Capítulo dezenove

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Chicago, Illinois.

Assim como os olhos, o sorriso de Louis começou a despertar novamente a sensação de lembrança em Harry. Mas se limitou a pensar que era apenas porque havia achado bonito e nada mais.

[...]

Três meses se passaram desde a paz selada entre o médico e o delegado. Três meses que estavam se dando bem, não tiveram mais encontros como o jantar planejado por Harry, por ambos estarem ocupados demais com os seus respectivos trabalhos. Algumas vezes se encontravam no mercadinho da Senhoras Potts, conversam por chamada de vídeo enquanto estavam em seus intervalos e umas duas vezes Louis convidou Harry para tomar umas cervejas em um pub que gostava.

Dentro desse meio tempo desde se resolverem, acabaram se tornando quase que melhores amigos. Se conteram desde o início em instalar apenas uma amizade, não havia mais beijos ou abraços calorosos entre eles, não sentiram mais o toque um do outro como sentiram naquela vez na sala da casa de Louis. E talvez isso estivesse atormentando a mente de Harry, já que sentia falta do toque delicado de Tomlinson, assim como ele, que sentia saudade da forma que o delegado o beijava de surpresa. Portanto, isso nunca mais aconteceu para a infelicidade dos dois.

Após conseguir finalmente encontrar seu sono depois de tanto pensar, Harry teve uma noite tranquila apesar de não ter sido um momento muito duradouro, logo acordando se sentindo sozinho e com uma sensação estranha no peito. A única coisa que tinha em sua mente era o de todos os dias pelos três meses: Louis.

Harry não conseguia explicar a sensação de querer Tomlinson por perto a todo momento. Seu corpo estava necessitado pelo dele, como se Louis fosse uma droga altamente viciante, que em poucas horas o corpo vazio de Styles começasse entrar em uma abstinência por estar longe. A conexão desses dois foi incrivelmente instantânea, ambos os homens se sentiam bem quando estavam na presença um do outro, e o mais curioso nisso tudo, fizeram a paz reinar em praticamente um dia, mas se deram tão bem como se estivessem dando continuidade a uma conexão pré-existente.

Com Louis, o silêncio que se instalava entre eles era um momento extremamente gostoso e não um incômodo. Apesar de ambos terem personalidades distintas, se completavam perfeitamente, já que Harry não imaginava ter ao lado uma pessoa como Tomlinson, que lidava as brigas com sarcasmo e piadas, enquanto Styles era irritado ao máximo e cabeça quente, mas inexplicavelmente se sentia atraído por ele.

O motivo não ainda não sabiam, mas esse fator acontece quando duas pessoas estão destinadas a ficarem juntas apesar das diferenças. Alma gêmea vem com a missão de te ensinar o outro lado, por esse motivo Louis não era igual a Harry, e Harry não era igual a Louis. Eles eram a metade que faltava um no outro.

Devido a esses fatores, o encontro entre elas nem sempre é mil maravilhas, podendo haver muito obstáculos pelo caminho como os desentendimentos. E pela missão de serem destinadas a ficarem juntas, o amor prevalece entre eles e nenhum desentendimento tende a se prolongar por muito tempo.

Harry que sempre esteve sem paciência para lidar com pessoas como Louis, teve que aprender a conviver com aquele cara irritante a sua visão e o médico acabou por ser sua companhia preferida, junto com Malik e Payne, e claro, seu pai. E agora o cara que tanto o irritou no início, o fazendo ter a vontade de agarra-lo e joga-lo do pier do Lake Michigan, era agora o homem motivo de sua saudade.

O delegado então decide se levantar para dissipar seus pensamentos em Tomlinson e se dirige até a varanda de seu quarto, mais uma vez, estando ali olhando para os edifícios altos e espelhados de Chicago. E assim, como em seu sonho, estava com a mente em Louis, mas a diferença do que sua mente projetou, ele não estava presente ali.

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