Capítulo cinco

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Harry caminhava por um campo cheio de mato alto e árvores que pareciam chegar às nuvens, não reconhecia aquele cenário de primeiro momento, portanto continuava andando com seus pés descalços com delicadeza pelo verde debaixo dele. Começando a perceber arquiteturas antigas  presentes em um pequeno vilarejo que, sem ao menos chegar, se apresentava a sua frente.

Não estava entendendo o que estava acontecendo, havia pessoas vestindo roupas de época, homens com suas cartolas e mulher carregando cestas de pães em seus braços, todos sorridentes. Harry então se move na intenção de se misturar com aquelas pessoas que começaram o olhar, olhares de fúria, de desgosto.

Harry abaixa o olhar e segue seu caminho, o que na verdade não tinha um caminho definido, apenas estava vagando sem rumo. Passa em frente a uma loja de bugigangas e para ao se olhar na vitrine, observando seu reflexo. Seu cabelo estava arrumado em um topete para trás e suas roupas não eram as mesmas que costumava usar em seu ddia-a-dia

— Ele não consegue ter um amor verdadeiro! – Ouve uma voz feminina atrás de si e se vira, vendo uma mulher apontar o dedo em sua direção.

— Deve ter algum tipo de problema, ninguém quer um homem desse! – Outra diz e ele a olha negando freneticamente.

— Pobre Styles, não é digno de um amor. – Um homem diz se aproximando juntamente de outras pessoas. — Tanto tempo esperando. – O homem ri e Harry se abaixa ate o chão, ficando de joelhos.

Isso tudo não é verdade! Styles pensa cobrindo seus ouvidos na tentativa de fazer todos pararem de falar ou de apenas não conseguir dar ouvidos a eles.

— Você está sozinho! – Surge outra voz, fazendo lágrimas caírem dos olhos de Harry.

Naquele momento estava se sentindo tão pequeno e tão impossibilitado de se defender, todos estavam contra ele, todos cuspindo palavras que cortavam o coração de Harry. Talvez estivessem dizendo a verdade, talvez fosse esse o problema, ele seria o problema de não merecer um amor.

Mas queria acreditar que era tudo mentira, que ele merecia sim, que era digno. Ainda teria o sentimento muitas pessoas ainda não dão o devido valor de ser amado.

As inúmeras pessoas continuavam ainda falando uma por cima das outras, cercando mais ainda o corpo de Harry ajoelhado no chão com as mãos no rosto. Styles se sentia indefeso e queria gritar o máximo que podia, mas por mais que tentasse, não tinha sucesso.

Logo Harry sente sua mão ser tocada por um toque masculino e agarra a mesma se desvinculando daquela multidão, seguindo a figura que o encontrasse até que estivessem fora do tumulto.

— Quem é você? – Harry pergunta ofegante.

A única que via era um homem de estatura média vestindo um sobretudo que cobria seu corpo por completo e um capuz, o qual ajudava seu rosto ficar escondido debaixo de uma espécie de balaclava. O homem não o olhava mas Harry queria o olhar nos olhos para que pudesse agradecer talvez.

— Não dê ouvidos para aquelas pessoas. –  Sua voz não era estranha para os ouvidos de Harry. Mas onde a teria escutado antes?

— Não sou digno de amor. – Styles diz olhando para o chão novamente. — É tudo verdade. – Continua e o homem abaixa a sua frente depois que cessam sua caminhada.

— Se abra para o amor primeiro, tem que recebe-lo de braços abertos. – Novamente diz e segura a mão de Harry, entrelaçando na rua. – Se abra para mim, Harry.

O homem de capuz segura o queixo de Harry com a mão que estava livre, o fazendo levantar a cabeça assim podendo estar de frenre com o rosto do homem a sua frente. Seu toque era suave, a ponta de seus dedos o tocavam como seda ou talvez algodão.

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