Capítulo 29 | Grito silencioso.

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— Senhor.

Sou interrompido no escritório do covil. Viro minha cabeça na direção do homem que estava pacientemente na porta.

— A protegida não estava no apartamento... Senhor. — O homem completa, de cabeça baixa e receoso.

— Como?

— A protegida. Não estava no apartamento.

— Como não? — Pergunto, exaltado e já pensando nas infinitas possibilidades que poderiam ter ocorrido.

Teria sido sequestrada? O cara que a segue teria a alcançado? Talvez Aaron queira negociar? Ou Vox decidiu dar o primeiro passo junto a Íbex e sua aproximação comigo teria a colocado em risco de novo?

— As roupas não estavam lá. Não havia nenhum pertence pessoal, senhor.

Sinto um gelo no lugar. Isso significa... Isso significa que ela fugiu?

— Mande homens nas redondezas. A ordem é para trazê-la viva. Deixe claro. — Passo a mão pelo cabelo, frustrado e estressado. Eu treinei Ayla pelos últimos seis meses. Ela não seria burra de ainda estar nas redondezas.

— Na verdade, acione a Aquila. Quero todos procurando por ela, não só em território mexicano. — Grito com o homem à minha frente. — E traga os imbecis que a perderam, agora!

— Sim, senhor. — Ele desce a escada apressado, falando com outros homens que encontra pelo caminho.

Puta merda, acho melhor ela ter sido sequestrada.

Poucos minutos depois, dois homens entram no escritório com a cabeça baixa, acompanhados por Isabella.

— Vocês perderam ela?

— A noite estava agitada e... — Isabella tenta se justificar.

— "E" o caralho. Eu te dei uma responsabilidade, e você perdeu minha mulher de vista. — Vou aumentando o tom de voz à medida que me aproximo de Isabella.

— Ainda teve a coragem de me dizer que cuidava dela como uma de suas meninas. Que vadia mentirosa. Você a ajudou a fugir? — Seguro seu rosto com força, forçando-a a olhar para mim.

O som de uma notificação ecoa pelo escritório. Procuro com o olhar meu celular em cima da mesa, que se mantém da mesma forma que deixei.

— De quem é? — Solto o rosto da velha loira e encaro os três, me apoiando na mesa com os braços cruzados.

Isabella desce as mãos para o bolso do casaco e tira o celular. Puxo o celular de sua mão, lendo a notificação recebida pela barra de mensagens da tela de bloqueio.

Uma transferência de 360 milhões de pesos na conta de Isabella com o seguinte recado: "Considere isso um agradecimento por tudo."

— Você não a ajudou a fugir? Certeza? Não é uma transferência pequena.

Estico o celular na direção dela, drenando toda a calma que tenho para não matá-la agora mesmo. Apesar de essa ser minha vontade, se a matasse, estaria em maus lençóis com Callum.

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