Capítulo 18 - Número Desconhecido

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Desde de manhã, minha cabeça não parou um segundo

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Desde de manhã, minha cabeça não parou um segundo. Passei o dia todo tentando processar a informação e o fato de eu ter reencontrado a Manu, e ainda por cima, ter passado a tarde na casa dela com toda a sua família.

Tudo bem que em certo momento, o Nick acho que tentou me matar, mas depois, também não tentou mais. Era bom vê-los novamente, eu gostava deles, eram boas pessoas que claramente não tinham que terem passado pelo o que passaram. É impossível eu mudar o que eu fiz, ou melhor, deixei de fazer, mas saber que eles não me odeiam completamente, foi de um grande alívio.

Na hora que eu estava indo embora, a Maya me surpreendeu com um abraço, me agradecendo por quatro anos atrás. Uma lágrima escorreu, enquanto eu assentia e dava um pequeno sorriso pra ela. Antes de ir, Maya disse que eu deveria voltar mais vezes, e que eu era bem-vinda.

Por um momento, senti que não estava completamente sozinha em Barcelona.

Assim que cheguei em casa, a primeira coisa que eu fiz foi me jogar no sofá. Minha cabeça parecia rodar, e olha que eu nem tinha bebido, mas, isso logo mudou. Sou amante de vinhos, amo um bom vinho, assim como a minha mãe. Como nós duas temos uma pequena paixão por vinhos, tínhamos algumas boas garrafas.

Enchi uma taça de vinho e enquanto eu bebia, fechava as janelas de casa e arrumava algumas coisas na cozinha. A TV estava ligada em qualquer canal que passava, que no caso, era esportivo, e a reportagem era sobre o próximo jogo do Barcelona na Champions. Em algum momento durante a tarde, Gavi e Fermín estavam conversando sobre o jogo de amanhã.

Pedi uma pizza, mesmo sendo segunda, não tem dia certo para pedir uma pizza. Sentei no sofá e quando eu estava pronta para dar play em um filme de romance que eu achei na Netflix, meu celular vibrou no braço do sofá.

— Número desconhecido? — Indaguei para mim mesma.

Se tinha um celular e Whatsapp que era parado, esse era o meu. Não tinha muitos contatos, e meus pais e Andrea não eram de me perturbar todos os dias. Hoje mesmo, assim que criaram o grupo da faculdade na sala eu já silenciei, porque odeio qualquer tipo de notificação.

Agora, também não é comum um número desconhecido me mandar mensagem.

Olá ruivinha

Oi?
Quem é você?

Não vai nem tentar adivinhar?

Homem. Sabia que era um homem...  Somente um homem faria uma piadinha sem graça como essa. Eu assisti Pânico, e graças a isso eu tenho conhecimento o suficiente para saber sobre ligações aleatórias a noite com gracinhas — mesmo que ninguém tenha me ligado, e sim, mandado mensagem.

Eu não tenho tempo, portanto, estou te bloqueando.

Prestes a apertar o botão de bloquear, deixei com que uma pequena rodela de calabresa caísse no sofá. Quando eu a tirei e passei a mão para tirar qualquer resquício de óleo que poderia ficar ali, peguei meu celular, me assustando com uma foto na conversa com o número desconhecido.

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