunto.

— Foi bem. A doutora realmente está me ajudando. Eu estou bem, começando a me sentir mais calma e mais conformada.

— Fico feliz, amor. Sabe que eu estou aqui para o que você precisar! — Seguro na mão dela sobre a mesa, acariciando-a com o polegar.

— Bem, e você, como foi a prova? — Pergunta, e eu sorrio para ela.

— Muito bem, acho que tirei uma nota ótima ou a maior da sala! — Rio, e ela ergue uma sobrancelha.

— Como sabe disso? A Torry me disse que tava horrível! — Diz, olhando para mim.

— Bem, eu vi a cara dos meus colegas de desespero. Mas eu estudei muito para ela, então acho que vou me dar bem.

— Que bom. Em contrapartida, eu e a Divi vamos apresentar um diálogo ao professor e fomos expulsas da biblioteca por causa de uma série de espirros dela. — Não entendi bem, mas ri.

Ao terminarmos de jantar, fomos para a sala comer a sobremesa e ver um filminho. Ela se senta entre as minhas pernas, deitada sobre mim. Acaricio seu cabelo loiro enquanto assistimos "Sorte no Amor".

Definitivamente, meu acervo de filmes de romance estava ganhando dos filmes de terror. Enid tinha medo, e eu, para agradá-la, deixava para assistir quando estava sozinha. Assistimos a romances dos anos 2000, os melhores na minha opinião.

— A formatura tá chegando, né? — Ela diz, prestando atenção na televisão.

— É, tá. Daqui a dois meses e pouco vamos ser oficialmente formadas! — Digo.

— O que vai fazer depois? — Pergunta para mim, e penso.

— Tentar entrar para a academia de polícia. Ser perita era o que eu queria, e talvez demore até eu ser detetive, então vou entrar para a polícia e começar de baixo.

— Imagina você de uniforme, vai ficar uma gata! — Ela diz, e eu coro.

— Deixa de ser besta, Enid! — Ela ri, e eu faço o mesmo.

— Vou ligar para o agente quando me formar. Talvez ele consiga me colocar em algum papel pequeno ou um comercial.

— Imagina namorar uma atriz famosa, uau! — Digo, e ela ri.

— Boba!

— Por você! — Ela se vira, me dando um beijo, e o filme continua na TV.

— Eu te amo, sabia? — Ela pergunta, e eu assinto, pondo uma mecha de cabelo atrás da sua orelha.

— Eu te amo mais, cariño! — Ela sorri.

— Amo quando você me chama de cariño, baby! — Sorrio de lado.

— E eu amo quando você me chama de baby! — Deposito um selinho demorado que logo vira um beijo calmo, sem pressa.

Ponho a mão sobre as costas dela e meu corpo todo se arrepia quando ela pede passagem, que concedo de imediato.

— Quer ir para o quarto? — Ela pergunta, e eu assinto. Fomos nos beijando até lá, e logo fecho a porta ao entrarmos.

Beijos da Torry 😘

Bom, meus amigos, eu não sou de escrever Hot porque tenho vergonha e não me sinto confortável escrevendo isso. 👀 Então ficamos por aqui. Beijos da Torry e até o próximo capítulo.

A Química com você- Wenclair Onde histórias criam vida. Descubra agora